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FEIRAGUAY

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Por:   •  8/3/2015  •  1.857 Palavras (8 Páginas)  •  2.560 Visualizações

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UFRB- UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA

CENTRO DE ARTES,HUMANIDADES E LETRAS

COLEGIADO DE SERVIÇO SOCIAL

UM OLHAR SOBRE O COMÉRCIO DO FEIRAGUAI EM FEIRA DE SANTANA.

Cachoeira - BA

2015

CELIANE SILVA

DANIELA SOUZA

FABIO DOS SANTOS

JOSEFRANCES LUCIANA

REINALDO MATOS

SUED FERNANDES

VALTER ALMEIDA

UM OLHAR SOBRE O COMÉRCIO DO FEIRAGUAI EM FEIRA DE SANTANA.

Trabalho apresentado a docente Lúcia Aquino, para obtenção de créditos na disciplina Economia.

Cachoeira - BA

2015

1 INTRODUÇÃO

A cidade de Feira de Santana-Ba é representada por uma significativa variedade de pessoas e lugares. Por conta do rápido crescimento urbano – e, por conseguinte, econômico – a cidade foi se delimitando enquanto um espaço propício à aglomeração de indivíduos com origens e identidades várias. Reconhecida como a segunda cidade em importância da Bahia, Feira de Santana tem sua história marcada – e iniciada, pode-se assim dizer – pela locação e crescimento do comércio em suas terras; o que lhe permite hoje despontar como um dos grandes entrepostos comerciais do interior do estado, agregando concentração e variabilidade na compra e venda de produtos. Ademais, por conta disso, a cidade torna-se representativa economicamente por gerar empregos e possibilitar a circulação de capital, pessoas e mercadorias.

O Feiraguai surge como opção de sobrevivência do grande contingente de desempregados que se verificou na cidade e Feira de Santana após a desindustrialização do CIS- Centro Industrial do Subaé, que ocorre na década de noventa, quando muitas empresas industriais aqui instaladas fecham suas portas e demitem um grande número de empregados. Assim este trabalho objetivou identificar o perfil socioeconômico dos comerciantes do Feiraguai, comércio popular localizado na cidade de Feira de Santana – BA, maior cidade do interior do nordeste. Especificamente pretende verificar o percentual de cada ramo de atividade instalada no Feiraguai analisar a origem dos produtos vendidos e se estes foram adquiridos com ou sem nota fiscal e por fim levantar o perfil socioeconômico dos comerciantes.

O Feiraguai é um comércio de produtos importados do Paraguai, localizado no centro comercial de Feira de Santana e marcado pelas por eventuais apreensões de produtos contrabandeados.

No inicio dos anos 80 o Feiraguai não passava de uma espécie de comércio ambulante, realizado ou em carros-de-mão ou em barraquinhas colocadas aleatoriamente no centro da cidade. Em 1996, entretanto, após algumas ações políticas, o Feiraguai foi transferido do centro da cidade para uma região mais afastada, a Praça Presidente Médice.

Como visto, no decorrer da sua história, o Feiraguai passou de um simples comércio de ambulantes, esporádico e informal, para uma prática comercial de sucesso, de endereço fixo, ainda que marcada pelo contrabando, como registraram os jornais locais. Ainda assim, sua importância e fama cresceram e o Feiraguai serve hoje como uma das caracterizações principais da cidade de Feira de Santana, tornando-se inclusive rota quase que obrigatória para os que vêm de fora e pretendem economizar nas compras do já tão conhecido comércio feirense.

A metodologia utilizada na elaboração deste trabalho foi à pesquisa bibliográfica, método dedutivo, utilizando a técnica indireta, tendo como objetivo a pesquisa exploratória, onde são usados todos os tipos de documentos escritos sobre o assunto.

2 DESENVOLVIMENTO

No final do século XX, surge o Feiraguai, uma das inúmeras feiras que constituem a cidade; em seu percurso, esta feira, objeto central do nosso estudo enfrentou uma série de objeções e ações políticas contrárias a sua existência. Assim, o Feiraguai se manteve sem nenhuma organização e seu comercio era feito de maneira livre, ou seja, ao céu aberto sem intervenção das autoridades políticas. Dentre as objeções feitas eram para o tipo de mercadoria que se comercializava dentro do Feiraguai – produtos contrabandeados do Paraguai.

Por outro lado, essas objeções não foram suficientes para a extinção do Feiraguai, mas teve como ação das autoridades políticas a transferência dessa atividade comercial para outro local mediante as reclamações dos comerciantes e da população fortaleceu ainda mais essa atividade informal. Esse fortalecimento pode ser visto mediante a uma organização sindical que passou a reivindicar direitos equiparados com o de qualquer outra prática comercial existentes em Feira de Santana. Por conseguinte, o Feiraguai deixou de ser meramente uma feira- livre tornando-se um shopping popular

Outro ponto importante desse trabalho se refere ao ato do poder publico de certa forma de legitimar uma atividade de cunho ilegal – pelos produtos pirateados ali comercializados. Para isso, parte-se do pressuposto do Código Penal Brasileiro especificamente do artigo 334 que versa sobre contrabando e descaminho. Segue o artigo:

Art. 334 – Importar ou exportar mercadoria proibida ou iludir no todo ou em parte , o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, ela saída ou pelo consumo de mercadoria:

Pena – reclusão, de 1 a 4 anos.

Assim, de acordo com o referido artigo aponta como crime a prática de qualquer atividade comercial com produtos provenientes de outro país que não tenham passado pela devida fiscalização, apresentando os documentos e notas fiscais exigidas.

Destaca-se também a partir das atividades desenvolvidas dentro do Feiraguai. o fenômeno da economia informal que tem despertado grande interesse de governantes e da sociedade em geral. Antigamente pensava-se que a informalidade dentre as décadas de 60

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