Resumo do Filme A Onda
Por: grbatata12 • 28/8/2015 • Resenha • 1.721 Palavras (7 Páginas) • 437 Visualizações
Filme- A Onda
O filme nos mostra como poderia ocorrer o inicio de uma manipulação em massa e até aonde isso poderia levar. A mensagem no decorrer do filme consegue enaltecer as qualidades que poderiam decorrer de um regime ditador e vai sucumbindo até suas piores consequências.
Tudo começa com o professor Raine Wenger sendo colocado para dar aula sobre autocracia, contra sua vontade. Para facilitar o entendimento ele simula para os alunos um governo fascista dentro da própria sala de aula, sendo ele o chefe. O professor se vê divido no decorrer de seu experimento entre seu jeito rebelde e anarquista contra o sucesso e poder adquirido. O movimento acaba ficando sério, com os alunos aderindo aquele movimento não somente em sala, mas por toda cidade, saindo de seu controle e quando ele tenta acabar com ´´A Onda`` já é tarde demais, todo estrago está feito.
A Onda apresenta razões que podem levar à alienação política e ao cultivo de lideranças autoritárias, como o vazio de identidade com o qual a juventude sofre, o consumismo desenfreado presente na sociedade capitalista, a ausência de projetos coletivos e o desinteresse das pessoas pela área da política. Essa história transmite a ideia de que a ausência de valores não existe apenas em um contexto de guerra, mas também atualmente, em que as regras de convivência e ética estão bastante relativizadas. Isso é perceptível através do comportamento dos jovens alunos do professor Rainer, que demonstram carência de autoridade, confundindo esse sentimento com a valorização do autoritarismo. Também há a questão da “psicologia das massas”, em que para se sentirem pertencentes a um grupo, as pessoas podem ser facilmente influenciadas, chegando a ficar alienadas. Analisadas as questões que envolvem esse contexto, conclui-se que as orientações advindas da escola e da família são fundamentais para o crescimento de jovens que serão adultos devidamente instruídos para evitar problemas sociais desse nível.
Fascismo e Nazismo
O fascismo é o sistema de governo que carteliza o setor privado, planeja centralizadamente a economia subsidiando grandes empresários com boas conexões políticas, exalta o poder estatal como sendo a fonte de toda a ordem, nega direitos e liberdades fundamentais aos indivíduos e torna o poder executivo o senhor irrestrito da sociedade.
O fascismo também prospera como sendo um estilo diferenciado de controle social e econômico. E ele é hoje uma ameaça ainda maior para a civilização do que o socialismo completo. Suas características estão tão arraigadas em nossas vidas, que se tornaram praticamente invisíveis para nós. E se o fascismo é invisível para nós, então ele é um assassino verdadeiramente silencioso. Assim como um parasita suga seu hospedeiro, o fascismo impõe um estado tão enorme, pesado e violento sobre o livre mercado, que o capital e a produtividade da economia são completamente exauridos. O estado fascista é como um vampiro que suga a vida econômica de toda uma nação, causando a morte lenta e dolorosa de uma economia que outrora foi vibrante e dinâmica.
O fascismo nasce oficialmente em 1919, na Itália, quando Benito Mussolini funda um movimento de oposição à classe liberal. Em 1922, Mussolini é convocado para chefiar o governo com o país numa profunda crise econômica, em razão as desastrosas consequências da Primeira Guerra Mundial, embora tendo ganho a guerra, assim como os demais países envolvidos no conflito sofreu bruscos danos em sua estrutura econômica, gerando problemas de ordem social. Ele adota deste regime para governar, cerceia a liberdade civil e política, derruba os movimentos de esquerda, limita o direito dos empresários e transforma a Itália em um país unipartidário. A política adotada por Mussolini chega a ser eficiente na modernização da economia industrial e na diminuição do desemprego na Itália. O regime fascista conduz a Itália à Segunda Guerra Mundial, perdida a guerra, Mussolini foi assassinado pela própria população italiana.
Regimes semelhantes surgiram em outros países, na Espanha com o General Francisco Franco, surge o Franquismo. Em Portugal, com o Primeiro- Ministro Antonio de Oliveira Salazar, se desenvolve o Salazarismo. No Brasil, com o Presidente Getúlio Vargas o fascismo acompanha o Estado Novo. E claro, a Alemanha, com Adolf Hitler nasce o talvez mais emblemático dos regimes autoritários, o Nazismo.
O nazismo tem o austríaco Adolf Hitler como grande mentor. Um combatente da Primeira Guerra, com um enorme carisma. A Alemanha vem destroçada pela derrota na Primeira Guerra para os aliados, totalmente quebrada economicamente sendo obrigada pelo Tratado de Versalhes a indenizar os países vencedores. As tentativas frustradas de uma revolução socialista e as sucessivas quedas de gabinetes de orientação social- democrata criam condições favoráveis ao surgimento e à expansão do nazismo pelo país.
O partido nazista por meio de grandes comícios e dos meios de comunicação consegue mobilizar a população com um discurso revanchista, se aproveitando do orgulho ferido do povo com a derrota na guerra.
Em 1933, Hitler chega ao poder por meio de eleições, é aclamado pelo povo alemão como Primeiro- Ministro. Com a morte do presidente Hindenburg no ano seguinte, Hitler acumula junto ao papel de chanceler, o papel de presidente, criando o Terceiro Império, interpretando o papel de führer. Uma espécie de guia do povo alemão.
O regime nazista passou a ter um caráter completamente totalitário. Associado ao antissemitismo, estava a noção racista da superioridade do homem branco germânico, ou da raça ariana, e a construção de um espaço para que esta raça construísse seu império mundial. Esse espaço compreendia vastas regiões do continente europeu, que nos planos de Hitler deveriam ser invadidas e conquistadas pelos alemães, já que a raça estava incumbida, por conta de sua superioridade. Com poderes excepcionais, Hitler suprime todos os partidos políticos, dissolve os sindicatos, censura a imprensa, se apóia em organizações militares e implanta o terror contra os judeus a quem ele credita os problemas do país.
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