A AVALIAÇÃO DO SISTEMA DE GESTÃO

1. A AVALIAÇÃO

A avaliação através de Controle é um espectro de avaliação extremamente limitado. É uma avaliação válida e necessária ao mesmo tempo que Parcial e insuficiente pois não considera objetivos a longo prazo. É o curto caminho entre o previsto e o realizado.

A avaliação por Resultados, qualquer sistema de avaliação deveria percorrer. Qualquer caminho menor do que este não tem autoridade para atestar valor público e menos regularidade de gestão.

2. SISTEMA DE GESTÃO

Procura medir a capacidade do sistema de gestão de produzir e manter bons resultados. É o “efeito final proveniente e de decisão estratégica e processos operacionais” (CAMILO,2003) Avaliar um sistema de gestão real implica verificar em que medida esse se aproxima da composição, da direcionalidade e dos princípios e características do sistema-modelo.

Para o GESPÚBLICA avaliar é comparar o sistema de gestão de um órgão ou entidade público com o Modelo de Excelência em Gestão Pública. Porém resta ainda um longo caminho de aperfeiçoamento.

É preciso fazer dos instrumentos de avaliação da gestão meio e não o ponto final dela. É preciso agregar análise comparativa dos resultados/objetivos da avaliação com o Modelo de forma a estabelecer conclusões:

 O quanto a organização avaliada encadeia suas práticas de gestão de forma a tornar evidentes os resultados esperados por tais práticas.

 O quanto a organização avaliada está dirigida para o cidadão e a sociedade, mesmo sendo um órgão interno da Administração Pública.

 O quanto a organização avaliada é eficiente para gerar resultados que respondem a sua missão e aos objetivos estratégicos

 O quanto a organização avaliada tem sido orientada pela visão de futuro

É necessário implementar na avaliação de gestão a prática do retorno ao Modelo, assim que o diagnóstico dos pontos fortes e das oportunidades de melhorias esteja concluído. Há três imediatos nessa dimensão da avaliação:

 Agrega à avaliação a garantia de fidelidade ao Modelo de Excelência em Gestão Pública.

 Elimina, ou reduz, o grau de cegueira do avaliador ao fazê-lo ater-se ao sistema de gestão e não à beleza plástica de algumas práticas.

 Contribui efetivamente para o aperfeiçoamento dos instrumentos de gestão.

O Sistema de Gestão é qualquer conjunto de práticas de planejamento, organização, direção, coordenação e controle integrados e interatuantes que concorrem para a produção de resultados finalísticos que a missão organizacional impõe que sejam produzidos. Há uma forma objetiva e segura para atestar a qualidade de um sistema de gestão:

 Questionar seus resultados finalísticos – não se deixar enganar pelos resultados intermediários

 Procurar evidências que atestem que tais resultados são conseqüência do sistema de gestão.

3. AS CADEIAS PRODUTIVAS DO SETOR PÚBLICO

Órgão ou entidades são elos de uma ou mais cadeias que produzem serviços públicos à sociedade. Os mais comuns são o normativo, controlador, sindical, formulador, orçamentário e financeiro e fornecedor.

4. A AVALIAÇÃO DA GESTÃO: A ESTRATÉGIA DA AUTO-AVALIAÇÃO

4.1 Avaliar: medir e descrever

Avaliar a gestão de um órgão ou entidade público é verificar o grau de aderência das suas práticas gerenciais ao Modelo de Excelência em Gestão Pública preconizado pelo GESPÚBLICA. Prática de Gestão é a atividade de “condução das funções de uma organização”. Qualquer variação para menos e que comporte uma ação de melhoria é considerada “oportunidade de melhoria”

A distância entre o que a organização é e o que deveria ser define seu espaço de melhoria. Prática de Gestão é a atividade de “condução das funções de uma organização”. Qualquer variação para menos e que comporte uma ação de melhoria é considerada “oportunidade de melhoria”. A distância entre o que a organização é e o que deveria ser define seu espaço de melhoria.

4.2 Requisitos para o sucesso da auto-avaliação

1 - Realizá-la em ciclos contínuos.

2 - Empreender pelo menos uma ação vigorosa de melhoria entre uma avaliação e outra.

3 - Monitorar a implementação das melhorias ao longo do caminho entre uma avaliação e outra.

4.3 A auto-avaliação como instrumento de mudança gerencial

A auto-avaliação deve ser um evento interno da organização, sistemático e compartilhado com todos os servidores. Deve prescindir de apoio externo. Não é bom fazer auto-avaliação com pessoas que não pertencem à organização.

A avaliação em si não transforma, não melhora, nem produz qualidade: é apenar um resultado relativo, porque comparado, que sinaliza os pontos de melhoria do sistema de gestão.

O diferencial de qualidade de gestão está no tipo de mudança que ela promove e na maneira como acontece. Em primeiro lugar, melhorar um sistema de gestão é melhorar o conjunto de suas práticas e fazer isso continuadamente. Em segundo lugar, a avaliação da gestão implica refletir sobre como as práticas são praticadas.

4.4 Auto-avaliação: práticas e resultados

Avaliar um sistema de gestão pressupõe avaliar, também, os resultados que ele é capaz de produzir e sustentar. Um conjunto de práticas pode surpreender pela capacidade desse conjunto de produzir bons resultados, traduzidos em desempenho alto e sustentado.

O primeiro sinal de qualidade de gestão é dado pelo equilíbrio ou não da distribuição da qualidade das práticas nos seis critérios:

- Liderança; Estratégias e planos; Cidadãos e sociedade; Informação e Conhecimento; Pessoas e processos – e pela evidência ou não de serem os resultados conseqüência direta dessas mesmas práticas. A boa distribuição das práticas de gestão pelo sistema pode ser evidenciada: Pela relativa proximidade das pontuações; Pela manutenção das pontuações de práticas e resultados; Pela