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CONDIÇÃO POPULISTA

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Por:   •  9/12/2014  •  Tese  •  340 Palavras (2 Páginas)  •  131 Visualizações

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O ESTADO POPULISTA

Dois são os aspectos importantes da coalizão: primeiro, que toda política populista paga um preço pela adesão popular, qualquer que seja a amplitude de sua capacidade de manipulação; segundo, que o “vazio político” deixado pelas oligarquias dissidentes, aliado à descaracterização das classes sociais, permite a ascensão do Estado Populista.

O advento desse novo tipo de Estado representa não uma ruptura no processo histórico, mas apenas uma modernização, uma renovação de relações. Muda o relacionamento do Estado com a Sociedade – ou desta com aquele – mas não muda, no essencial, o caráter capitalista das relações de dominação e apropriação econômica, típica do sistema capitalista.

Dentro do Estado Populista, o peso político específico das classes que compõem a coalizão não é igual e a burguesia faz prevalecer seus interesses e sempre rompe com o pacto quando se põe em perigo a classe dominante ou as condições de reprodução do capital. O proletariado e as classes assalariadas entram na composição do pacto motivadas por razões econômicas imediatistas. Mas o Estado Populista, quando em fase cristalina, consegue manipular em seu proveito todas as vozes de todas as classes, pois todas elas – burguesia, proletariado e outras – estão em vias de formação. E se o Estado já é definidamente populista, também são manobradas as sobrevivências políticas do antigo e derrotado Estado Oligárquico. Quando começa a ocorrer a predominância da cidade sobre o campo, há nova divisão do trabalho, pois o desenvolvimento das relações de produção capitalistas altera as feições e estruturas urbanas. As camadas urbanas, ao negarem à oligarquia, o imperialismo, a economia primário-exportadora, passam a representar as bases sociais das estruturas do poder emergente, e As classes sociais que constituem o pacto populista continuam a se desenvolver como tais ao longo da duração da coalizão. Muitas vezes, a ruptura do populismo se dá por causa das contradições desenvolvidas entre as classes que compõem o próprio populismo. Portanto, A experiência populista corresponde a uma fase, sem dúvida peculiar, no desenvolvimento das relações de acomodação e antagonismo entre as classes sociais participantes da aliança.

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