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A importância das ciências sociais na sociedade

Relatório de pesquisa: A importância das ciências sociais na sociedade. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  28/5/2014  •  Relatório de pesquisa  •  8.350 Palavras (34 Páginas)  •  2.890 Visualizações

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP

CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

PROCESSOS ADMINISTRATIVOS

ECHAPORÃ – SP

2014

ADMINISTRAÇÃO 2º ANO - NOTURNO

DISCENTES

NOME: ALINE APARECIDA PEREIRA ANDRADE RA: 420103

NOME: LUANA GOMES MUNIZ RA: 420187

NOME: ANA PAULA CASTELUCCI PENGA RA: 420106

NOME: PATRICIA MAYUMI YANAI RA: 420224

DOCENTES

TUTOR A DISTANCIA: Ma. RENATA M. G. DALPIAZ

TUTOR PRESENCIAL: GILMARA

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 4

2. A CONSTRUÇÃO SOCIAL DA REALIDADE: TRATADO DE SOCIOLOGIA DO CONHECIMENTO 5

2.1. Cultura: Conceito 6

2.2. Individuo: Conceito 7

2.3. Sociedade: Conceito 7

2.4. Os problemas da vida cotidiana dentro da sociedade nos diversos segmentos sociais 8

2.5. A importância das Ciências Sócias para a sociedade 10

3. CIÊNCIAS SOCIAIS: ANALISE SOB DIVERSOS ASPECTOS 12

3.1. Ciências Sociais: aspectos sociais 12

3.2. Ciências Sociais: aspectos políticos 13

3.3. Ciências Sociais: aspectos culturais 13

3.4. Estrutura e controle social: um problema enfrentado por todos 13

3.5. Filme: A Classe operaria vai ao paraíso 14

3.6. Quais interações sociais são existentes no cotidiano da sociedade atual? 15

4. DESIGUALDE SOCIAL 17

4.1. Reflexão sobre os documentários: Bumbando e Ilha das flores 18

5. MEIO AMBIENTE: CONCEITO 22

5.1. A exploração do meio ambiente 22

5.2. Documentário assistido: Pajerama 23

5.3. A problematização/reflexão da exploração do meio ambiente 25

6. CONCLUSÃO 27

7. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 28

1. INTRODUÇÃO

A Sociologia é uma das Ciências Humanas que tem como objetos de estudo a sociedade, a sua organização social e os processos que interligam os indivíduos em grupos, instituições e associações. Basta uma rápida observação do contexto histórico do século XIX, para se perceber que as instituições sociais se encontravam enfraquecidas, havia muito questionamento, valores tradicionais eram rompidos e novos surgiam, muita gente vivendo em condições miseráveis, desempregados, doentes e marginalizados. Ora, numa sociedade integrada essa gente não podia ser ignorada, de uma forma ou de outra, toda a sociedade estava ou iria sofrer as conseqüências. A anomia era a grande inimiga da sociedade, algo que devia ser vencido, e a sociologia era o meio para isso. O papel do sociólogo seria portanto estudar, entender e ajudar a sociedade.

O termo Sociologia foi criado por Auguste Comte em 1838 (séc. XVIII), que pretendia unificar todos os estudos relativos ao homem — como a História, a Psicologia e a Economia. Mas foi com Karl Marx, Émile Durkheim e Max Weber que a Sociologia tomou corpo e seus fundamentos como ciência foram institucionalizados.

A Sociologia surgiu como disciplina no século XVIII, como resposta acadêmica para um desafio que estava surgindo: o início da sociedade moderna. Com a Revolução Industrial e posteriormente com a Revolução Francesa (1789), iniciou-se uma nova era no mundo, com as quedas das monarquias e a constituição dos Estados nacionais no Ocidente. A Sociologia surge então para compreender as novas formas das sociedades, suas estruturas e organizações.

Este trabalho tem como objetivo alertar a realidade social em que vivemos, a importância da Ciência Social na sociedade e apresentar possíveis soluções para os problemas cotidianos

2. A CONSTRUÇÃO SOCIAL DA REALIDADE: TRATADO DE SOCIOLOGIA DO CONHECIMENTO

O tema central do livro é a dialética estabelecida entre a realidade construída e que se constrói e o próprio conhecimento desta realidade que seus autores-atores possuem.

Os autores realizam a análise fenomenológica da realidade da vida cotidiana, com os conceitos essenciais para interpretar a vida cotidiana O centro da argumentação de Berger e Luckman se dá nas Partes II e III da obra, quando tratam, da sociedade como realidade objetiva, destacando os problemas da sociologia do conhecimento e da sociedade como realidade subjetiva, fazendo uma ponte teórica sobre os problemas da psicologia social.

Ao compartilhar hábitos, crenças e valores, são construídos socialmente os padrões de legitimação e de aceitação de regras. Os termos chave “realidade” e “conhecimento” estão presentes na linguagem cotidiana, ao mesmo tempo em que se encontram plenas de indagações filosóficas ao longo da história. A “realidade” pode ser definida como a qualidade própria dos fenômenos que reconhecemos como independentes de nossa própria vontade e “conhecimento” como a certeza de que os fenômenos são dotados de realidade, com suas características específicas que os tornam distintos de outros fenômenos e, portanto, socialmente relativos. Berger e Luckmann exemplificam: o que é real para um monge do Tibet não é o mesmo para um empresário norte-americano. Do mesmo modo o conhecimento é diferente entre as sociedades.

Por ter como preocupação central a ação objetivada do homem, utiliza métodos empíricos para dar conta de problemas de pesquisa concretos, à luz da teoria. Assim, busca entender os modos gerais pelos quais as realidades se dão como conhecidas nas distintas sociedades.

Essa expressão, “sociologia do conhecimento” foi criada por Max Scheler, filósofo, em um contexto específico, a Alemanha da década de 1920. Por muito tempo foi considerada uma ramificação periférica da Sociologia, embora esta disciplina trate do problema dos determinantes do pensamento humano, derivando de Marx seu postulado básico, a consciência humana determinada pelo seu ser social, bem como alguns conceitos como ideologia (idéias que servem como arma para defesa e imposição de interesses sociais), falsa consciência (pensamento alienado do verdadeiro ser social de quem pensa), superestrutura e infraestrutura, enquanto elementos subjacentes da realidade.

Berger e Luckmann não tratam das questões epistemológicas ou metodológicas, mas sim das questões da teoria sociológica propriamente dita, em especial o conhecimento no plano empírico, ou seja, tudo que se considere “conhecimento” na sociedade. Por isso, a sociologia do conhecimento ocupa-se da construção social da realidade e como esse conhecimento socialmente produzido se articula com o senso comum na vida cotidiana e como se distribui na sociedade. A sociedade é dual, possui uma realidade factual objetiva, como Durkheim enuncia na expressão “considerar os fatos sociais como coisas” e está construída por uma atividade que expressa um significado subjetivo, no dizer de Weber: “tanto para a sociologia em seu sentido atual, como para a história, o objeto de conhecimento é o complexo de significado subjetivo da ação”. Esses conceitos fundamentam as principais questões levantadas pelos autores: Como é possível que os significados subjetivos se tornem fatos objetivos? Como a atividade humana produz um mundo de coisas?

Resumindo: estudar a realidade social implica em descobrir como a realidade está construída. Este é o objeto e tarefa da sociologia do conhecimento.

2.1. Cultura: Conceito

A cultura ao ser definida se refere à literatura, cinema, arte, entre outras, porém seu sentido é bem mais abrangente, pois cultura pode ser considerada como tudo que o homem, através da sua racionalidade, mais precisamente da inteligência, consegue executar. Dessa forma, todos os povos e sociedades possuem sua cultura por mais tradicional e arcaica que seja, pois todos os conhecimentos adquiridos são passados das gerações passadas para as futuras.

Os elementos culturais são: artes, ciências, costumes, sistemas, leis, religião, crenças, esportes, mitos, valores morais e éticos, comportamento, preferências, invenções e todas as maneiras de ser (sentir, pensar e agir) adquiridos pelo homem não somente em família, como também por fazer parte de uma sociedade como membro dela que é.

A cultura é uma das principais características humanas, pois somente o homem tem a capacidade de desenvolver culturas, distinguindo-se, dessa forma, de outros seres como os vegetais e animais.

Apesar das evoluções pelas quais passa o mundo, a cultura tem a capacidade de permanecer quase intacta, e são passadas aos descendentes como uma memória coletiva, lembrando que a cultura é um elemento social, impossível de se desenvolver individualmente. Cultura é tudo aquilo que resulta da criação humana.

2.2. Individuo: Conceito

Refere-se à personalidade, a singularidade do ser. O indivíduo, enquanto entidade única, a individualidade. Refere-se a identidade, aquilo que determina uma pessoa como "única" em relação aos outros. A individualidade está profundamente ligada à percepção de si, como ser construído historicamente (Marx), pelo discurso (Foucault) ou pelos efeitos do inconsciente (Freud), cada abordagem filosófica ou científica, determina a construção da identidade dentro sua abordagem, ou em cada tempo o zeitgaist que o determina. Em uma abordagem que combina a antropologia cultural e o pós-estruturalismo, o sujeito é produto dos diversos discursos, ou de sua relação (interativa) entre à malha simbólica (a dimensão cultural) e suas estruturas subjetivas (do indivíduo). O homem interpreta a realidade a partir dos diversos discursos, da palavra posta, das "verdades" produzidas e legitimadas, através de complexas relações de poder. O sujeito tem sua individualidade determinada pelas falas produzidas por outros e a partir de sua própria interpretação de si no mundo.

A individualidade diz respeito também, aquilo que me difere do outro, a diferença esta profundamente ligada a individualidade, seu oposto, a fragmentação da identidade, tem raízes na concentração demográfica, na ênfase na coletividade e na corporatividade na modernidade. Sendo assim, o desconforto inevitável, é sentir desprovido de individualidade e identidade. Principalmente, quando se cumpre uma diversidade de papéis na complexa estrutura cultural da modernidade.

2.3. Sociedade: Conceito

Sociedade é um conjunto de seres que convivem deforma organizada. A palavra vem do Latim societas, que significa "associação amistosa com outros".

A definição mais geral de sociedade pode ser resumida como um sistema de interações humanas culturalmente padronizadas. Assim, e sem contradição com a definição anterior, sociedade é um sistema de símbolos, valores e normas, como também é um sistema de posições e papéis.

Uma sociedade é uma rede de relacionamentos sociais, podendo ser ainda um sistema institucional, por exemplo, sociedade anônima, sociedade civil, sociedade artística etc. A sociedade é um conjunto de indivíduos que partilham uma cultura com as suas maneiras de estar na vida e os seus fins, e que interagem entre si para formar uma comunidade.

O termo sociedade é comumente usado para o coletivo de cidadãos de um país, governados por instituições nacionais que aspiram ao bem-estar dessa coletividade. Todavia, a sociedade não é um mero conjunto de indivíduos vivendo juntos em um determinado lugar, é também a existência de uma organização social, de instituições e leis que regem a vida dos indivíduos e suas relações mútuas. Há também alguns pensadores cujo debate insiste em reforçar a oposição entre indivíduo e sociedade, reduzindo, com freqüência, ao conflito entre o genético e o social ou cultural.

2.4. Os problemas da vida cotidiana dentro da sociedade nos diversos segmentos sociais

A vida cotidiana se manifesta como uma realidade interpretada pelos indivíduos, por meio do comportamento subjetivamente significativo para os membros da sociedade. Utiliza-se o método fenomenológico, um método descritivo, empírico e científico, que permite apreender a consciência dos indivíduos, portanto os elementos de uma realidade subjetiva interior, expressos na vida cotidiana. A vida cotidiana é a “suprema realidade”, uma realidade ordenada e objetivada, intersubjetiva, expressa por meio da linguagem, que marca as coordenadas da vida em sociedade.

A intersubjetividade na vida cotidiana significa o compartilhamento da realidade de um indivíduo com os outros, com outras realidades das quais se têm consciência. A vida cotidiana apresenta uma estrutura temporal, imposta socialmente e que proporciona a historicidade da situação do indivíduo no mundo, situada em uma história muito mais ampla.

A realidade da vida cotidiana impõe-se a si mesma, isto é, ela é independente da consciência que a atinge. Apesar disso esta realidade afirma-se perante a consciência como real, ou seja, existente de fato; a consciência é envolvida numa rotina dentro da vida cotidiana. Mas a interrupção dessa rotina abre um setor problemático na realidade de uma consciência. O senso comum procura integrar esses setores problemáticos na realidade da vida cotidiana.

Existem muitas coisas erradas com o mundo hoje, mas elas não perturbam a todos. Superpopulação, esgotamento e poluição do meio ambiente, e até mesmo a possibilidade de uma guerra nuclear são freqüentemente desconsiderados como se forem assuntos para um futuro razoavelmente distante. Pobreza, doença e violência são problemas atuais, mas não para todos. Muitos daqueles que vivem nas democracias ocidentais desfrutam de um grau razoável de fartura, liberdade e segurança. Mas eles têm o seu próprio problema. Apesar de seus privilégios, muitos estão aborrecidos, inquietos ou deprimidos. Não estão desfrutando suas vidas. Não gostam daquilo que fazem; não fazem aquilo de que gostam. Numa palavra, estão infelizes. Esse não é o problema mais sério no mundo, mas se poderia dizer que é premente.

Quando as pessoas trabalham somente para evitar perder um emprego, quando estudam somente para evitar reprovação, e tratam bem umas às outras apenas para evitar censura ou punição institucional, as contingências ameaçadoras se generalizam. Parece sempre que deve haver alguma coisa que seria preciso estar fazendo. Como resultado, pouquíssimas pessoas conseguem simplesmente não fazer nada. Elas conseguem relaxar apenas com a ajuda de sedativos ou tranqüilizantes, ou pela prática deliberada de relaxamento. Conseguem dormir apenas com a ajuda de pílulas para dormir, das quais bilhões são vendidas no Ocidente todos os anos. As pessoas ficam intrigadas, e até invejosas, quando vêem outras se sentindo bem não fazendo nada, em países menos desenvolvidos.

A qualidade de vida no Ocidente não é o problema mais importante no mundo hoje. Não pode ser comparado à pobreza global, à doença e à violência, ou com a superpopulação, a exaustão de recursos essenciais, a destruição do meio ambiente, a possibilidade de guerra nuclear. Mas uma qualidade de vida melhor deveria ajudar a solucionar esses problemas. Uma vez que o Ocidente é tomado como modelo pelo restante do mundo, ele seria um modelo mais estimulante se fosse melhorado. Também seria mais fácil de ser copiado. Outras culturas não precisariam cometer nossos erros. É, portanto, um ambiente no qual o problema e uma possível solução se encontraram pela primeira vez.

Creio que isso é devido ao fato de que a vida quotidiana está organizada dentro dos limites de uma pobreza escandalosa. E, sobretudo, porque essa pobreza da vida quotidiana não tem nada de acidental: é uma pobreza imposta em cada instante pela força e a violência de uma sociedade dividida em classes; uma pobreza historicamente organizada de acordo com as necessidades históricas da exploração. O uso da vida quotidiana, no sentido de um consumo do tempo vivido está condenado pelo reino da carência de tempo livre; e carência dos possíveis usos deste tempo livre.

Acresce, ainda, que vivemos em uma época de crise, de profundas transformações, onde os problemas, ligados às formas de organização social e às relações entre indivíduos ou grupos, têm profundas conseqüências para a felicidade individual e para o bem-estar coletivo.

Se cada pessoa se preocupar em desenvolver um padrão comportamental favorável à sua saúde e lutar para que as condições sociais e econômicas sejam favoráveis à qualidade de vida e à saúde de todos, certamente estará dando uma poderosa contribuição para que tenhamos uma população mais saudável, com vida mais longa e prazerosa.

2.5. A importância das Ciências Sócias para a sociedade

A consciência social revela-se durante o exercício de uma/um cientista social. Portanto, esta ciência permite a compreensão do outro, da nossa situação e da sociedade, garantindo além do avanço do conhecimento, identificação de problemas de um determinado grupo ou sociedade.

O papel significativo das ciências sociais é o auxílio dos processos de mudança, por isso, adquirir análise crítica sobre os costumes, cultura, política, gênero, dentre outras questões (até então) “escondidas” na vida social é algo ímpar, que, auxiliado pela sensibilidade e observação, cria as primeiras ferramentas para o planejamento e participação em projetos de intervenção social. Por isso, a interação com a sociologia e/ou antropologia é cotidiana.

A Sociologia tem a função de, ao mesmo tempo, observar os fenômenos que se repetem nas relações sociais – e assim formular explicações gerais ou teóricas sobre o fato social –, como também se preocupa com aqueles eventos únicos, como por exemplo, o surgimento do capitalismo ou do Estado Moderno, explicando seus significados e importância que esses eventos têm na vida dos cidadãos.

Como toda forma de conhecimento intitulada ciência, a Sociologia pretende explicar a totalidade do seu universo de pesquisa. O conhecimento sociológico, por meio dos seus conceitos, teorias e métodos, constituem um instrumento de compreensão da realidade social e de suas múltiplas redes ou relações sociais.

Os sociólogos estudam e pesquisam as estruturas da sociedade, como grupos étnicos (indígenas, aborígenes, ribeirinhos etc.), classes sociais (de trabalhadores, esportistas, empresários, políticos etc.), gênero (homem, mulher, criança), violência (crimes violentos ou não, trânsito, corrupção etc.), além de instituições como família, Estado, escola, religião etc.

Além de suas aplicações no planejamento social, na condução de programas de intervenção social e no planejamento de programas sociais e governamentais, o conhecimento sociológico é também um meio possível de aperfeiçoamento do conhecimento social, na medida em que auxilia os interessados a compreenderem mais claramente o comportamento dos grupos sociais, assim como a sociedade com um todo. Sendo uma disciplina humanística, a Sociologia é uma forma significativa de consciência social e de formação de espírito crítico.

A Sociologia nasce da própria sociedade, e por isso mesmo essa disciplina pode refletir interesses de alguma categoria social ou ser usado como função ideológica, contrariando o ideal de objetividade e neutralidade da ciência. Nesse sentido, se expõe o paradoxo das Ciências Sociais, que ao contrário das ciências da natureza (como a biologia, física, química etc.), as ciências da sociedade estão dentro do seu próprio objeto de estudo, pois todo conhecimento é um produto social. Se isso a priori é uma desvantagem para a Sociologia, num segundo momento percebemos que a Sociologia é a única ciência que pode ter a si mesma com objeto de indagação crítica.

3. CIÊNCIAS SOCIAIS: ANALISE SOB DIVERSOS ASPECTOS

Em linhas bem gerais, pode-se dizer que as Ciências Sociais englobam disciplinas que estudam as sociedades humanas, sua cultura e especificidades. É do filósofo grego Aristóteles, que viveu no século IV a.C., uma definição que, apesar de imperfeita para os tempos modernos, ainda mantém uma força singular: “o homem é um animal político, incapaz de viver sozinho”.

E a convivência com os outros leva a muitas indagações. O que dá origem às diferenças, aos conflitos, às crises, assim como à organização dos grupos sociais e à criação das instituições? As Ciências Sociais estudam essas questões dentro de uma visão multidimensional que engloba aspectos econômicos, políticos, sociais, espaciais e ambientais. Ao diagnosticá-los ou interpretá-los, geram explicações que servem de base para pensar em mudanças – quando necessárias – ou compreender as vantagens do que já existe.

As Ciências Sociais têm como disciplinas-tronco três ciências humanas, a Antropologia, a Sociologia e a Ciência Política, que são estudadas ao longo dos quatro anos da faculdade. Além delas, o curso conta com disciplinas complementares, como a Filosofia, a Geografia, a Economia e a História, que contribuem para uma formação mais universalista do aluno.

Para lidar com toda a complexidade que envolve as relações humanas, a sociologia deve ter uma postura que abarque horizontes amplos e conhecimentos que lhe permitam analisar um mesmo problema sob vários aspectos.

3.1. Ciências Sociais: aspectos sociais

Todo indivíduo come, bebe, dorme, raciocina, e a sociedade tem todo o interesse em que essas funções se exerçam regularmente. Portanto, se esses fatos fossem sociais, a sociologia não teria objeto próprio, e seu domínio se confundiria com o da biologia e da psicologia. Mas, na realidade, há em toda sociedade um grupo determinado de fenômenos que se distinguem por caracteres definidos daqueles que as outras ciências da natureza estudam.

As Ciências Sociais são um conjunto de disciplinas cientificas que estudam os aspectos sociais das diversas realidades humanas. Em geral, são postas em contrastes com as Ciências Naturais e Exatas, já que essas podem ser avaliadas e quantificadas pelo método cientifico e na área social os métodos utilizados são outros.

Assim, podemos dizer que aspectos sociais é toda maneira de fazer, fixada ou não, suscetível de exercer sobre o indivíduo uma coerção exterior; ou ainda, toda maneira de fazer que é geral na extensão de uma sociedade dada e, ao mesmo tempo, possui uma existência própria, independente de suas manifestações individuais.

3.2. Ciências Sociais: aspectos políticos

Política se refere aos processos sociais pelos quais as pessoas ganham, usam, e perdem poder, e representa um papel importante em quase todas as relações humanas.

Uma das características das sociedades modernas é o desenvolvimento de Instituições Políticas especializadas: como os tribunais, os partidos políticos, agências governamentais, o exército, e a parte executiva do governo entre outras. Juntas essas entidades formam o que os sociólogos chamam ‘‘o Estado’’. A primeira fase no desenvolvimento do Estado foi a separação do ‘‘ escritório do rei’’ da pessoa que era o rei. A segunda fase no desenvolvimento do Estado envolveu o desenho de limites nacionais e criação de burocracias públicas.

O Estado hoje participa a maior parte do tempo da vida das pessoas. O registro de nascimento, a carteira de trabalho, a de identidade, o casamento, o uso e a propriedade da terra, o atestado de óbito são exemplos que demonstram a importância da atividade reguladora do Estado.

3.3. Ciências Sociais: aspectos culturais

O estudo da Cultura hoje assume um aspecto muito importante de valorizar o próprio ser humano em toda a sua diversidade. Manter a diversidade dentro da globalização e no encontro de valores universais deve ser o maior desafio da humanidade hoje. E para manter múltiplas culturas convivendo no mesmo espaço e no mesmo tempo devem entender cada vez mais o quão relativo são os nossos julgamentos do que é certo, errado, bom, ruim e assim por diante, quando examinados fora de seu contexto cultural.

3.4. Estrutura e controle social: um problema enfrentado por todos

Duas tradições encontradas nas ciências sociais acabaram por influencias fortemente os estudos sobre violência: a noção de controle social e a idéia de conflito social. Controle social refere-se a capacidade de uma sociedade se auto-regular de acordo com princípios e valores desejados. Entretanto, é preciso considerar os aspectos conflituosos das relações sociais. Nesse sentido, controle social não implica a realização da ordem social, e tampouco a estabilidade das relações sócias. Obviamente, existe uma variedade de tipos e mecanismos de controle social, cada um resultante de uma configuração social específica. Outro problema a considerar é a capacidade desses mecanismos de controle durante processos de transformação social.

Tal noção de controle social parte das noções de consciência coletiva, crime e anomia. Aqui é dada primazia a sociedade sobre o individuo. Durkheim considera um ato criminoso quando este é condenado pela sociedade, uma vez que fere os elementos da consciência coletiva. A idéia de controle social nos remete a sociedade em seu conjunto e ao estado como órgão central de controle. O monopólio estatal da violência legitima é elemento fundamental para a noção de controle social. Neste caso, a violência privada é vista como uma forma de rompimento desse controle social. Este rompimento é atribuído a fragilidade e a ineficiência dos instrumentos e mecanismos de controle social.

3.5. Filme: A Classe operaria vai ao paraíso

O filme dirigido por Elio Petri. Itália 1971 retrata de uma sociedade após a segunda guerra mundial. O país se deparava com o desespero de operários subordinados a trabalhos escravos por socialistas.

Os protestos eram comuns nas proximidades das fabricas, inúmeros trabalhadores insatisfeitos por causa das baixas condições de trabalho salarial, os operários tinham horário de entrada certo, mas a de saída não.

Os acidentes nos serviços eram vistos com normalidade, as regras nem sempre eram certas ou aplicadas de forma correta, e os funcionários dificilmente tinham apoio.

Com o passar do tempo nestas fabricas os operários estavam quase loucos, por estresse acumulado e saúde debilitada.

A luta era constantemente pelos direitos dos trabalhadores, com aumentos salariais, horas extras remuneradas e descanso estabelecido. A maioria da população começa a aceitar as propostas colocadas pelo capitalismo, onde as propostas dos direitos dos trabalhadores nunca eram aceitas. Naquele período as condições de trabalho eram precárias, a primeira maquina utilizada eram experimentais, os acidentes de trabalho eram comuns, e os operários desprovidos dos equipamentos de segurança sofriam acidentes e não recebia assistência medica.

A revolta dos operários surgiu os primeiros protestos por jornada de trabalho, leis com proibições e horas reduzidas, direito de seguro de acidente do trabalho, incapacidade, velhice e doenças, a luta pelos seus direitos sociais já estava começando a dar resultados.

Desde então houve mudanças na formação da atual sociedade, mãos de obras foram substituídas pelas maquinas aumentaram as desigualdades sociais, desemprego, degradação ambiental fez com que surgissem doenças, o rico cada vez mais rico e o trabalhador sendo explorado cada vez mais, simplesmente um assalariado.

O trabalho assalariado segue a luta com os direitos dos trabalhadores, a atualização dos direitos e as leis colocadas em vigor. A relação entre homens na sociedade deixa claro que trabalho que trabalho e consumo são igualmente livres ambos para trabalho e para o consumo.

3.6. Quais interações sociais são existentes no cotidiano da sociedade atual?

A sociedade consiste em um grupo autônomo de pessoas que ocupam em um território comum, onde há uma cultura comum e possuem uma sensação de identidade compartilhada.

Isto porque uma sociedade se une por meio das relações sociais, que necessitam ser analisadas.

Durante este processo de socialização, o individuo adquire hábitos e costumes que se agregam a sua personalidade individual e isso o tornam cada vez mais identificado com uma personalidade social, o que garante uma maior integração e interação social.

O conceito de identidade, na Sociologia, é multifacetado e se relaciona a compreensão de que as pessoas mantêm a respeito de quem são e sobre o que é significativo para elas. Para que a interação social aconteça, é necessário que haja contato social entre os indivíduos, ou seja, a partir do contato e da comunicação que se estabelece, deve haver uma modificação de comportamento das pessoas que interagem.

Os indivíduos e os grupos se relacionam de diversas maneiras e por meio de interações repetitivas de padrões de comportamento na vida social, que são chamadas de processos sociais.

Entre os principais processos sociais estão à cooperação, a competição, o conflito, a acomodação e a assimilação.

A importância interação social entre os homens, a que se denomina de poder, o poder pode ser tomado como a capacidade que possuem os indivíduos, ou grupo social, para afetar o comportamento de outros grupos ou pessoas. O poder se manifesta por meio de pelo menos três componentes: a força, a autoridade e a influencia.

A estrutura social, deste modo, refere- se aos padrões relativamente estáveis e duradouros em que estão organizadas as relações sociais e que formam a estrutura básica da sociedade.

Entre grupos sociais, existem grupos pessoais externos, grupos primários e secundários e os conceitos de comunidade e sociedade. Só o fato de pertencer a um grupo social é um dos elementos definidores da constituição do indivíduo como ser social. Portanto, as relações dentro de um mesmo grupo implicam em identificação, já as relações com grupos diferentes podem levar a conflitos. Quando se pensa, por exemplo, em uma organização que implique a convivência de indivíduos pertencentes a diferentes grupos sociais, há uma realidade potencialmente conflituosa, sobretudo quando indivíduos diferentes precisam se unir em nome dos interesses e valores de

4. DESIGUALDE SOCIAL

A desigualdade social e a pobreza são problemas sociais que afetam a maioria dos países na atualidade. A pobreza existe em todos os países, pobres ou ricos, mas a desigualdade social é um fenômeno que ocorre principalmente em países não desenvolvidos.

O conceito de desigualdade social é um guarda-chuva que compreende diversos tipos de desigualdades, desde desigualdade de oportunidade, resultado. Até desigualdade de escolaridade, de renda, de gênero. De modo geral, a desigualdade econômica – a mais conhecida – é chamada imprecisamente de desigualdade social, dada pela distribuição desigual de renda. No Brasil, a desigualdade social tem sido um cartão de visita para o mundo, pois é um dos países mais desiguais. Segundo dados da ONU, em 2005 o Brasil era a 8º nação mais desigual do mundo. O índice que mede a desigualdade de renda, divulgou em 2009 que a do Brasil caiu de 0,58 para 0,52 (quanto mais próximo de 1, maior a desigualdade), porém esta ainda é gritante.

É evidente que as variáveis contribuíram intensamente para que a desigualdade brasileira permanecesse por séculos em patamares inaceitáveis. A desigualdade social no Brasil tem sido percebida nas últimas décadas, não como herança pré-moderna, mas sim como decorrência do efetivo processo de modernização que tomou o país a partir do início do século XIX.

Junto com o próprio desenvolvimento econômico, cresceu também a miséria, as disparidades educação, renda, saúde. A flagrante concentração de renda, o desemprego, a fome que atinge milhões de brasileiros, a desnutrição, a mortalidade infantil, a baixa escolaridade, a violência. Essas são expressões do grau a que chegaram as desigualdades sociais no Brasil.

A noção popular de que poucos com muito e muitos com pouco gera conflitos sociais e mal estar humano ainda é considerada a principal cauda da desigualdade social no Brasil e em diversos países do mundo. A desigualdade social no Brasil, apesar dos avanços da primeira década dos anos 2000, ainda é considerada uma das mais altas do mundo.

A desigualdade social prejudica cidadãos de todas as faixas etárias, principalmente os jovens de classe de baixa renda, impossibilitados de ascender socialmente pela falta de qualidade, de melhores oportunidades no mercado de trabalho e de uma vida sadia e digna.

A desigualdade social gera uma previdência enfraquecida que não consegue sustentar os aposentados dignamente; permite a existência de um mercado de trabalho e uma educação elitizada, onde poucos jovens de menor renda conseguem adquirir uma melhor formação escolar e profissional; e, dentre as piores conseqüências, propicia a ocorrência da violência urbana.

O principal desafio é promover o direito ao cidadão viver dignamente, tendo real participação da renda de seu país através da educação e de oportunidade no mercado de trabalho e, em situações emergenciais, receber dos governos benefícios sociais complementares até a estabilização de seu nível social e meio próprio de sustento.

A atual disposição da renda brasileira possui fatores históricos enraizados desde os tempos das capitanias hereditárias que concentravam a posse de terras, da escravidão que gerou uma massa de pessoas desassistidas e das monoculturas que não permitiam um maior acesso ao alimento e à riqueza gerada pela terra.

4.1. Reflexão sobre os documentários: Bumbando e Ilha das flores

O documentário Bumbando, fala sobre o Morro do Bumba, em Niterói. Esse morro abrigou de 1970 até 1986, o segundo lixão de Niterói. O primeiro funcionou durante muitos anos no aterrado de São Lourenço.

Inicia-se o documentário com uma breve história do surgimento da moeda. Cenas marcantes são mostradas nesta fase do documentário, tais como, duas mãos cheias de moedas e outra suja com uma única moeda. Podemos compreender somente com essas imagens que a desigualdade social é extrema, a concentração de dinheiro na mão de poucos enquanto muitos sobrevivem com baixas condições.

Essa situação se configura como um abismo, onde poucos têm muito e outros, que são a grande maioria, quase nada. A ambição pode ser citada como um dos principais defeitos do homem a qual auxilia na formação da desigualdade social.

Com a falta de oportunidade e de acesso, as pessoas carentes começam a construir suas casas em áreas de risco. No caso do documentário, várias famílias construíram casas em um lixão desativado. No começo da desativação do lixão do Morro do Bumba, proibiram a ocupação do local, mas com a falta de fiscalização foram construídas casas de alvenaria. Ao invés de reprimir a ocupação irregular e assim evitar um problema maior, o poder público incentivou a urbanização do local com instalação de saneamento básico, energia elétrica, escola municipal e até o Programa Médico da Família.

O que nota-se é uma culpa geral, pois também a população, segundo o documentário, sabia do risco de construírem naquele local. Soluções para a crescente ocupação e construção em áreas de risco seria uma cobrança maior da população com os governantes, exigindo moradias dignas e da parte do governo caberia inibir e controlar através de freqüentes fiscalizações a construção de moradias em locais não apropriados para tal.

Já o documentário “Ilha das Flores”, de forma divertida, apesar de ser um assunto sério, mostra como funciona o mundo do consumo. A primeira cena marcante é onde várias mulheres e crianças de todas as idades recolhem restos de alimento que foi recusado na alimentação de porcos e um homem comendo sentado no lixão. Essas imagens são tocantes pelo fato de pessoas carentes comerem o que foi recusado pela sociedade de consumo e depois recusado novamente como alimento para porcos.

O consumo da população é cada vez maior chegando a ser incontrolável. Tudo que pela avaliação de cada um, não tem como aproveitar acaba sendo desprezado na lixeira. Quem não tem o dinheiro para consumir procura nos lixões o que comer e vestir procura a sobrevivência nos restos da sociedade consumista.

O poder público não toma atitudes para reverter quadro. Essa fatia da população demonstrada nos documentários a qual é comumente uma quantidade de filhos muito grandes, morarem em locais de risco, se alimentar mal é gerada pela falta de dinheiro e oportunidades. Restado para elas viverem dos restos dos lixões das cidades.

Enfim, a desigualdade social é um problema crescente no mundo, como bem retrata os documentários uma grande parte da população não é favorecida como o sistema capitalista. Poucas ações foram feitas no decorrer de tantos anos para amenizar esse problema. Quem consome mais gera mais lixo e é desse lixo que muitas pessoas vivem e sustentam suas famílias. Pensar em como melhorar a vida destas pessoas e do meio ambiente é o grande desafio contemporâneo e do futuro. Portanto essa sociedade discriminada merece uma atenção especial dos governantes e do restante da sociedade.

Diante de tantas maldades e maus hábitos criados pela sociedade humana em geral, 90% da população resolve seus pequenos problemas, assuntos, divergências, em guerras de nação contra nação, pelo individualismo, e uns matando os outros sem nem mesmo saber por quê. Reclamamos tanto das coisas, de nossos problemas, etc., e acabamos esquecendo que diante de algumas realidades e pessoas nossos problemas são resumidos a nada.

Percebemos que os indivíduos são diferentes, estas diferenças se baseiam nos seguintes aspectos: coisas materiais, raça, sexo, cultura e outros. Os aspectos mais simples para constatarmos que os homens são diferentes são: físicos ou sociais. Constatamos isso em nossa sociedade, pois nela existem indivíduos que vivem em absoluta miséria e outros que vivem em mansões rodeadas de coisas luxuosas e com mesa muito farta todos os dias enquanto outros não têm sequer o que comer durante o dia.

É evidente que essas variáveis contribuíram intensamente para que a desigualdade brasileira permanecesse por séculos em patamares inaceitáveis. Todavia, a desigualdade social no Brasil tem sido percebida nas últimas décadas, não como herança pré-moderna, mas sim como decorrência do efetivo processo de modernização que tomou o país a partir do início do século XIX.

Junto com o próprio desenvolvimento econômico, cresceu também a miséria, as disparidades sociais – educação, renda, saúde, etc. – a flagrante concentração de renda, o desemprego, a fome que atinge milhões de brasileiros, a desnutrição, a mortalidade infantil, a baixa escolaridade, a violência. Essas são expressões do grau a que chegaram as desigualdades sociais no Brasil. A sociedade brasileira devem perceber que sem um efetivo Estado democrático, não há como combater ou mesmo reduzir significativamente a desigualdade social.

5. MEIO AMBIENTE: CONCEITO

O termo “meio ambiente” é considerado pelo pensamento geral como sinônimo de natureza, local a ser apreciado, respeitado e preservado. Porém é necessário um ponto de visto mais profundo no termo, estabelecer a noção no ser humano de pertencimento ao meio ambiente, no qual possui vínculos naturais para a sua sobrevivência.

Por meio da natureza, reencontramos nossas origens e identidade cultural e biológica, uma espécie de diversidade “biocultural”. Outra definição sobre o termo “meio ambiente” o coloca no significado de recursos, de gerador de matéria-prima e energia.

O conceito de meio ambiente pode ser identificado por seus componentes:

• Completo conjunto de unidades ecológicas que funcionam como um sistema natural, mesmo com uma massiva intervenção humana e de outras espécies do planeta, incluindo toda a vegetação, animais, micro-organismos, solo, rochas, atmosfera e fenômenos naturais que podem ocorrer em seus limites.

• Recursos naturais e fenômenos físicos universais que não possuem um limite claro, como ar, água, e clima, assim como energia, radiação, descarga elétrica e magnetismo, que não são originados por atividades humanas.

Na Conferência de Estocolmo, organizada pelas Nações Unidas em 1972, que abordou o tema a relação da sociedade com o do meio ambiente, sendo assim a primeira atitude mundial a tentar preservar o meio ambiente, este foi definido como sendo "o conjunto de componentes físicos, químicos, biológicos e sociais capazes de causar efeitos diretos ou indiretos, em um prazo curto ou longo, sobre os seres vivos e as atividades humanas.

O conceito de meio ambiente pode ser identificado por seus componentes:

• O meio ambiente [a], comumente chamado apenas de ambiente, envolve todas as coisas vivas e não vivas que ocorrem na Terra, ou alguma região dela, que afetam os ecossistemas e a vida dos humanos. É o conjunto de condições, leis, influências e infra-instrutora de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas.

5.1. A exploração do meio ambiente

É preciso lembrar que todo material é reciclado no ambiente e isso leva algum tempo para acontecer. Quando a retirada de um determinado elemento do solo é mais rápida do que sua devolução, há um esgotamento, que se manifesta através de uma queda na produtividade.

Todo agricultor sabe que as plantas precisam de nutrientes variados, os quais se encontram no solo graças à atividade de certos microorganismos. Se forem feitas culturas sucessivas, esses nutrientes acabam se esgotando e a produção começa a cair. Haverá então duas alternativas: acrescentar artificialmente os nutrientes retirados, ou deixar que a recomposição se faça normalmente, esperando certo tempo até o solo se recuperar..

Os recursos naturais não-renováveis, uma vez esgotados, não se refazem e, portanto, sua utilização deve ser feita com muito cuidado. Sabendo que um dia eles irão faltar, o homem precisa pensar antecipadamente numa maneira de substituí-los por outros capazes de desempenhar funções semelhantes. Como os recursos renováveis exigem certo tempo para recomposição, a humanidade não disporá de estoques se o consumo não for controlado e a população humana crescer além de determinado limite. Desempenhar funções semelhantes. Como os recursos renováveis exigem certo tempo para recomposição, a humanidade não disporá de estoques se o consumo não for controlado e a população humana crescer além de determinado limite.

Utilizar racionalmente os recursos naturais significa ampliar a capacidade produtiva do ambiente em favor do homem, sem, no entendo, degradar a natureza.

Os efeitos ambientais estão associados, de modo geral, às diversas fases de exploração dos bens minerais, como à abertura da cava, (retirada da vegetação, escavações, movimentação de terra e modificação da paisagem local), ao uso de explosivos no desmonte de rocha (sobre pressão atmosférica, vibração do terreno, ultra lançamento de fragmentos, fumos, gases, poeira, ruído), ao transporte e beneficiamento do minério (geração de poeira e ruído), afetando os meios como água, solo e ar, além da população local.

A exploração mineral em si, já é uma atividade não sustentável, ou seja, o que foi extraído nunca mais será reposto, já exploração mineral uma vez que seus produtos são de grande importância para a sociedade. O grande desafio é explorá-los com responsabilidade e sustentabilidade, sem degradar o meio ambiente, ou ao menos minimizar estes impactos. Explorá-los com responsabilidade e sustentabilidade, sem degradar o meio ambiente E, para que isso é preciso haver uma conscientização do empreendedor.

Há muito tempo que os problemas ambientais brasileiros, principalmente a constante destruição de nossas reservas florestais, vêm sendo denunciados e são motivo de grande preocupação.

5.2. Documentário assistido: Pajerama

No documentário Pajerama podemos observar que o seu conteúdo aborda diferentes pontos de interpretação e nos faz refletir em qual realidade nós devemos acreditar. Se por um lado existe uma civilização sedenta por conhecimento e progresso, do outro também há um povo que já tem seus costumes e crenças predefinidas. Este é o mundo em que vivemos aonde o presente vai de encontro ao futuro, mas o passado não pode ser deixado para trás, porque nele também há vida.

A verdadeira selva em que vivemos não é formada por plantas e animais selvagens, mas sim por pedras de concreto e seres humanos. Não tão diferente da sociedade em que nossos irmãos índios moravam no passado, nesta nova selva, também temos que sair todos os dias para conseguirmos alimento através da caça no mercado de trabalho e disputarmos território através da qualificação pessoal e profissional em que este meio nos impõe.

“No curta” o personagem principal é um jovem índio que no meio de uma caçada se depara com o desconhecido. O mundo em que vive é invadido por maquinas e pássaros de metal, o pobre garoto vê seu habitat sendo tomado a força e, o mesmo não pode fazer nada. Sem que perceba, ele torna-se não muito mais que um sobrevivente, mas também uma testemunha de que seu mundo foi totalmente roubado e corrompido com a ganância de outra sociedade. Esta ultima, só esta interessada em se auto realizar com seus pensamentos de um mundo capitalista e arrogante.

Os grandes centros urbanos vêm crescendo cada vez mais rápido. Sem pedirmos permissão, vamos entrando nas florestas e de forma desordenada, “desmatamos e matamos” as vidas que lá estão. Devemos lembrar que somos um povo formado não só por uma raça, mas sim por diversas etnias. Os índios que foram torturados e massacrados são os mesmos que nos ensinaram a fazer a farinha de mandioca, a pesca os peixes de nossa terra, a fazer beiju, tapioca e várias outras iguarias que nos deliciamos em nossas mesas de café e demais refeições. Nossa cultura também foi formada com parte da cultura desses nativos, mas com certeza não foi a influência que eles tiveram sobre nossa gente, que nos fizeram tomar que quase por completo suas terras e seus lares.

Os índios foram ao longo do tempo humilhados e quase que extintos por nossa sociedade, acredito eu que não por que somos malvados e eles bonzinhos, mas sim por que há um choque entre a política deles e a nossa, os interesses de nossa gente é diferente dos deles e, foi esse o motivo de ter havido tanta guerra entre os nossos povos. Mas é obrigação de todos nós aprendermos a viver em harmonia, pois somos conscientes de que compartilhamos do mesmo solo e bebemos da mesma água. E de uma forma não tão complicada de entender, também temos os mesmos sentimos de amor, respeito e paz entre nossos filhos.

5.3. A problematização/reflexão da exploração do meio ambiente

A sociedade é afeta, de forma negativa, o meio ambiente e as conseqüências, negativas, desta interfere na sociedade.

Todo material é reciclado no ambiente e isso leva algum tempo para acontecer. Quando a retirada de um determinado elemento do solo é mais rápida do que sua devolução, há um esgotamento, que se manifesta.

Durante todo o processo histórico do homem seu principal objetivo. Todavia, deu as costas para aquilo que já nasceu perfeito e do qual depende: o meio ambiente.

O homem lutando por uma vida fantástica, esquecemos da fantástica vida da natureza. Qualquer atividade depende dos recursos naturais, que são finitos. Não existe agropecuária sem solo, a indústria não produz sem energia, bem como o comércio, os serviços e as demais atividades dependem da água. Estamos cuidando do nosso ambiente para fazer justiça e qualidade para os presentes e futuras gerações? Estão aí os inúmeros desastres ambientais, o aumento da lista de espécies em extinção, a concentração e o crescimento da população nas grandes cidades.

Se continuarmos agredindo a natureza, estaremos desencadeando e acelerando um processo de autodestruição. Correremos sérios riscos de catástrofes apocalípticas, causadas pela poluição e outras formas de agressões ao meio ambiente, que são determinantes para o esgotamento de todas as fontes de energia e outros importantes recursos naturais

Dentre os rejeitos químicos eliminados no ar por várias indústrias, encontram-se o anidrido sulfuroso e o óxido de nitrogênio. Essas substâncias, em contato com o vapor d’água e o oxigênio do ar transformam-se em ácido sulfúrico e ácido nítrico, que por sua vez impregnam a neblina, a geada, a neve e as águas da chuva. Essas se transformam então nas chamadas chuvas ácidas.

Ao caírem na superfície, as chuvas ácidas alteram a composição química do solo e das águas, atingem as cadeias alimentares, destroem florestas e lavouras, atacam estruturas metálicas, monumentos e edificações. Segundo o Fundo Mundial para a Natureza, cerca de 35% dos ecossistemas europeus já estão seriamente alterados e aproximadamente 50% das florestas da Alemanha e da Holanda foram destruídas pela acidez da chuva. Nas florestas o efeito é particularmente terrível: as folhas das árvores são queimadas e o solo fica exposto à erosão. A vegetação da Serra do Mar, no município de Cubatão, foi seriamente afetada pelas chuvas ácidas originadas do pólo industrial ali existente, tendo sido necessários trabalhos de contenção nas encostas, na tentativa de se evitar desmoronamentos.

A água e a poluição causam doenças que matam de 5 a 6 milhões de pessoas todo ano, 90 mil quilômetros quadrados de florestas foram derrubadas anualmente na década de 90, remanescendo apenas um terço do total das matas nativas na Terra.

No Brasil, mas de 90% da Mata Atlântica foi dizimada. A desertificação já atinge 33% da superfície terrestre; 2,4 bilhões de pessoas não têm acesso a saneamento básico, que ainda é precário. No país, quase 70% das internações hospitalares decorrem de doenças hídricas, vitimando mais de 50 mil pessoas por dia. Os resíduos sólidos só aumentam, e o clima se altera por toda parte.

Não podemos deixar de falar dos avanços que temos alcançados. Há empresas que não poluem, desencadeando um processo que todos os materiais e substâncias gerados e utilizados sejam reintegrados ao ciclo de produção. A conscientização melhora e o poder público, em alguns casos, esforça-se em formular e aplicar políticas ambientais.

É necessário buscar novos paradigmas para atingirmos um desenvolvimento sustentável. Façamos, pois, uma reflexão sobre o assunto e entender que nossa luta deve ser não para sobreviver, mas para viver neste planeta.

6. CONCLUSÃO

O mundo atual requer, mais do que nunca, um olhar aguçado acerca da realidade que nos cerca. Compreender as dimensões sociais em suas múltiplas facetas pode nos tornar seres humanos mais preparados para enfrentar as dificuldades vindouras. É a partir desta colocação inicial que quero instigá-los a pensar a importância das ciências sociais nos currículos de todos os cursos universitários. Não se trata aqui de querer impor uma matéria como obrigatória ou coisa que o valha; mas sim indagar sua importância para a formação intelectual e prática, já que propomos observar as ciências sociais a partir de fatos concretos, inseridos no cotidiano, e que fazem parte de nossas vidas.

Falar em Ciências Sociais é falar dos reflexos das relações sociais, sejam através dos seus valores, necessidades, normas e/ou regras. O que precisa ficar claro é que a sociologia não se resume numa coletânea de teorias, mas num esforço coletivo de reflexão que busca promover o bem-estar individual e social.

Ela deve trazer a realidade brasileira e mundial à análise crítica, questionando, em nível macro, por exemplo, o porquê de guerras religiosas, políticas e econômicas e indagando os motivos de compactuarmos com a banalização da injustiça social. Além disso é papel desta ciência fomentar a crítica quanto à tendência de alguns à falta de ética, bom senso e boa intenção nas ações do dia-a-dia. Em nível micro, ela deve atuar como a arte ou a música característica do bairro, por exemplo, pode servir de instrumento para que ele possa ter voz na sociedade. Afinal, o exercício da sociologia é um exercício do pensar de forma inteligente, ou seja, de um pensar que se integre ao modo de agir do ser humano e da Sociedade.

A Sociologia, uma das ciências sociais, tem como pretensão lançar um olhar investigativo e interpretativo sobre a realidade social inerente a ação humana sobre o meio em que vive. Em linhas gerais, procura entender o poder da sociedade sobre a constituição humana e a sua presença na construção social. Esta ciência estuda "coisas" chamadas de fatos sociais e, por isso, segundo Èmile Durkheim, a sociedade pode ser estudada de forma objetiva e metódica.

Assim, a Sociologia faz parte de nossa necessidade de entender o que ocorre em nossa volta e busca dar respostas às nossas indagações, mesmo por que ninguém vive só e estamos todos interligados numa grande rede social.

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