A FORMAÇÃO PERMANENTE DE PROFESSORES E O PAPEL DO COORDENADOR NO AMBIENTE ESCOLAR
Por: Laianne • 27/4/2015 • Artigo • 1.423 Palavras (6 Páginas) • 454 Visualizações
A FORMAÇÃO PERMANENTE DE PROFESSORES E O PAPEL DO COORDENADOR NO AMBIENTE ESCOLAR
MARIA, Silva¹
Maria@hotmail.com
RESUMO
A figura do coordenador pedagógico surgiu com as transformações na educação entre as décadas de 70 a 90. A partir das transformações sociais, políticas, econômica a mudança de valores, a fragilidade da educação, a desvalorização dos profissionais provocou situações de desanimo na educação, resultada de políticas educacionais formatadas e despejada nas escolas sem um planejamento, sem a participação dos professores. O coordenador pedagógico surge em virtude dessas inovações educacionais voltadas para projetos diferenciados, mudanças, porém sem nenhuma qualificação o que comprometeu o bom desempenho de sua função e desvio da mesma, a qual por vezes pode ser confundida com o papel do professor. Atualmente o coordenador convive com adversas condições de trabalho faltam as condições objetivas, formação técnica, materiais favoráveis, organização coletiva, entre outros fatores, prejudicando assim sua real função a de coordenar, planejar e acompanhar todo o processo didático pedagógico.
PALAVRAS CHAVE: professor, coordenador, ambiente escolar
¹ Acadêmico Faculdade blz
Docente orientador fulano - Faculdade tal do curso tal
INTRODUÇÃO
Este trabalho é fruto de algumas reflexões sobre a prática do coordenador junto ao professor no ambiente escolar, percebendo dessa forma a necessidade do profissional em redefinir e transformar sua prática, mobilizando a formação permanente dos professores no ambiente escolar e se posicionando como agente transformador e mobilizador.
A realidade contemporânea demanda profissionais da educação críticos e transformadores diante das aceleradas mudanças sociais, das novas configurações do mundo do trabalho e das novas exigências de aprendizagem. Dentro dessa perspectiva, surge um grande desafio por parte do autor, a qual é evidenciar para a sociedade o papel de cada profissional, que apesar de caminharem juntos, precisam ser colocados devidamente em sua posição.
O grande desafio dos professores é ajudar a desenvolver nos alunos, a capacidade de trabalho autônomo e colaborativo, além do espírito crítico, enquanto a atribuição essencial do coordenador pedagógico está associada ao processo de formação em serviço dos professores, ao qual denomina-se Educação Continuada.
Enquanto dicente, há uma preocupação enquanto a qualidade na educação, mas para que isso se torne realidade são necessárias ações que sustentem o trabalho em equipe. As instituições precisam cada vez mais de profissionais responsáveis, dinâmicos e inteligentes, com habilidades para resolver problemas e tomar decisões.
1 FORMAÇÃO PERMANENTE
Construir novos espaços de formação docente na escola não é uma tarefa fácil, tampouco imediata. Ela pressupõe um conjunto de elementos que perpassam as dimensões pessoais, profissionais e intelectuais que demandam a decisão do próprio sujeito focado aqui, o professor. Além desta evidência, requer empenho intelectual e persistência coerente com a finalidade de promoção da formação dos professores por parte de quem a organiza.
O processo de formação permanente desencadeado na escola possui dois eixos centrais que são: ponto de partida nas necessidades concretas do cotidiano escolar e a construção a partir do olhar do próprio professor.
Paulo Freire ressalta inicialmente a sua condição de ser histórico-social, experimentando continuamente a tensão de estar sendo para poder ser e de estar sendo não apenas o que herda mas também o que adquire e não de forma mecânica. Isto significa ser o ser humano, enquanto histórico, um ser finito, limitado, o qual busca ser uma pessoa em busca, naturalmente em processo. Um ser que, tendo por vocação a humanização, se confronta, no entanto, com o incessante desafio da desumanização, como distorção daquela vocação.
Nesse sentido, aprender e ensinar, já que um implica o outro sem que jamais um prescinda normalmente do outro, vieram, na história, tornando-se conotações ontológicas. Aprender e ensinar fazem parte da existência humana, histórica e social, como dela fazem parte a criação, a invenção, a linguagem, o amor, o ódio, o espanto, o medo, o desejo, a atração pelo risco, a fé, a dúvida, a curiosidade, a arte, a magia, a ciência, a tecnologia. E ensinar e aprender cortando todas estas atividades humanas (FREIRE 2000).
Freire ainda destaca que a educação é permanente não porque certa linha ideológica ou certa posição política ou certo interesse econômico o exijam. A educação é permanente na razão, de um lado, da finitude do ser humano, de outro, da consciência que ele tem de sua finitude. Mais ainda, pelo fato de, ao longo da história, ter incorporado à sua natureza “não apenas saber que vivia mas saber que sabia e, assim, saber que podia saber mais. A educação e a formação permanente se fundam aí.
2. O PAPEL DO COORDENADOR
O coordenador e um articulador e seu principal papel é oferecer condições para que os professores trabalhem coletivamente as propostas curriculares, em função de sua realidade. Como formador e de sua competência oferecer condições para que o professor possa articular melhor suas idéias e aprofunde-se em sua área para trabalhar com mais dinamismo. Como agente transformador, cabe ao coordenador auxiliar o professor a ser reflexivo e crítico em sua prática.
Além podemos o coordenador é também um articulador, para instaurar na escola o significado do trabalho coletivo, possibilitando ações de parceria, de modo a atingir objetivos e metas comuns. Dessa forma o profissional será então, aquele que, conhecendo essas propostas, possibilita que novos significados sejam atribuídos à prática educativa da escola e à prática pedagógica dos professores.
Outro aspecto importante que deve ser mencionado é a possibilidade de interdisciplinaridade, a fim de que o compromisso com a formação do aluno se traduza na não fragmentação, na conciliação e confrontação de propostas e ações curriculares. É importante que o Coordenador tenha embasamento teórico que oriente a sua prática, ser um profissional reflexivo, conhecedor de estratégias que lhe permitam auxiliar seus professores unindo a Teoria e a Prática na ação pedagógica.
O autor CHRISTOV (2000, p.9) enfatiza que a contribuição essencial do Coordenador Pedagógico “está sem dúvida alguma, associada ao processo de formação em serviço dos professores”, em buscar formas para que a Teoria e a Prática do professor caminhem em harmonia.
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