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Van der Ploeg

Por:   •  29/11/2018  •  Trabalho acadêmico  •  730 Palavras (3 Páginas)  •  135 Visualizações

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VAN DER PLOEG – “Sistemas de conhecimento, metáfora e campo de interação: o caso do plantio de batata no Altiplano Peruano”.

        Introdução

  1. Se ocupa do enfrentamento entre os sistemas de conhecimentos do cultivo de batata no Peru e marginalização do conhecimento local por um sistema científico.
  2. Elemento de reprodução da batata é a seleção contínua – escolha das sementes mais fortes para semear no ano seguinte.
  3. Implicação de uma noção de tempo e espaço, além de conhecimento do ambiente – a arte da localidade, (Mendras, 1970).
  4. Examinar “a arte da localidade”; analisar o sistema de conhecimento do cultivo; o sistema de conhecimento científico atual e os novos métodos de seleção do produto que tendem a marginalizar o conhecimento local.

         A arte da localidade

  1. Trabalho mental x Trabalho manual – as decisões são adaptadas durante o processo que conduzem a novos conhecimentos, e que quando bem sucedidos, resultam em novos conhecimentos e mais detalhes a cerca do processo elaborado.
  2. “Em consequência, a arte local pode ser um sistema de conhecimento dinâmico, muito complexo de detalhado; predomina quando o processo produtivo implica em complexas condições ecológicas e ambientais, econômicas e culturais; conhecimento detalhado e multidimensional.” (interação entre trabalho, ecossistema e local/conhecimento prático). Pág. 145
  3. “A arte local como conhecimento que vai de uma prática a outra – Bourdieu, 1980”.
  4. “Contemplado pela matriz do discurso científico, ‘a arte local’ se tornou quase que completamente invisível – legitimidade dos discursos científicos x tradicional”.

O conhecimento local relativo ao terreno que se cultiva: importância da metáfora.

  1. Sistema de conhecimento para: localizar suas parcelas em diferentes solos ecológicos; melhorando cada um ou melhorando cada conjunto específico de condições que cada um apresenta; verificar a fertilidade do solo.
  2. O solo não é apenas terra, no sentindo físico e geográfico, tem um significado mais profundo na vida dos agricultores (pachamama; suavecita = categorias que indicam respeito = que expressão a relação homem e natureza). Pág. 147
  3. Os conceitos e técnicas que surgem do sistema de conhecimento local, não são acidentais, mas sim, estratégias / Se separados os conceitos das pessoas que os utilizam ou de seu contexto, se tornam inexatos. Pág. 147

O conhecimento local dos cultivos e suas variedades: uma taxinomia popular.

  1. “Cada agricultor trabalha com intercâmbio” e rotatividade com outras variedades; seguindo um esquema muito complexo; cada agricultor conhece sua ‘parcela’ e combina conceitos que podem parecer bem vazios, mas que permite estabelecer a melhor forma de cultivar e longo prazo, melhorar seus cultivos. Pág. 148
  2. O cultivo intercalado = heterogeneidade. Pág. 148.
  3. Taxinomia popular: outro conjunto de conceitos inter-relacionados utilizados para identificar os cultivos, para selecionar e traduzir/definir os modelos de plantação e intercambiar os cultivos entre os agricultores. A taxinomia deve ser contemplada como parte integrante da ‘arte da localidade’. Pág. 148.

Seleção – Pág. 151

  1. Não se trata apenas de selecionar as melhores cultivadas para o plantio, mas de selecionar as mais adequadas para cada tipo de parcela da terra que será trabalhada.
  2. Ciclos de observação, interpretação, valorização e manipulação, que permite ao agricultor adquirir novas experiências. Pág. 152.

O conhecimento local e a organização do tempo.

  1. Tempo e interpretação ‘mágico religiosa’ do mundo; a magia delimita o espaço disponível para os experimentos e os reduz a proporções socialmente aceitáveis. Pág. 153.

O cultivo científico de batata.

  1. Introdução do sistema tecnológico de variedades chamadas de ‘novas cultivadas’, ou ‘variedades melhoradas’. (ex: EMAPA)
  2. Início = tipo de planta ideal/superior = principal fator que induz os agricultores a aceitar a variedade melhorada.
  3. Enquanto o agricultor testa suas variedades de diversas formas e observa suas experiências por longos períodos de tempos (5/6 anos)a inovação técnica consegue realizar vários em um curto espaço de tempo.

Conhecimento científico e reestruturação de tempo.

  1. Redefinição do calendário rural: a inserção de novas cultivadas pode alterar o calendário agrícola, uma vez que muitas possuem desenvolvimento acelerado. Pág. 156.

Conhecimento científico, controle e poder.

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