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Por:   •  21/4/2014  •  1.160 Palavras (5 Páginas)  •  287 Visualizações

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Plano de Aula: A atualidade das Ciências Sociais na compreensão da sociedade contemporânea

FUNDAMENTOS DAS CIÊNCIAS SOCIAIS

Título

A atualidade das Ciências Sociais na compreensão da sociedade contemporânea

Número de Aulas por Semana

Número de Semana de Aula

12

Tema

Globalização, exclusão social e sustentabilidade ambiental no mundo contemporâneo.

Objetivos

Problematizar o conceito de globalização em sua relação com o desenvolvimento econômico e as questões socioambientais.

Entender os processos de exclusão social decorrentes da globalização.

Compreender o sentido do conceito de desenvolvimento ecologicamente sustentável.

Analisar o campo de atuação da ecologia política.

Estrutura do Conteúdo

1. Algumas definições sobre globalização:

Embora possamos afirmar que os primeiros passos, na direção da construção de um mundo globalizado tenham sido dados no início da modernidade com as grandes navegações, a real sensação do que se compreende como globalização passa a existir, mais exatamente, no final da década de 1980 com o desenvolvimento das chamadas Tecnologias da Informação. A partir daí temos um aumento considerável na velocidade e na intensidade da troca de informações, fazendo com que acontecimentos locais sejam muitas vezes modelados por processos que se desenvolvem a quilômetros de distância. Segundo Anthony Giddens, em As Consequências da Modernidade, a globalização pode assim ser definida como a intensificação das relações sociais em escala mundial. Neste sentido a globalização do mundo expressaria um novo ciclo de expansão do capitalismo, como modo de produção e processo civilizatório de alcance mundial (in Ianni, Octavio. Globalização e a nova ordem internacional). Ainda segundo Ianni este mundo globalizado seria marcado por diversidades, desigualdades, exclusão, tensões e antagonismos, que se dariam simultaneamente às articulações e integrações regionais, transnacionais, e globais. Consequentemente o mundo globalizado não é um mundo homogêneo, mas sim um espaço marcado por significativas diferenças culturais. Sendo assim, é correto afirmar que o capitalismo global seria, na verdade, um processo de ocidentalização caracterizado pela exportação das mercadorias, dos valores, das prioridades, das formas de vida ocidentais (Hall, Stuart. A Identidade Cultural na Pós-Modernidade). Um grande traço comum, para as sociedades inseridas no processo de globalização seriam justamente as práticas de consumo. Segundo Zygmunt Bauman nos tornamos, acima de tudo, uma sociedade de consumidores, de acumuladores de sensações.

2. A perspectiva do desenvolvimento ecologicamente sustentável:

Ideologia é o conjunto de proposições existentes com a finalidade de fazer aparentar os interesses da classe dominante com o interesse coletivo, construindo uma hegemonia daquela classe, tornando-se uma verdade absoluta e natural. Dessa forma, a manutenção da ordem social requer menor uso da violência. A ideologia torna-se um dos instrumentos da reprodução do status quo e da própria sociedade. O vencedor ou poderoso é transformado em único sujeito da história não só porque impediu que houvesse a história dos vencidos (ao serem derrotados, os vencidos perderam o direito à história), mas simplesmente porque sua ação histórica consiste em eliminar fisicamente os vencidos ou, então, se precisa do trabalho deles, elimina sua memória, fazendo com que lembrem apenas dos feitos dos vencedores. Não é, assim, por exemplo, que os estudantes negros ficam sabendo que a Abolição foi um feito da Princesa Isabel? As lutas dos escravos estão sem registro e tudo que delas sabemos está registrado pelos senhores brancos. Não há direito à memória para o negro. Nem para o índio. Nem para os camponeses. Nem para os operários (Chauí, Marilena. O que é ideologia, São Paulo, Ed. Brasiliense, pg. 81). Uma característica marcante do modo de produção capitalista é que neste modelo civilizatório “os dominados pensam com a cabeça dos dominadores (Rodrigues, Alberto Tosi. Sociologia da Educação, pg. 47)”, ou seja, a visão de mundo da classe dominante é assumida pela classe dominada como se fosse a sua própria.

3. A Ecologia Política:

A ecologia política estuda os conflitos ecológicos distributivos. Por distribuição ecológica são entendidos os padrões sociais, espaciais e temporais de acesso aos benefícios obtidos dos recursos naturais e aos serviços proporcionados pelo ambiente como um sistema de suporte da vida. Os determinantes da distribuição ecológica são em alguns casos naturais, como o clima, topografia, padrões pluviométricos, jazidas de minerais e a qualidade do solo. No entanto, também são claramente sociais, culturais, econômicos, políticos e tecnológicos. Em parte a ecologia política se superpõe à economia política, que na tradição clássica corresponde ao estudo dos conflitos relacionados à distribuição econômica. Por exemplo, existem grupos do meio urbano, tão pobres e detendo tão pouco poder que não dispõem de

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