A INTERTEXTUALIDADE DE TOCQUEVILLE: REALIDADE AMERICANA E FRANCESA DO SÉCULO XIX
Trabalho Escolar: A INTERTEXTUALIDADE DE TOCQUEVILLE: REALIDADE AMERICANA E FRANCESA DO SÉCULO XIX. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Bruise • 16/3/2014 • 897 Palavras (4 Páginas) • 448 Visualizações
A INTERTEXTUALIDADE DE TOCQUEVILLE: REALIDADE AMERICANA E FRANCESA DO SÉCULO XIX
O texto da cientista política Célia Nunes Galvão Quirino dos Santos trata dos dois mundos de Alexis de Tocqueville: o Europeu e o Americano. A autora aborda diversos tipos de adequação do ideal de liberdade a realidade e vice e versa e a carreira política tanto como deputado ou como escritor do sociólogo francês Tocqueville. Em um segundo momento ela apresenta o embasamento do filósofo que, em sua maior parte era histórico e teórico. Histórico pois Tocqueville era contemporâneo dos acontecimentos dos quais escrevia e refletia. Teórico pois havia clara influência de filósofos pioneiros no assunto.
A questão industrial: Na sua viagem, Toqueville assistiu à democratização de uma sociedade e à industrialização (massificação) da cultura. A massificação da cultura foi paralela à emergência das sociedades industriais. Sem menosprezar as qualidades da democracia, Tocqueville constatou que, no geral, se verificava um empobrecimento da cultura nas sociedades industriais e democráticas relativamente à das sociedades aristocráticas.
Reflexão da Era Jacksoniana: A autora apresenta uma longa reflexão sobre o governo do então presidente dos Estados Unidos Andrew Jackson.
Jackson é retratado como uma figura altamente influente e símbolo da democracia em seu país e é responsável por uma política extremamente igualitária, totalmente oposta ao que observamos no século XX e XXI.
Na sua viagem pelos Estados Unidos Tocqueville viu a grande revolução social que era idealizada pelos franceses, diferentemente do que ocorria na Europa, nos Estados Unidos cada cidadão tomava parte ativa do governo na sociedade.
O homem comum naquela país havia compreendido a influência que a prosperidade geral trazia para a sociedade. O homem comum assumiu o papel da prosperidade e passou a olhá-la como algo público, o homem do povo trabalhava para o bem do Estado.
Como bom observador Tocqueville percebeu a ascensão de futuras economias americanas e o eixo político que havia entre elas e não se prendeu somente a Londres e Paris. Tocqueville viu em primeira mão, a construção de um continente por uma população pioneira. Tocqueville previu, como duas conseqüências negativas no Jacksonianismo materialismo excessivo e um novo tipo de tirania, opressão da maioria
Célia Galvão demonstra várias vezes que Tocqueville não tinha um comportamento de homem político, a sua produção intelectual e escrita era mais vasta apesar de defender diversas vezes que a atividade humana mais importante deveria ser agir na esfera pública, agir politicamente:
“Desde sua primeira eleição como deputado preferia se colocar solitariamente nos
assentos que eram definidos, na Câmara, como centro-esquerda. Aliás, depois do golpe de
Luis Napoleão, ele próprio reconheceu que havia se saído muito melhor na sua produção
escrita, sobretudo no que se referia à elaboração de análises de realidades, do que em seus
discursos e atividade política. Enfim, havia sido melhor intelectual, sociólogo, historiador e
analista político, do que homem político”
[…]
“mostrar
como a atividade mais importante de qualquer ser humano é a atividade da política, na sua
conotação do público e universal, ou seja, aquela atividade que se exerce no espaço público”
Tocqueville estava enganado quando achava que território era sinônimo de poder, quando a autora demonstra:
“Aproximando-se muito das análises
de Montesquieu sobre a possibilidade da democracia vir a se desenvolver melhor em países
de menor extensão territorial, Tocqueville argumenta que, pequenos países não podem
prosperar
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