Aplicando os princípios da ética à vida na sociedade

A ética diz respeito ao processo através do qual tomamos decisões equilibrando diferentes valores, entre eles a honestidade. Em geral, pessoas com um sentido ético desenvolvido são honestas, mas também podem optar por sacrificar a honestidade absoluta em nome de outro valor, como o amor, a amizade ou o respeito ao próximo. Uma decisão como essa vai continuar sendo ética desde que seja tomada com liberdade, responsabilidade e consciência. Sendo assim o personagem principal do quadrinho procura a ética mais não tem a honestidade e a dignidade, esse menino tem muito o que aprender sobre a ética.

Em relação à ação do indivíduo, já foi exposto que honestidade é lidar com a realidade como ela é. Aplicar este princípio à vida em sociedade é reconhecer que "o que é" é mais importante para sua vida que "as vantagens que irei conseguir” ou "o que os outros pensam".

Ao se passar por aquilo que não é, omitir ou falsear fatos, o indivíduo cria uma contradição entre a realidade e aquilo que outras pessoas acham que é verdade. Mas os fatos reais têm conseqüências na realidade - a ficção não. Se alguém mente dizendo que é professor ou advogado para impressionar alguém ou até mesmo para ter beneficio sobre a mentira, isto não o torna capaz de ser realmente aquilo que tanto o busca.

Esta pequena contradição, o fato que o mentiroso não sabe o que é etica mas diz que é professor de ética para conseguir o tal 50% de desconto, é irreconciliável com a realidade. O motivo disto é a causalidade - a imaginação humana não é capaz de mudar os fatos passados e quer busca sempre vantagens.

Segundo, a ameaça ao mentiroso são exatamente as pessoas racionais e inteligentes, aquelas que são capazes de perceber a realidade e entender causas e conseqüências. A pessoa que tenta manter uma imagem que diferete da realidade torna se adversária da causalidade - da própria realidade - e das pessoas racionais.

Honestidade e ética não podem ser consideradas como uma virtude ou qualidade do ser humano, mas sim como pressuposto de nossa conduta cotidiana. Tem de estar embutido na nossa filosofia de vida.