Resumo 18 de Brumário de Luís Bonaparte.

18 de Brumário de Luís Bonaparte.

1 – ELEIÇÃO DE LUÍS BONAPARTE.

“Em alguma passagem de suas obras, Hegel comenta que todos os grandes fatos e todos os grandes personagens da história mundial são encenados, por assim dizer, duas vezes1. Ele se esqueceu de acrescentar: a primeira vez como tragédia, a segunda como farsa.”

(MARX, 1852)

Marx inicia o livro dizendo uma famosa frase, fazendo alusão a eleição de Luís Bonaparte, um deputado que conseguiu se eleger a partir das revoluções de 1848, sendo sobrinho de Napoleão Bonaparte, ele conseguiu se eleger presidente da república, sendo o primeiro presidente francês eleito por voto direto, e depois de 3 anos, deu um golpe de estado, fazendo-o se tornar imperador e derrubando a república.

Marx explica que existiram 3 períodos antes do golpe de Luís Bonaparte. O primeiro período de fevereiro, que ele chama de "prologo da revolução" foi quando e então rei da França Luís Felipe caiu e o país entrou em um governo provisório, ou seja, tudo que foi proclamado naquele período se dava por provisório. A jornada de fevereiro foi uma reforma eleitoral, excluindo o domínio da aristocracia. Embora se esperasse, o exército não resistiu e a monarquia também não, tudo se encaminhava para uma república. Cada partido interpretou da sua própria forma. Com isso, o proletariado proclamou uma republica social.

O segundo período inicia em 4 de maio de 48 até maio de 49. Período em que a republica burguesa foi instaurada, a oposição da burguesia e do proletariado era acirrada. Com a assembleia nacional, os resultados da revolução seriam reduzidas a burguesia. Com isso a republica burguesa prosperou, e com isso o proletariado perde força.

Marx fala que Luís Bonaparte elegeu-se através de um discurso que defendia a burguesia e teve apoio da própria burguesia, da igreja, dos camponeses que temiam as revoltas sociais.

Ao final do seu mandato, Luís Bonaparte prometeu a população um golpe de estado para manter-se no poder, prometendo retornar a França aos "tempos napoleônicos" e assim conseguiu apoio para o golpe de 2 de dezembro. Luís Bonaparte promoveu um plebiscito que decidiu o fim da república. E assim foi instaurado um império novamente na França em 1852.

2 – LUTAS IDEOLOGICAS

O proletário queria uma revolução do proletariado e não uma burguesa, que foi a revolução francesa.

Durante as jornadas, após a derrota do proletário, todos os partidos se juntaram contra o mesmo, adquirindo uma posição bastante conservadora da velha sociedade (como Marx cita) "propriedade, família, religião, ordem", uma contra revolução. Qualquer coisa que remetesse a um liberalismo, uma democracia ou republicanismo era considerada um atentado a sociedade, remetendo ao socialismo qualquer traço de humanidade. Isso impediu que novas ideias e ações fossem pensadas e colocadas em práticas. Bastante semelhante ao que se vive no Brasil atualmente, com essa onda do aumento do conservadorismo, qualquer tipo de humanidade é interpretada como "comunismo".

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