Controle: as perspectivas de análise na teoria das organizações
Artigo: Controle: as perspectivas de análise na teoria das organizações. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: laura123123 • 25/8/2014 • Artigo • 432 Palavras (2 Páginas) • 420 Visualizações
O presente texto visa tratar resumidamente acerca do artigo “Controle: perspectivas de análise na teoria das organizações” de autoria de Fernando Ramalho Martins. O artigo propõe uma discussão sobre o conceito de controle na Teoria das Organizações, assim, primeiramente utiliza-se de duas perspectivas: Perspectiva Organizacional-Funcionalista e Perspectiva Sociológico-Crítica. A primeira dá ênfase em aspectos coordenativos e funcionais do controle em relação ao organismo organizacional, ou seja, o controle é tido como uma ferramenta operatória cuja finalidade seja garantir e aperfeiçoar o funcionamento do sistema organizacional; sendo um instrumento de coordenação ou ajustamento.
Conforme Demo “Dentro das ciências sociais, certamente é a administração (pública e empresarial) que maior proveito tirou dessa metodologia, porque, mais que as outras, coloca como centro das atenções o problema básico da organizabilidade social.” Por exemplo, para Durkheim o sentido atribuído ao controle parte da analogia entre vida social e vida orgânica. Já para Radcliffe-Brown o termo está associado ao papel desempenhado pelas instituições sociais em termos de necessidades de sobrevivência do organismo social. Ou seja, “cada órgão humano tem uma determinada tarefa ou função para com a continuidade do todo orgânico.”
A segunda teoria, possui cunho crítico destacando a explicitação das divergências sociais próprias ao fenômeno. Ou seja, considera-se que os autores responsáveis por tais afirmações não estão interessados no quão funcional é o controle, mas sim nas consequências e em no contexto social contemporâneo em que se encontra o desenvolvimento do controle. A exemplo do desenvolvimento de novas tecnologias de produção, Braverman diz que os trabalhadores são separados dos meios com os quais a produção é realizada, e só podem ter acesso a eles vendendo sua força de trabalho a outros. Já para Enriquez a sociedade move-se num jogo constante entre os impulsos e as proibições, assim, tem-se que a questão do controle social está sempre presente.
Quanto à influência das teorias nas organizações, observa-se por meio da leitura do artigo que na Perspectiva Sociológico-Crítica o controle é tido como algo que garante a superioridade e o mantimento das relações de poder. Assim, as teorias de cunho crítico tem sido colocadas em segundo plano, evidenciando a maior alcance da primeira teoria.
O texto apresenta-se com informações consistentes e utilizou-se de vários autores para dar base teórica forte às argumentações e contra argumentações. A teoria funcionalista apresentada pelo autor foi interessante ao mostrar que ela procura ver as ciências sociais em termos de estruturas, processos e funções, e compreender as relações existentes entre esses componentes. Ou seja, entende-se que dentro de uma instituição social, por exemplo, cada elemento tem uma função a desempenhar para garantir o desenvolvimento do sistema.
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