A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE NA GESTÃO DE MICRO E PEQUENAS EMPRESAS
Monografias: A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE NA GESTÃO DE MICRO E PEQUENAS EMPRESAS. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: d3queiroz • 26/10/2013 • 4.737 Palavras (19 Páginas) • 657 Visualizações
A crise mundial iniciada em 2008 com o desequilíbrio imobiliário nos Estados Unidos causaram enormes estragos no sistema financeiro e, assim, afetaram uma grande quantidade de empresas que demitiram em massa seus funcionários, levando muitos países à recessão.
Países emergentes como o Brasil, não estão livres do problema relacionado à crise mundial, apesar de aos poucos mostrarem uma recuperação frente as grandes potências mundiais. Nesse aspecto, as micros e pequenas empresas são as primeiras a sentirem os efeitos da crise, muitas vezes, por não possuírem uma gestão adequada e que não segue adequadamente certos princípios.
Geralmente a estrutura familiar de pequenas organizações está voltada apenas para sobrevivência da família, com poucas perspectivas de crescimento, baseando-se mais na sorte do que no conhecimento e na capacidade de gerir um negócio de sucesso. Muitas vezes o capital da empresa é gasto com desejos pessoais dos sócios, a boa parte do capital de giro é desperdiçada com despesas familiares, podendo gerar uma crise financeira na organização, uma vez que retiradas constantes de caixa tendem a passar despercebidas ao não serem computadas, sendo que tais recursos poderiam ser reaplicados na organização, resultando num maior ritmo de crescimento.
Desta forma, várias empresas obtêm seu insucesso, por falta de gestão adequada, desperdiçando tempo e recursos, contraindo diversas vezes dívidas que serão pagas mesmo com a cessão dos negócios, fatos que poderiam ser evitados, caso fosse seguido certos princípios. Segundo o SEBRAE (SEBRAE-SP, 2008) cerca de 62% das micro e pequenas empresas fecham as portas até o 5º ano de existência. No estado de São Paulo, o fechamento prematuro de empresas acontece em um ano, que consome R$16 bilhões de reais e 200 mil postos de trabalhos.
O alto índice de mortalidade das empresas geralmente está relacionado a seguintes situações: comportamento do gestor na qual o seu empreendedorismo é pouco desenvolvido, falta de planejamento prévio, uma gestão deficiente do negócio, insuficiência de políticas de apoio, flutuações na conjuntura econômica, problemas pessoais dos proprietários, entre outros.
Portanto, este estudo foi realizado de maneira a apresentar a importância da contabilidade e da aplicação de princípios básicos de gestão.
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 Gestão de negócios
2.1.1 Crises nas Micro e Pequenas Empresas
Como toda e qualquer empresa, as Micro e Pequenas Empresas (MPEs) estão sujeitas a enfrentarem crises das mais variadas formas possíveis também. Algumas delas serão descritas brevemente, entretanto, nada impede que não ocorra da forma mencionada.
A primeira delas, logo se inicia durante a criação de um plano de negócios, pois muitas vezes, os futuros empreendedores não conhecem a fundo ou não possuem experiências no ramo de negócio que irá atuar. Por essa razão, o sucesso do empreendimento fica à mercê apenas da sorte e da força de vontade de seu fundador.
Superados os problemas de abertura e inauguração da empresa, o novo empresário pode encontrar dificuldades para honrar suas dívidas nos primeiros meses, pois ele está para formar a sua clientela inicial e as despesas fixas não param de chegar.
Nesse momento, o importante é possuir um capital de giro que cubra as despesas até a consolidação do negócio, pois muitas vezes, o micro empresário não poderá retirar o seu pró-labore e ter em vista a necessidade de injeção de capital na empresa para dar os seus primeiros passos. O maior erro dos empresários de primeira viagem é subestimar a sua empresa a obter alta lucratividade logo no primeiro mês, o que não é verdade. Passado algum tempo, após a consolidação do negócio, o empresário passa a retirar da empresa o seu pró-labore, uma vez que a empresa apresenta uma situação estável e começar a gerar lucro. Nesse momento, surge um outro erro, principalmente em empresas familiares, há a confusão entre a pessoa jurídica e a pessoa física, pois ao ver o montante de dinheiro em caixa, as pessoas da família passam a efetuar retiradas diariamente e realizam o lançamento devido na contabilização. Quando menos esperam, descobrem um desfalque nos saldos de suas contas e não sabem o que aconteceu.
Uma vez consolidado o negócio no mercado, muitas MPEs disparam o seu crescimento de uma forma impressionante e começam a fazer planos de expansão. Entretanto, em algumas situações, o rápido crescimento não era esperado e ocasiona um outro problema, o acumulo de funções.
O gestor, muitas vezes é o próprio dono, que responde pela busca de novos clientes, entra em contato com os fornecedores, cuida da parte bancária e ainda atende pessoalmente os seus clientes em sua loja. Com o processo de crescimento em andamento, este proprietário não consegue realizar as mesmas tarefas com a mesma eficiência de antes, devido ao seu tempo escasso. Nesta hora, surge um dos grandes dilemas: dividir as suas funções e delegar responsabilidade a terceiros.
A resposta desta crise parece muito simples, basta colocar alguém de confiança e dividir suas funções. Entretanto, não é dessa forma que ocorre na prática. Em muitas MPEs o proprietário foi o principal responsável pelo sucesso da empresa e dividir o seu controle centralizado gera desconfiança, medo e o sentimento de perda de controle do negócio.
Resolvido o problema de acúmulos de funções, o empresário pode enfrentar os problemas de liderança. A sua disposição de ceder parte das suas tarefas diárias a um subalterno pode vir a esbarrar em conflitos de interesse. As atividades passam a ser executadas de maneira um pouco diferentes do acostumado e a capacidade de liderar pessoas seria ao ponto chave para encontrar um equilíbrio organizacional.
Embora, ocorram todas essas crises e o empresário consiga se sobressair, existe uma crise que pode ocorrer a qualquer momento e pode ou não necessariamente nessa ordem, denominada como a crise financeira.
A crise financeira pode ocorrer a qualquer momento, sejam através de problemas internos ou externos da empresa, onde muitas vezes a empresa encontra-se bem estruturada internamente, mas um fato no ambiente exterior pode colocar o negócio em dificuldades.
Acontecimentos recentes foram veiculados na mídia, que ilustram esta situação, como a crise do mercado imobiliário americano que desencadeou a crises dos bancos e gerou recessão nos EUA e no resto do mundo. Apesar, de ocorrer em paises estrangeiros,
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