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A Contabilidade No Livro De jó

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Por:   •  28/3/2015  •  1.269 Palavras (6 Páginas)  •  6.004 Visualizações

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RESUMO

Este artigo apresenta uma análise da contabilidade na Bíblia sagrada, mais precisamente no livro de Jó, considerado o mais antigo livro da Bíblia. É apresentado no decorrer do trabalho que, apesar de ser uma época antiga, sem o desenvolvimento da contabilidade como a ciência que estuda o patrimônio, certamente se fazia certa a presença de um profissional (não denominado contador) que dominava as técnicas rústicas de controle de patrimônio da época.

Ha ainda, a citação e referência da evolução da contabilidade na antiguidade, na Bíblia, sua evolução como ciência do patrimônio e por fim, a explanação da importância da contabilidade para controlar, medir, preservar e expandir os ativos.

Palavras-chaves: Contabilidade na Bíblia, livro de Jó, ciência do patrimônio.

INTRODUÇÃO

O objetivo deste trabalho é identificar e analisar a participação contábil na Bíblia Sagrada, particularmente no livro de Jô, tomando como referência citações da atuação da contabilidade descrita nos capítulos e versículos do referido.

1 O INÍCIO DA CONTABILIDADE

A necessidade e a preocupação do homem com o controle das propriedades e riqueza não é uma característica moderna, essa característica vem desde a antiguidade, e a contabilidade é a essência das informações para esse controle. Há sinais de existência de contas de aproximadamente 4.000 anos a.C. Até mesmo antes disso, o homem primitivo, ao contar seus instrumentos de caça e pesca, seus rebanhos, seus galões de bebidas, já estava praticando uma forma rudimentar de Contabilidade.

Percebe-se então que a contabilidade no início da civilização tinha a função de avaliar o patrimônio do homem, avaliar os acréscimos ou decréscimos desse patrimônio. Como a natureza do mesmo é ambiciosa, a contabilidade passa a existir com a função de informar o individuo da condição patrimonial do mesmo naquele período de tempo.

2 A CONTABILIDADE NA BÍBLIA

Há interessantes relatos bíblicos sobre controles das informações contábeis, inventários e acumulo de riquezas, entre os quais temos:

a) O relato do próprio Jesus em Lucas capítulo 16, versos 1 a 7: o administrador que fraudou seu senhor, alterando os registros de valores a receber dos devedores.

b) No tempo de José, no Egito, houve tal acumulação de bens que perderam a conta do que se tinha! (Gênesis 41.49).

c) Objeto do artigo,homem muito rico, de nome Jó, cujo patrimônio foi detalhadamente inventariado no livro de Jó, capítulo 1, verso 3. Depois de perder tudo, ele recupera os bens, e um novo inventário é apresentado em Jó, capítulo 42, verso 12.

d) Os bens e as rendas de Salomão também foram inventariados em 1º Reis 4.22-26 e 10.14-17.

e) Em outra parábola de Jesus, há citação de um construtor, que faz contas para verificar se o que dispunha era suficiente para construir uma torre (Lucas 14.28-30).

f) Ainda, se relata a história de um devedor, que foi perdoado de sua dívida registrada (Mateus 18.23-27).

Tais relatos comprovam que, nos tempos bíblicos, o controle de ativos e passivos era prática comum, a fim de manter um rígido estudo do controle desse patrimônio.

3 A CONTABILIDADE NO LIVRO DE JÓ

Ainda que não seja o primeiro livro da bíblia, o livro de Jó é considerado o mais antigo. Jó , da terra de Uz, era íntegro, rico, temente a Deus e que se desviava do mal. Teve sete filhos e três filhas e, de maneira comprovada, a presença de um profissional contábil da época, pois descreve com clareza e perfeição o acumulo de sua riqueza, no versículo três do primeiro capítulo.

O inventário de bens de Jó aponta um extremo cuidado no controle do seu patrimônio. Por questões distintas, Jó perde sua fortuna, tornando-se pobre e sem nenhum patrimônio.

No final do livro, capitulo 42, verso 12, recupera sua fortuna e, mais uma vez se faz presente um profissional contábil, que relata um novo inventário dessa riqueza patrimonial, a qual estava duplicada em relação ao primeiro momento.

Esses dois momentos descritos no livro de Jó são provas não repudiáveis da presença do pensamento contábil com o primitivismo dos povos, ainda que os conhecimentos da matemática, das letras, dos negócios e do patrimônio fossem limitados.

Talvez na época de Jó, já se introduzisse o período de difusão das idéias de controle de patrimônio, mesmo cuneiforme, a contabilidade dava seus primeiros passos para sua difusão histórica.

4 A CONTABILIDADE COMO CIÊNCIA DO PATRIMÔNIO

Contabilidade é a ciência que tem por objetivo o estudo das variações quantitativas e qualitativas ocorridas no patrimônio (conjunto de bens, direitos e obrigações) das entidades (qualquer pessoa física ou jurídica que possui um patrimônio), abrangendo um conjunto de técnicas para controlar o patrimônio das organizações mediante a aplicação do seu grupo de princípios, técnicas, normas e procedimentos próprios, medindo, interpretando e informando os fatos contábeis aos donos das empresas.

Ainda que a contabilidade existisse desde o principio da civilização, nota-se um desenvolvimento muito lento ao longo dos séculos.

Praticamente no século XIII é que os números hindu-arábicos vieram substituir o sistema Greco-romano e hebraico, que usavam letras para contar e calcular.

A história mostra que a contabilidade torna-se importante à medida que há desenvolvimento econômico. O Período Científico apresenta,

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