Depois De Amanhã
Monografias: Depois De Amanhã. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: catdp74 • 31/5/2014 • 896 Palavras (4 Páginas) • 236 Visualizações
DEPOIS DE AMANHÃ...
A reflexão proposta centra-se no futuro da população idosa num horizonte de 30-40 anos, isto é, sensivelmente no ano 2050, transportando os elementos do grupo para as seguintes idades:
• Cátia 59 anos | Catarina 75 anos | Francisco 63 anos| Ramilda 78 anos
Partindo do pressuposto de que a esperança média de vida continuará a aumentar, e que a natalidade continuará a diminuir, verificar-se-á uma redução acentuada da população, acompanhada de um envelhecimento muito pronunciado.
De acordo com dados do INE partindo de um total de 10,3 milhões de indivíduos residentes em Portugal em 2000, prevê-se que em 2050, a população portuguesa reduza para 9,3 milhões de cidadãos, valor que poderá baixar para apenas 7,5 milhões num cenário pessimista.
Isto deve-se a três factores: redução da natalidade, redução da mortalidade e aumento da esperança média de vida, a que poderemos acrescentar as migrações, com a saída do país não só de jovens em busca de emprego, mas também de emigrantes que regressam aos seus países dado que as condições que Portugal oferece já não compensam o afastamento da sua terra natal.
De facto, desde 1990 que a taxa de fertilidade se situa abaixo da taxa biológica necessária para manter estável o total da população, que é actualmente de 2,1 filhos por casal.
Índice Síntético de Fecundidade valores observados e projectados na hipótese central para Portugal para o período de 1981 a 2050 (Projecções de População Residente, Portugal e NUTS II, 2000-2050, pág. 5).
Uma sociedade onde reina o individualismo, conduz a que cada vez mais pessoas optem por não constituir família, ou que o adie ao ponto de já não ser possível ter filhos, ou na melhor das hipóteses, de ter apenas um, o que está bastante longe do necessário para contrariar o envelhecimento a que vimos assistindo.
Acresce que à redução do número de filhos se tem verificado um aumento da esperança média de vida, perspectivando-se que em 2050, em Portugal, os homens atinjam os 79 anos, e as mulheres os 84 anos (segundo dados do INE e das Nações Unidas).
O envelhecimento resulta da transição demográfica das sociedades, definida como a passagem dum modelo demográfico de fecundidade e mortalidade elevados para um modelo de níveis baixos dos mesmos e, simultaneamente, um aumento generalizado da esperança média de vida das populações. (CEPCEP – Relatório Final «O Envelhecimento da População», pág. 31).
Assumindo este cenário muito em breve viveremos numa sociedade envelhecida, com famílias constituídas somente por idosos, que não poderá ser suportada / sustentada pela população activa. Deste modo, ou a idade da reforma continua a aumentar, medida que já vem sendo aplicada, ou ocorrerá uma rotura do estado social por insustentabilidade
“De facto, o aumento da esperança média de vida, associado à diminuição das taxas de fertilidade, conduzirá os países europeus a enfrentar, nas próximas décadas, um aumento considerável da proporção das pessoas mais idosas no conjunto da população, a par dum largo declínio do peso da população trabalhadora.” (CEPCEP – Relatório Final «O Envelhecimento da População», pág. 17).
Então e quando em 2050 cerca de um terço da população tiver mais de 60 anos, em vez do 1/5 actual, e já não for possível compensar o envelhecimento da população com o aumento sucessivo da idade da reforma, o que será da população idosa?
Se nada mudar o estado social colapsa!
A crise instalada está a conduzir a uma crescente clivagem da sociedade
...