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Contação De Histórias

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Por:   •  17/11/2013  •  1.790 Palavras (8 Páginas)  •  483 Visualizações

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1 APRESENTAÇÃO

O presente relato tem por objetivo relatar a prática pedagógica ao trabalhar um momento lúdico de contação de histórias. O mesmo descreve acerca do tema do livro, seu resumo, objetivo pretendido, relação entre a prática e a teoria estudada. Relata ainda, a prática em si, a importância da Literatura Infantil para o desenvolvimento da criança, bem como a importância do relato como documentação pedagógica.

Diante de experiências vivenciadas no ambiente educativo, percebe-se a resistência de algumas crianças no momento de colaborarem com a organização dos brinquedos e materiais usados nas atividades, querem somente usufruir dos momentos prazerosos que tais brinquedos e atividades proporcionam. Diante deste contexto tornou-se oportuno a escolha do livro A Galinha Ruiva (recontado por Elza Fiúza), por ser um tema que mostra de forma lúdica, experiências que trazem ensinamentos e exemplos que servem de orientação à conduta. Um livro escrito por um discurso direto, onde os diálogos se repetem com versos rimados e cheios de frases exclamativas e interrogativas, o que leva a criança a interagir com a história. Uma história curta, com belas ilustrações, onde a personificação dos animais transporta as crianças para um mundo de fantasias de onde elas participam. A história gira em torno de uma galinha que ao encontrar uns grãos de milho, pensou logo em plantá-los. Para cada fase do trabalho, desde plantar até fazer os bolinhos, pedia a ajuda do porquinho e do patinho que se negaram, pois só queriam brincar. Após todo o trabalho, e já com o bolinho pronto, os dois queriam ajudá-la a comer, a galinha se negou dizendo que fossem brincar, pois comeria tudo sozinha. A história encerra com a lição que o porquinho e o patinho aprenderam, que se quiserem coisas gostosas, devem trabalhar também.

Tal prática vem de encontro aos eixos estudados, haja vista a importância do conto e reconto de histórias para a Educação Infantil onde o educador coloca a criança em contato com a leitura, utilizando-se do lúdico para a construção de conhecimentos, desenvolvendo através do imaginário a linguagem, criatividade, conceitos, percepções, além de levar a criança a expressar e resolver de forma lúdica seus conflitos reais.

RELATO DE PRÁTICA PEDAGÓGICA

A prática aconteceu na Brinquedoteca em uma creche municipal, ,no intermediário II com uma turma composta por 15 crianças com a idade de 04 anos. A parede foi decorada com os personagens da história, as crianças estavam acomodadas em colchonetes, algumas sentadas, outras deitadas. Iniciando, foi pedido às crianças que ficassem atentas, pois fariam o reconto da história, em seguida as crianças foram situadas ao tema, à autora e aos personagens. Enquanto eram mostradas para as crianças as gravuras do livro, foram lançadas perguntas: Quem conhece esses animais? O que eles estão fazendo nessa história? Será que são amigos, convivem juntos e ajudam uns aos outros? Neste instante Vitória interveio: “Tia, na casa onde eu moro, no sítio, tem um tanto de bicho, lá a galinha e o porco fica longe do outro, eles nem mora perto, acho que eles nem é amigo, tem até macaquinho lá na arvore da minha casa. Eu brinco só com quem mora perto da minha casa, eu nunca conversei com o porquinho e a galinha, só brinquei , acho que lá em casa eles não sabe conversar.” A interação da criança com as histórias infantis, levam-na a se desprender do mundo real, transportando-a para o que está sendo ouvido, e através de sua imaginação exercitar a capacidade de resolução de situações que vive em seu cotidiano. Pois diante das possibilidades oferecidas pelo livro, Abramovich (1998) menciona que nele pode-se descobrir um mundo imenso de conflitos e impasses, cujos problemas são enfrentados e solucionados pelos personagens da história. Ao mergulhar neste ambiente imaginário a criança poderá identificar-se com alguns personagens presentes no enredo da história e buscar resolver suas dificuldades pessoais.

A contação foi feita com um tom de voz diferente para cada personagem, estimulando a participação das crianças através da pergunta; Será que agora eles ajudarão a galinha ou irão continuar só brincando? Durante o relato não houve nenhum momento de dispersão, as crianças interagiram repetindo com a galinha o refrão; ”Quem me ajuda? Quem me ajuda”? No momento da história em que foi citado a palavra moer, Emilly fala: “Tia na minha casa não tem terra, não pode plantar, na minha avó tem e ela planta milho com a enxada.” Yasmin interrompe “Tia, plantar eu sei, molhar também, ajudei minha mãe plantar flor e molhei, moer, o que é? Minha avó não faz bolo com milho, é com fubá, o bolo dela chama broa. A história foi interrompida para que se explicasse o que é moer e que o fubá é o milho depois de moído. No ambiente escolar, a criança deve ter a liberdade de expressa suas vivências, bem como ter seus questionamentos respondidos. Ao final da história quando a galinha se recusa a deixar os amigos comerem, Vitória exclamou: “Ai, que galinha ruim”! Gabrielly respondeu: “Ela não é ruim não, eles não quereram ajudar ela, se eles ajudasse, ela deixava eles comer”.

È objetivo da pedagogia culturalmente sensível, criar em sala de aula, ambientes de aprendizagem onde desenvolvam padrões de participação social, modos de falar e rotinas comunicativas que estão presentes na cultura dos alunos, tal ajustamento nos processos interacionais é facilitador na transmissão de conhecimentos, na medida em que se ativam nos educandos processos cognitivos que estão associados aos processos sociais que lhes são familiares. (FREIRE, 1993, p.5)

Na hora do reconto, 05 crianças se prontificaram a fazê-lo, e para que as crianças trouxessem à memória do enredo e dos personagens, algumas perguntas foram feitas: Qual é o nome da história? Quem são os personagens? Quem trabalhava e quem só brincava? As crianças foram orientadas a fazerem o reconto usando o livro, manuseando-o e apreciando suas figuras, pois è uma fase onde o contato com o livro e suas ilustrações, é tido como um momento prazeroso para a criança.

A relação com o livro antes de aprender a ler, auxilia a criança a torná-lo significativo como um objeto que proporciona satisfação. Isso ocorre, porque ao tocar, manusear, olhar, alisar o livro e brincar com suas folhas e gravuras, a criança sente um prazer similar ao proporcionado por um brinquedo. ( ANDRÉ, 2004,p.18)

Em um dos recontos, a criança seguiu a sequencia, enfatizando somente as ações; ”A galinha plantou, e os dois só brincou. A galinha molhou e os dois só brincou,... e no final da história

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