A CONTEXTUALIZANDO A SOCIOLOGIA
Por: TeComiaNaSala_ • 11/1/2023 • Resenha • 1.136 Palavras (5 Páginas) • 72 Visualizações
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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA - UNB
CURSO: ENGENHARIA ELÉTRICA
MATÉRIA: INTRODUÇÃO À SOCIOLOGIA (TURMA 8)
CONTEXTUALIZANDO A SOCIOLOGIA
ISABELA VITÓRIA TAVARES WERNECK - 222025093
RESENHA DO LIVRO:
“O que é sociologia?”
Brasília - DF
Novembro/2022
CONTEXTUALIZANDO A SOCIOLOGIA
Referência para elaboração da resenha: MARTINS, C. B. O que é sociologia? São Paulo: Editora Brasiliense, 1994. Capítulos “Introdução”, “O surgimento” e “A formação”, p. 3-37.
INTRODUÇÃO
O autor Carlos Benedito Martins em seu livro “O que é a sociologia?” apresenta ao leitor informações de extrema importância para o entendimento acerca do processo de surgimento, formação e desenvolvimento da sociologia a partir da consolidação do capitalismo. Tem-se também a abordagem do contexto histórico que foi responsável por impulsionar diversos pensadores da época que, mesmo discordando entre si sobre alguns aspectos relativos a tal ciência social, concordavam que o fenômeno em questão desencadeava situações nunca vistas antes que precisavam ser analisadas e amplamente discutidas para melhor conhecimento do que ocorria.
Segundo Martins (1994, p. 3), a ciência tida como objetivo de discussão trata-se de um “resultado de uma tentativa de compreensão de situações sociais radicalmente novas, criadas pela então nascente sociedade capitalista", valendo ressaltar também a relevância atribuída à sociologia nos dias atuais nos âmbitos político, natural e reflexivo, dentre outros.
O SURGIMENTO
Para melhor entender o surgimento da sociologia, é necessário ter em mente que a formação da mesma trata-se de um acontecimento complexo que envolve inúmeras situações históricas, intelectuais e diversas circunstâncias, mas que seu surgimento ocorre em um período histórico específico caracterizado pelo desmantelamento da sociedade feudal e construção da civilização capitalista.
O século XVIII foi caracterizado por duas revoluções - Industrial e Francesa - que alteraram a conformação do mundo após diversas transformações econômicas, políticas e culturais, trazendo problemas inéditos aos homens, como: miséria crescente, aumento do suicídio, da prostituição, do alcoolismo, do infanticídio, da violência, da criminalidade, etc. Tais consequências puderam ser observadas em decorrência de fatores como a utilização da máquina ao invés do artesão, aumento das jornadas de trabalho sem levar em consideração as condições adequadas de vida, maciço êxodo rural, crescimento demográfico sem que as cidades possuíssem estruturas que atendessem a todos que chegavam, dentre outros.
Devido a tais acontecimentos, tem-se o aparecimento do proletariado, classe operária com consciência de seus interesses e que se organizava aos poucos para enfrentar os proprietários detentores dos instrumentos de trabalho.
Frente a todos esses acontecimentos, os pensadores ingleses buscaram participar de debates ideológicos, tendo contato com correntes diversas, a fim de extrair orientações para lidarem com toda a mudança, fosse para manter a situação, reformar ou modificar radicalmente a sociedade.
Ao final do capítulo, Martins enfatiza ainda a importância do positivismo e de Comte para a oficialização da sociologia, devendo essa orientar-se no sentido de conhecer e estabelecer as leis imutáveis da vida social, abrindo mão de considerações críticas e eliminando discussões sobre a realidade existente. Sendo assim, a sociologia já constituída teria por objetivo a legitimação intelectual do novo regime, dissociando a teoria social da filosofia negativa (instituições sociais que ameaçavam a liberdade dos homens) e da economia política, em busca do “social” como objeto autônomo.
A FORMAÇÃO
Neste capítulo, o autor aborda alguns clássicos da sociologia e suas ideologias utilizadas para explicar as grandes transformações pelas quais a sociedade europeia passava em decorrência da formação e desenvolvimento do capitalismo.
Inicialmente, alguns sociólogos assumiram um posicionamento otimista frente à sociedade capitalista e buscavam maneiras de estabelecer o funcionamento das instituições econômicas e políticas, alegando que conflitos e lutas de classe eram passageiros. Em contrapartida, os chamados conservadores eram contra o novo modelo e se inspiravam na antiga sociedade feudal, admirando sua estabilidade e hierarquia social.
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