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Por:   •  31/8/2015  •  Trabalho acadêmico  •  3.792 Palavras (16 Páginas)  •  129 Visualizações

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Auguste Comte

1) Tendo como base o texto de Evaristo de Moraes Filho (1989), responda:

a) Quais as principais concepções do positivismo?

O positivismo passa a dominar as formas de pensar do século XIX como método, pautado na certeza dos resultados de experiências como construção teórica; e como doutrina, revelando-se como fato, como revelação da própria ciência, mostrando junto com os fatos particulares e como geral da sociedade.

" O positivismo é, portanto, uma filosofia determinista que professa, de um lado o experimentaismo sistemático e, de outro, considera anticiêntífico todo estudo das causas finais." (JUNIOR, João Ribeiro - O que é positivismo p.15)

As principais concepções sobre o positivismo dizem a respeito dos três estados: teológico(preparatório), metafísico(transitório) e positivo(normal). O estado teológico tem como característica a busca das causas essenciais, os conhecimentos absolutos;o estado metafísico tem tentência de explicar a natureza dos seres, substituindo agentes sobrenaturais por "entidades"; e o estado positivista, que dizia que a ordem é necessária para a erradicação de conflitos, para que se pudesse chegar ao progresso, industrialização e, posteriormente, à modernização.

b) Quais as implicações do positivismo para a classificação das ciências e para a sociologia?

O caráter fundamental do positivismo é tomar todos os fenômenos como sujeitos as leis naturais e invariáveis. Este caráter é expresso nas leis dos três estados do espírito humano, sendo eles o Teológico, que é caracterizado pelo conhecimento religioso, o metafísico referente ao conhecimento filosófico e por fim o positivo, que busca explicar os fenômenos através da observação e do raciocínio. É nesta perspectiva que as ciências naturais e a sociologia se sustentam. O positivismo defende a idéia de que o conhecimento científico é a única forma de conhecimento verdadeiro.De acordo com este pensamento, só se pode identificar a veracidade de uma teoria se esta for embasada no pensamento racional, na experimentação e investigação dos fatos.

Émile Durkheim

1) Tendo como base o texto de Émile Durkheim, responda:

a) O que é um fato social?

Na fase positivista que marca o início da produção de Durkheim, ele considera que, para que a sociologia se tornasse uma ciência autônoma, esta precisava delimitar seu objeto de estudo: os fatos sociais. Estes consistem em maneiras de agir, de pensar e de sentir que exercem um poder de coerção exterior sobre o indivíduo, ou seja, o fato social é algo dotado de vida própria, externo aos membros da sociedade e que exerce sobre seus corações e mentes uma autoridade que os leva a agir, apensar e a sentir de determinadas maneiras.

b) Quais as  principais características dos fatos sociais?

As principais características dos fatos sociais são: a coercitividade, que se relaciona com o poder, ou à força, com a qual os padrões culturais de uma sociedade se impõem aos indivíduos que a integram, obrigando esses indivíduos a cumpri-los; a exterioridade, que relaciona-se ao fato de esses padrões culturais serem exteriores ao indivíduo e independentes da sua consciência e; a generalidade, que relaciona-se com a idéia de que os fatos sociais são coletivos, ou seja, eles nao existem para um único indivíduo, mas para toda a sociedade.

c) Quais são as principais regras elencadas por Durkheim para se observar os fatos sociais?

Para que os sociólogos possam observar os fatos sociais, Durkheim estabelece algumas regras para que esse objetivo seja alcançado. A primeira e mais importante delas é considerar os fatos sociais como "coisas". A partir disso, ele estabelece que os sociólogos devem afastar sistematicamente as prenoções, definindo previamente os fenômenos tratados e considerando-os independentemente de suas vontades individuais,ou seja, com objetividade. O cientista social deve, também, assumir que desconhece completamente o que são os fatos sociais, reconhecendo assim sua ignorância, como faria qualquer outro cientista ao se aventurar numa região inexplorada de seu domínio científico.

d) Quais as principais diferenciações entre solidariedade mecânica e solidariedade orgânica, bem como seus indicadores?

A solidariedade é constituída pelos laços que unem os membros da sociedade entre si e ao próprio grupo. Esta pode ser orgânica ou mecânica. Na solidariedade mecânica, os membros da sociedade não se destinguem um dos outros, a tal ponto que não podemos chama-los de indivíduos, pois todos estão ligados diretamente à sociedade, sem nenhum intermediário, constituindo-se de um conjunto de crenças e sentimentos comuns a todos os membros do grupo, que é chamado de tipo coletivo. Nas sociedades onde a solidariedade mecânica se predomina não há mestres e existe um chefe que tem por objetivo unir os membros à imagem do grupo que ele próprio representa. Esse tipo de sociedade é um agrupado informe: a horda, um tipo de sociedade não organizada. Quando a sociedade passa a ser formada por um conjuto de hordas, ela se torna mais complexa e é chamada de clã, esse processo aproxima seus membros, reduzindo os vacuos morais que separavam as pessoas e, com isso, as relações sociais tornam-se mais numerosas. Esse é o resultado do aumento da densidade moral e dinâmica. Com a intensificação das relações sociais, os participantes da sociedade passam a estar em contato suficiente entre si e, simultaneamente, desenvolve-se uma densidade material, onde a população se concentra, forma cidades e aumenta a natalidade e as vias de comunicação e transmissão. A condensação da sociedade leva ao progresso da divisão de trabalho, que, à medida que se acentua, reduz a solidariedade mecânica, e esta é gradualmente substituída por uma nova: a solidariedade orgânica. A partir daí, é instituído um processo de individualização dos membros dessa sociedade, que é organizada e cada orgão possui uma função diferente. A função da divisão do trabalho é assegurar a unidade e a interdependência entre todos os indivíduos. Segundo Durkheim, só existe indivíduos quando se vive em uma sociedade altamente diferenciada, ou seja, onde a divisão do trabalho está presente, e na qual a consciência individual predomina em relação a consciência coletiva. Esses dois tipos de solidariedade não podem ser diretamente observados dentro da sociedade, para isso, Durkheim utiliza normas do Direito, como indicador de um ou outro tipo, que constituem duas classes: as repressivas, que infligem ao culpado uma dor, diminuição ou privação; e as restitutivas, que fazem com que as coisas e as relações perturbadas voltem à sua situação anterior, por meio do reparo do erro, por parte do culpado.

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