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Por:   •  10/3/2015  •  5.372 Palavras (22 Páginas)  •  120 Visualizações

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RESUMO

A violência protagonizada pelos jovens nas escolas é uma realidade inegável. A sociedade terá que se organizar e insurgir-se ativamente contra este fenómeno. De igual modo, a escola terá que ajustar os seus conteúdos programáticos e aproximar-se mais às crianças. Devido às exigências, as famílias muitas vezes destituem-se da sua função educativa, delegando-a a escola. No meio de toda esta confusão, estão às crianças, que, agem conforme aquilo que notam e agem conforme os estímulos do meio. Meio esse que por vezes oferece modelos de conduta e referências positivas questionáveis. Nosso trabalho busca explicar essas concepções, ações e programas governamentais, bem como suas interconexões com a suposta qualidade preconizada para esse nível de ensino no Brasil. Nesta perspectiva, ao analisar tais políticas e programas no contexto de reforma do Estado, indica os limites e perspectivas desse processo, sob a ótica da construção de novos parâmetros para a qualidade e gestão democrática da escola pública.

Palavras-chave: escola; violência; meio; família; sociedade.

INTRODUÇÃO

Desejamos com este trabalho fazer uma breve abordagem sobre os fenómenos da violência cumprida por jovens nas escolas e como tal fato é devido problemas de inadaptação, confirmando se essa inadaptação é consequência do meio onde se inserem. Ao longo deste trabalho será alvo de reflexão o papel da família na educação numa perspectiva histórica até aos dias de hoje; o fenómeno de violência e como ela se regista na sociedade; a violência nos jovem fruto da ausência de referências positivas no meio onde se atêm; análise da violência e seus implicados no contexto escolar e se poderá haver uma interação positiva ou não entre a escola e seus alunos. Serão também apontadas as causas da violência, sua prevenção e como o educador social, enquanto profissional qualificado, poderá agir na prevenção do fenómeno em questão. Em resumo, procurou-se aprofundar os conhecimentos em torno desta temática, com um intuito insaciável de conhecer como a escola, a família e em sentido ladro a sociedade se organiza na gestão desta problemática tão grave nos dias de hoje. A sociedade mundial tem sido um pouco indiferente relativamente aos seres que são socialmente frágeis e que muitas vezes adotam condutas violentas como forma de proteção. A violência nas escolas não é um fenómeno novo. Todavia tem vindo a assumir proporções tais que a escola não sabe que medidas tomar para sanar este problema. As relações entre escola e família baseiam-se na divisão do trabalho de educação de crianças e jovens, envolvendo expectativas mútuas. Quando se fala na desejável parceria escola–família e convoca-se a participação dos pais na educação, sobretudo pelo dever de casa como estratégia de promoção do sucesso escolar, não se consideram: as mudanças históricas e a diversidade cultural nos modos de educação e reprodução social; as relações de poder entre estas instituições e seus agentes; a diversidade de arranjos familiares e as desvantagens materiais e culturais de grande parte das famílias; as relações de gênero que estruturam a divisão de trabalho em casa e na escola. Este trabalho discute estas questões argumentando que a política educacional, o currículo e a prática pedagógica articulam os trabalhos educacionais realizados pela escola e pela família, segundo um modelo de família e papel parental ideal e com base nas divisões de sexo e gênero, subordinando a família à escola e sobrecarregando as mães, o que vincula a injustiça de gênero. O foco é a família do aluno, chama a atenção para a importância da família como agente do desenvolvimento, trata o conceito de família nos tempos modernos, examina os ciclos de vida familiar, destacando as principais tarefas e desafios da família, e analisa o papel dos valores, das crenças e das práticas parentais e sua influência no desenvolvimento.

As relações entre escola e família baseiam-se na divisão do trabalho de educação de crianças e jovens, envolvendo expectativas mútuas. Quando se fala na desejável parceria escola–família e convoca-se a participação dos pais na educação, sobretudo pelo dever de casa como estratégia de promoção do sucesso escolar, não se consideram: as mudanças históricas e a diversidade cultural nos modos de educação e reprodução social; as relações de poder entre estas instituições e seus agentes; a diversidade de arranjos familiares e as desvantagens materiais e culturais de grande parte das famílias; as relações de gênero que estruturam a divisão de trabalho em casa e na escola.

O PAPEL DA FAMÍLIA NA EDUCAÇÃO

O conceito de família nem sempre foi o mesmo, sofreu alterações de acordo com o evoluir dos tempos. A educação da criança não era garantida pela família. Cedo as crianças se envolviam com os adultos em atos sociais tradicionais, de ajuda aos pais, nos trabalhes habitacionais no caso das meninas e nos meninos na conservação dos bens e negócios familiares. Era deste modo que adquiriam conhecimentos e valores essenciais à sua formação. A família não demonstrava afetividade, embora o amor fosse um sentimento presente. A afetuosidade registava-se nas pessoas próximas às crianças. Na época do Estado Novo, à esposa era-lhe encarregada pela educação dos filhos, ganhando dependência económica quase total do marido. Aliás, o pai surge como o único a buscar sustento familiar se ele desaparecer, não há dinheiro para comprar o necessário. Com as alterações sociais, a família sofreu grandes transformações, que já tinham sido iniciadas em outros países já democratizados. Diminuiu o número de filhos por casal, o casamento tornou-se mais instável com um grande índice de divórcios, as mulheres passaram a ter uma atividade profissional, estudarem até mais tarde, ganhando independência económica e deixando muitas vezes a maternidade para segundo plano. Hoje, os pais já não são os senhores absolutos da lei e da ordem, nem os únicos cuidados dos bens da família e as mães não são unicamente as protetoras do lar e responsável pela educação e formação dos filhos. Todavia, devido às exigências atuais, os pais cedo colocam os filhos creches. Chegam a casa exaustos de um dia de trabalho, têm ainda as tarefas domésticas ou trazem trabalho para casa. A criança é colocada sozinha a ver televisão ou a brincar sem um adulto que lhe dê atenção. A relação familiar centralizar principalmente nas necessidades físicas da criança, ou seja, na alimentação, na higiene, no descanso. Desde criança que as novas tecnologias imediatamente as

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