ATPS-FORMAÇÃO SOCIAL, ECONÔMICA E POLÍTICA DO BRASIL
Ensaios: ATPS-FORMAÇÃO SOCIAL, ECONÔMICA E POLÍTICA DO BRASIL. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: HenriqueRios • 22/10/2013 • 6.892 Palavras (28 Páginas) • 619 Visualizações
UNIVERSIDADE ANHANGUERA
CENTRO EDUCACIONAL A DISTÂNCIA
POLO JARDIM-MS/ UNIDADE 1
CURSO SUPERIOR DE SERVIÇO SOCIAL
FORMAÇÃO SOCIAL, ECONÔMICA E POLITICA DO BRASIL.
Nome do(s) Alunos (s) e RA(s) e E-mail(s).
* RA 411095 - Fabiana da Costa Ribeiro Gonçalves.
fab_ribeirogoncalves@hotmail.com
* RA 430675 – João Henrique Rios de Castilho. henry_jhrc@hotmail.com
* RA 426431 - Ivone Duarte Ferreira.
ivoneduartegll@hotmail.com
* RA 443460 - Tânia Mirleyn Lopes Marchado.
thaniamirleyn@hotmail.com
** RA 438742 – Mainara Aliendre Garcia.
mainar_a@hotmail.com
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA
Nome do tutor presencial: Mara Cristina Tibiriçá Monteiro.
Nome do tutor à distância: Maria Clotilde Bastos.
Jardim-MS, 26 de setembro de 2013.
ETAPA-01: Esta Etapa foi muito importante para nossa compreensão do cenário social e econômico do Brasil-Colônia(1500-1822)
O PRIMEIRO REPORTER FOTOGRÁFICO DA COLÔNIA: A primeira metade do século XIX nos permite relembrar, e com muita satisfação, da presença de grandes artistas franceses no Brasil. Tal circunstância deveu-se à intenção da própria Coroa portuguesa em trazer cultura para o país, na ocasião, recém-ocupado pela nobreza há apenas 08 anos. Destacaremos, dentre os habilidosos "artistas-viajantes": Jean Baptiste Debret, fora o mais requisitado e competente, naquilo que pretendia revelar por meio da arte. Debret, em sua interessante obra: "Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil", permite demonstrar importantes traços de sua própria identidade e personalidade, distanciando-se um pouco daquela idéia de apresentar "imagens fiéis" da escravidão negra no Brasil, e também sobre os "exóticos" momentos da monarquia lusa, instalada no Rio de Janeiro a partir de 1808. Debret sem dúvida, foi mais do que um pintor oficial da nobreza, também atuou com muita competência na fundação da Academia Imperial de Belas-Artes do Rio de Janeiro, contribuindo como professor. Neste período o Brasil encontrava-se em processo de formação de sua própria história, inclusive como nação “independente”.
CONTRATADO PELA “COROA” PORTUGUESA: É interessante notarmos que o cenário que antecedeu a vinda do pintor francês a terras brasileiras estava um tanto quanto conturbado. Não podemos esquecer que Napoleão praticamente expulsou a Coroa portuguesa, que na ocasião, fugira para o Brasil. Em 1808 D. João e mais 15 mil pessoas que acompanhavam a Corte, desembarcaram no Rio de Janeiro. Neste mesmo período, os portugueses estavam de relações políticas e sociais, completamente cortadas com os franceses. Diante desta dimensão, talvez seja oportuno perguntarmos, qual seria o objetivo, por parte dos portugueses, em trazer artistas franceses para prestar serviços à monarquia no Brasil. Podemos, no entanto, destacar alguns fatores correspondentes à questão: Segundo a autora, o próprio Debret, como mencionamos anteriormente, fez parte dos pintores "oficiais” designados a retratar momentos gloriosos de Napoleão Bonaparte. Por outro lado, não podemos deixar de mencionar a cultura italiana que, por muitos séculos, formou grandes artistas como Michelangelo, Leonardo Davinci, dentre tantos outros. A Itália dominou, de forma soberana, o cenário artístico até meados do século XVII. A partir do final deste mesmo século e inicio do XVIII a França passou a revelar grandes talentos do mundo da arte, isto graças ao sensível avanço dos ensinos acadêmicos, reunindo desta forma, condições para competir e até superar a qualidade artística italiana. O próprio Debret estudou arte num ateliê na famosa Itália. Outro fator contribuinte que apoia a decisão dos lusos em trazer artistas franceses está ligado à atuação dos "agentes" portugueses. O agente português, Conde de Baça esteve em Paris momentos antes dos artistas franceses embarcarem para o Brasil. Com a eliminação definitiva de Napoleão em 1815 a diplomacia entre Portugal e França voltou a apresentar cordialidade entre os países. O Brasil desta época encontrava-se em plena formação e precisava de cultura, precisava de pessoas com capacidade de ensinar arte. Este também foi um dos principais motivos da convocação dos artistas ao Brasil. A dimensão de Debret não era diferente, pos fora convocado para atuar junto à Corte portuguesa e que também acabou desempenhando importante papel na Academia Imperial de Belas-Artes do Rio de Janeiro, como professor.
O BRASIL PELOS OLHOS DE DEBRET: Por meio de sua obra Viagem, Debret procurou demonstrar, com minuciosos detalhes e cuidados, a "formação" do Brasil, especialmente no sentido cultural do povo e nação. Os 3 volumes foram publicados em 1834, 1835 e 1839. De acordo com a autora, Debret enfatiza os principais destaques de sua obra: "Ao longo de suas páginas, Debret enfatiza o que considera os diferentes momentos da marcha da civilização no Brasil: os indígenas e suas relações com o homem branco, as atividades econômicas e a presença marcante da mão de obra escrava e, por fim, as instituições políticas e religiosas. Debret procurou resgatar particularidades do país e do povo. Utilizou o termo "pitoresco" com a ideologia de precisão, habilidade, talento, e qualidade artística em representar e "preservar" o passado daquele povo. Segundo a autora, para Debret, esta obra favoreceria no sentido de demonstrar para Europa um Brasil que merecia ocupar o mesmo lugar dos grandes e civilizados países. Vejamos outra citação da autora a respeito do termo "pitoresco" utilizado por Debret: traduzia, igualmente, nas primeiras décadas do século XIX, a opção por privilegiar, no "retrato" dos povos, aspectos que não estivessem limitados às questões políticas, mas que dessem testemunho da religião, da cultura e dos costumes dos homens."
Debret preocupou-se muito com os textos que acompanhavam suas imagens, demonstrando certa fidelidade ao sentido literário. Tal postura não era comum em outros "artistas - viajantes".
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