A Primeira Instrução
Por: Faro e Mello Ferreira Advs • 17/8/2023 • Artigo • 971 Palavras (4 Páginas) • 63 Visualizações
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A.·. R.·. B.·. G.·. B.·. Loja São Paulo nº 43
Palácio Maçônico Francisco Rorato
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"Decurso e curso"
E o primeiro passo foi dado.
Como se fosse uma largada, uma disputa antagônica entre sabedoria e ignorância que deu-se início e não tende a ter fim.
Diversas fases e descobertas prosseguirão essa jornada, que será regada de sabedoria, conhecimento e fraternidade.
Ao redor me vejo cercado por homens sábios e centrados, a dispor para ajudar o próximo, e principalmente, o irmão. Além da extensão familiar que caminha o acolhimento.
É nítida a equidade entre todos. Aqui, estamos caminhando para o mesmo rumo, sem desencontros e adversidades. Desde o início com olhares atentos e vigilantes.
Então o primeiro trabalho foi requisitado, algo que primordialmente parecia simples e prático, tornou-se ao decorrer dos dias mais complexo e exigente. Como seria relatar em palavras minhas experiências do dia em que fiquei sem visão e todas as etapas em que fui submetido.
E para essa vez, a exigência de relatar minhas emoções e opiniões da última prancha e como foi o decorrido daquele dia.
Com isso, ficou claro que para cada início de trabalho têm-se uma harmonia que deve ser seguida, desde a abertura até o encerramento.
O mestre de cerimônia quem nos guia, cochichando cada passo que devo dar, para qual lado devo seguir e como se portar nestes momentos.
Como aprendiz, tudo é novo e o aprendizado deve ser condão principal para meu crescimento. Assim, o trabalho de esculpir é diário e resiliente, acompanhado de paciência e desejo.
Desta forma, a leitura do primeiro trabalho foi a mais inflexível, pois estava na mira de olhares atentos e escuta afiada. Cada parágrafo era um parágrafo a menos, e um certo nervosismo me acompanhava. Afinal, estava sendo avaliado pelos irmãos.
Ao final da leitura, um repouso. Agora escutaria as apreciações, que foram diversas e baseada com vivências diferentes. Relatos próprios e observações que tinha escutados.
Ao final, é muito gratificante e claro que cada dia é uma descoberta, um passo dado, um dia realizado e que a cada trabalho será uma prova de capacidade.
Vejo que a instrução tem duas finalidades, a primeira para passar os ensinamentos e construir o caminho do aprendiz, esse que se esforça para não erras nenhum movimento ou dar passo em falso. Momento em que o foco e determinação são supra importantes, uma vez que a instrução é dedicada aos aprendizes.
Por outro lado, há um momento de recordação para os irmãos, pois terão boas recordações e sentimentos satisfatórios por já terem passados por momentos iguais.
No entanto, é o jovem aprendiz quem é o fundamento naqueles instantes, toda ritualística é ensinada, momentos de fala, momento de escuta e quando deve ser polido e sábio. Em outras palavras, o aperfeiçoamento humano é itinerante, pois dá-se início ao desprendimento das disfunções e desejos.
Fui encaminhado aos altares dos irmãos vigilantes, onde vi a pedra bruta, essa que significa meu momento inicial, que muito se deve realizar, estudar e aprender para que seja, um dia, uma pedra polida.
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