Análise Econômica

Universidade Federal de Juiz de Fora

História Econômica Geral

Prof. Dr. Leandro Pereira Gonçalves

Relatório Capitalismo, Globalização e Democracia

Mateus Figueiredo

Com os excertos de Bourdieu e Hobsbawn fomos apresentados á nova face do capitalismo, um capitalismo em profunda expansão e contradição. No contexto do final da guerra fria, temos uma nova política econômica surgindo, o neoliberalismo, que se manifesta como o fim da política de bem estar social nos países desenvolvidos ocidentais.

A partir desse momento vemos uma mudança na política desses mesmos países, com a queda da oposição (URSS) não fazia mais sentido para os países capitalistas manter o trabalhador com maior qualidade de vida, era hora de voltar a ligar as máquinas da exploração, de apertar leis trabalhistas e de a burguesia recuperar o que foi perdido em 40 anos de salários mais altos e leis mais rigorosas.

Centrados na figura de dois líderes, Ronald Reagan (Presidente dos EUA de 1981 há 1988) e Margaret Thatcher (Primeira-Ministra do Reino Unido de 1979 há 1992), o neoliberalismo começou a ser aplicado, a flexibilização da economia atinge todos os níveis e o que era considerado direito passa a depender da condição econômica do cidadão. Demissões em massa também ocorrem para justificar cortes no estado, o capitalismo volta à selvageria!

Nessa época começa a expansão tecnológica, e a ideia de que ela é essencialmente ligada ao capitalismo, à lógica da globalização. Os países capitalistas monitoram os países subdesenvolvidos e conseguem embutir uma ideia de que só o neoliberalismo e o capitalismo funcionam baseada na dualidade pós-guerra fria. Pois bem, com a elite local como aliada, os países desenvolvidos conseguem aumentar o nível de exploração na América latina, África e Ásia, o neoliberalismo é aplicado levando a um nível de subserviência poucas vezes visto.

Outro pilar dessa dominação é a ideia da democracia burguesa como a única forma de organização genuinamente democrática, o que é extremamente contraditório. A democracia burguesa se estabelece por quem tem mais condições de acumular capital, logo detém o pode político. Qualquer forma que busque sair dessa ótica é criminalizada, seja classificada como ditadura ou regime de terroristas.

O capitalismo do século XXI é o capitalismo integrado, onde os burgueses de todo mundo trabalham de forma internacional e dispostos a não dar brecha para algo novo, revolucionário. E dentro dessa perspectiva que a alternativa ao capitalismo também deve ser internacional, só assim a exploração do homem pelo homem irá acabar.