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A IMPORTÂNCIA DA ESCOLA NA LUTA CONTRA O PRECONCEITO RACIAL NO BRASIL

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Por:   •  11/10/2013  •  1.039 Palavras (5 Páginas)  •  1.018 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

A reflexão sobre a importância da escola na luta contra todo o tipo de preconceito é inevitável, haja vista a – cada vez mais intensa – luta das minorias excluídas por maior participação e igualdade na sociedade hodierna e, sendo a escola um espaço sociocultural onde se encontram diferentes presenças, desde os primeiros anos de vida do indivíduo, é nela também que todos os esforços em fazer interagir as várias culturas poderão modificar o futuro das relações sociais e o imaginário negativo a cerca do outro.

Especificamente, este trabalho abordará a questão racial tendo em vista à miscigenação que caracteriza a constituição do povo brasileiro e que contribui para a enorme diversidade cultural do nosso país.

Importante destacar que muitos educadores foram preparados a partir de uma metodologia superior imposta no currículo escolar, insuficiente para aproximar culturas diferentes. Como exemplo, a percepção ultrapassada de que a maior contribuição dos negros na construção do Brasil está relacionada ao trabalho braçal que desempenhavam para seus senhores quando aqui chegaram. E, mesmo atualmente, o pensamento presente sobre inclusão fala muito mais do respeito à diferença do que do diálogo entre os diferentes e como se completam mutuamente, mantendo as minorias numa condição de vítimas ao invés de agentes participativos e atuantes na coletividade.

Este ensaio pretende contribuir apresentando formas de atuação da escola, professores e o próprio Estado, visando trabalhar as questões referentes à diversidade étnico-racial existente na escola.

2 A FORMAÇÃO DO SUJEITO CULTURAL EM NOSSA SOCIEDADE

A escola possui uma complexa relação entre os sujeitos e grupos étnicos e sociais que a compõem, refletindo o modelo de organização social em que está inserida, assim como as múltiplas práticas sociais, culturais e econômicas que determinam as relações sociais e as desigualdades.

A matriz cultural brasileira recebeu forte influência européia, com intuito de silenciar as matrizes indígenas e africanas e reduzi-las a um papel secundário na sociedade.

A assimilação de superioridade nos é imposta, e muitas das vezes não sentimos a necessidade de desconstruir estereótipos e representações coletivas negativas, simplesmente por que o fato de existirem garantias legais que assegurem direitos sociais isonômicos às minorias satisfaz a consciência da maioria e mantém a minoria excluída, porque garantia legal não significa eficácia prática.

É notório que dentro da escola, constantemente, ocorrem casos de discriminação racial. Não se pode tratar a questão das diversidades com uma metodologia pedagógica patronizada sem considerar a necessidade de conexão e diálogo multicultural, com planos de aula abrangentes que abordem as diferenças, valorizando a importância histórica de cada etnia, estimulando a compreensão e o respeito mútuo, permitindo assim uma permanente e saudável relação social entre o eu e o outro.

A escola precisa contextualizar a história da discriminação racial dos brasileiros afrodescendentes para o presente, fazendo comparações de preconceito para com outros grupos sociais: mulheres, homo afetivos, etc., para que os alunos percebam que nossa sociedade é repleta de falhas, possui muitas carências, e dediquem-se a modificar essa realidade, pois é preciso compreender que a escola nos propõe enxergar o caminho da coerência, da responsabilidade e da criticidade, formando assim seres politicamente evoluídos e convictos de seus valores, conscientes da importância de aprender a viver com as diferentes raças, etnias e culturas, com a capacidade de modificar e/ou transformar a sociedade a fim de aperfeiçoá-la, elevando nossa nação para o futuro moral e ético. A escola constitui-se, além de diversos fatores, como o melhor espaço sociocultural formador da consciência política.

2.1 O PAPEL DO EDUCADOR

Conhecer como as relações raciais são discutidas na escola e os problemas que enfrenta significa conhecer o trabalho que ela desenvolve com o objetivo de construir a educação para uma sociedade mais democrática, sem preconceitos e discriminações. Para isso é possível aproveitar-se de:

a) promover atividades de integração, visitando escolas em que predominem grupos étnico-raciais diferentes, vivenciando um momento de encontro

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