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Casanova E A Revolução

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Por:   •  2/11/2013  •  1.097 Palavras (5 Páginas)  •  579 Visualizações

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“Casanova e a Revolução”

NOVEMBRO DE 2010

A Revolução Francesa – Contextualização:

Em 1789, iniciava-se a Revolução Francesa, que tinha como seu principal objetivo, a “destruição” do Antigo Regime e, que por sua vez, sacudiria as bases da sociedade ocidental da época.

Tal revolução é apontada como um marco divisório da história. Foi um fenômeno complexo, e incluiu várias revoluções no seu processo. Foi marcada pela Revolta Aristocrática, Revolução Burguesa, Revolução Popular e a Revolução Camponesa. Essa última foi marcada com muita violência e grande amplitude, que acarretaram no “Grande Medo”.

Porém, a Revolução Francesa foi essencialmente burguesa. A ideologia revolucionária foi burguesa, a direção do movimento revolucionário permaneceu sempre nas mãos da burguesia e, o Estado criado atendia aos interesses econômicos dessa classe.

A Revolução Francesa representou a crise final do Antigo Regime, cujas estruturas foram abolidas e substituídas pelo capitalismo. Tal crise ocorreu em três diferentes níveis: econômico, social e político.

No âmbito econômico, do ponto de vista estrutural, representou o fim do feudalismo, subvertido pelo crescimento demográfico e pelo desenvolvimento do capitalismo. Somado à isso, uma conjuntura marcada por crises econômicas, aprofundando ainda mais as contradições da sociedade. Além disso, a produção de gêneros agrícolas, por conseqüência de fenômenos climáticos, acarretou em más colheitas e, com isso, elevação nos seus preços, e como conseqüência a subalimentação e a miséria das classes populares. E para agravar ainda mais a estrutura econômica, u desastroso tratado comercial com Inglaterra – Tratado Eden – Rayneval – afetou profundamente a indústria manufatureira francesa, que a impossibilitou de concorrer com a indústria inglesa, e com isso, acarretou em falência das indústrias francesas e uma onda de desemprego, subempregos e queda nos salários. E paralelamente a isso tudo, debatia-se sobre a crise financeira, devido aos grandes gastos com as guerras.

Já no âmbito social, a estrutura social que era existente antes da crise, foi extinta, a nova realidade não correspondia à antiga. Agora chefiada pela burguesia, que contrapunha-se aos privilégios das classes parasitárias. Os camponeses se encontravam em situação miserável, tinham eu pagar altos tributos ao clero (dizimo) e à decadente nobreza. E nas cidades, notava-se grande número de desempregados.

A crise política, porque o absolutismo mostrava-se incapaz de conter a aristocracia e de proceder a reformas necessárias. A própria base do poder era atacada pelos “filósofos da Razão”: ao “direito divino” dos reis opunha-se a soberania do povo; à religião de Estado contrapunha-se a liberdade de consciência; ao dirigismo econômico do Mercantilismo apresentava-se a liberdade econômica. E a burguesia, consciente de sua força e poder econômico, apesar das limitações existentes, já ambicionava o poder político também.

Resumo do filme “Casanova e a Revolução”:

O filme retrata a Revolução Francesa e seus diversos olhares, através da história do escritor Nicolas Edmé Restif, que decide seguir a condessa Sophie, juntamente com seu amigo Paine, para encontrar o rei Luís XVI, que havia fugido de Paris.

A história começa quando a trajetória de Nicolas Edmé Restif de, que ao ouvir uma conversa a respeito da partida de uma carruagem da Corte, à noite, decide investigar o caso. Restif começa a perguntar às pessoas nas ruas se viram quem estava na carruagem, pois suspeita de que o rei e sua família haviam fugido de Paris, mas ninguém dá nenhum depoimento.

Em Meaux, Restif volta a questionar pessoas sobre a passagem do rei pela cidade e, ao encontrar Paine, resolvem analisar o caso. Chegam à conclusão de que o rei pretende chegar em Metz, para conseguir proteção das tropas da Alsácia, Lorena, Franche-Comté e Champagne e de que se esse plano fosse verdade, a França poderia voltar ao Antigo Regime. Nada, porém, é confirmado e seguem viagem rumo à Metz.

Em um diálogo travado entre a condessa Sophie e Casanova é possível perceber um dos pontos de vista abordados pelo diretor. Ao ser questionado sobre a situação da França após 1789, Casanova se mostra descontente. Ele alega que após a Revolução Francesa, em que foi aprovada a

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