Criança hospitalizada
Seminário: Criança hospitalizada. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: panzokita • 9/4/2014 • Seminário • 1.048 Palavras (5 Páginas) • 406 Visualizações
INTRODUÇÃO
A criança, ao ser admitida em uma unidade hospitalar, é cuidada por uma equipe multidisciplinar de acordo com as suas necessidades e dos recursos humanos disponíveis. No mínimo, ela receberá a assistência de membros da equipe médica e de enfermagem, por isso, ao refletir sobre as responsabilidades quanto à recuperação da criança, seria injusto atribuir toda ela ao enfermeiro.
Ocorrem três tipos de abordagem que embasam a assistência à criança hospitalizada, podendo ser centrada somente na patologia da criança; centrada na criança; ou na criança e sua família. O modelo de assistência dos hospitais pode ser identificado por meio da rotina de trabalho. Na abordagem centrada na criança e sua família, a interação de diversos fatores resulta no estado de saúde, por esse motivo, a criança é vista além de seu corpo biológico adoecido, também levando em consideração suas dimensões psíquica, espiritual e social; a família também é vista de forma holística e é considerada responsável pelos cuidados de saúde, que podem ser executados por eles e por profissionais(1).
É indiscutível que o enfermeiro está mais próximo à criança e à família e que possui uma visão mais ampla das necessidades de saúde da criança. Já a família da criança, também ocupa uma posição fundamental na promoção da saúde e por isso torna-se imprescindível que o profissional de saúde ouça suas dúvidas, valorize sua opinião e incentive sua participação em todo o processo de cuidar durante a hospitalização.
Para que um tratamento eficiente seja oferecido à criança, é necessário que a sua visão sobre a experiência frente à doença seja explorada e desse modo seus interesses possam ser descobertos(2).
Foi realizado um estudo com crianças na faixa etária entre 7 a 12 anos de idade, com o objetivo de compreender qual o significado atribuído por elas à saúde e à doença(3). Segundo esse estudo, as crianças acreditam que têm responsabilidade sobre sua saúde, e que seu estado depende de suas ações.
A saúde é relacionada ao bem-estar e à liberdade e durante a experiência de hospitalização, parece ser ainda mais valorizada. Por sua vez, para as crianças hospitalizadas, a doença é vista como um problema que gera consequências dolorosas, motivo pelo qual a saúde é algo que desejam recuperar o mais rápido possível.
A doença e a hospitalização são situações que fazem a criança ficar emocionalmente traumatizada e estressada por diversos motivos, porque envolvem profundas adaptações às mudanças que ocorrem no seu cotidiano(4), impedindo-a de realizar sua rotina normal como ir à escola, brincar com os amigos e comer o que gosta(5-6).
Muitas vezes, as crianças acabam sofrendo o distanciamento das pessoas que amam, sendo comprovado que quando se afastam da família, especialmente de suas mães, respondem emocionalmente com protesto, desesperança e negação(7). Além disso, trazem em si o sofrimento de deparar-se com um ambiente totalmente desconhecido, com pessoas estranhas e procedimentos dolorosos(8). O apoio para o enfrentamento destes sentimentos é bastante restrito, de tal forma que, uma das únicas fontes de segurança é representada pela presença dos pais(9).
A criança na faixa etária parecida ao da nossa amostra, não é capaz de entender a saúde e a doença como um processo, ou como algo multicausal, porém, consegue contextualizá-las por uma causa e consequência(3), desta forma entendemos que a criança tem uma forma muito própria e singular de dar um significado para a sua doença.
Os membros da equipe de enfermagem realizam procedimentos rotineiros e necessários, que podem ser traumatizantes para a criança durante sua internação e em alguns casos, dependendo da gravidade de sua doença, o paciente pode ficar internado por longo período.
Alguns procedimentos podem ser dolorosos causando medo e insegurança ao pequeno, por não entender o que acontece em seu corpo e também porque o ambiente hospitalar é desconhecido. Toda essa dificuldade faz com que os sintomas clínicos se agravem ou se confundam com os sintomas
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