Formação de professores: fronteiras em movimento pela sobrevivência do saber
Artigo: Formação de professores: fronteiras em movimento pela sobrevivência do saber. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Sandhra • 24/10/2014 • Artigo • 439 Palavras (2 Páginas) • 264 Visualizações
Formação de professores: fronteiras em movimento pela sobrevivência do saber.
Vivemos hoje um período marcado por diversidades. Este momento histórico com nítidas transformações abre-nos um horizonte de conhecimentos, que exige um esforço para capturar as múltiplas relações presentes na produção do conhecimento.
Em “Vidas na Fronteira: a arte do presente” estaremos identificando a construção de conhecimentos em diversos locais de culturas distintas. O autor se articula nas fronteiras culturais, como aquele lugar onde tudo é estrangeiro e o novo é transformado em conhecimento. Ou seja, o individuo adquiri conhecimento por meio da ressignificação das situações conflituosas e não de forma homogênea.
Homi Bhabha relata conceitos como entre-lugares e hibridismo onde tais princípios estão inteiramente ligados à formação docente. O entre-lugar é justamente o terreno responsável pelas trocas de conhecimento, no processo de formação do professor esse local é a Universidade nela se faz presente um choque de culturas. Essas culturas dialogam entre si e cada grupo constrói sua ressignificação. Cabe aqui fazer menção a Carlo Ginzburg e usar o termo circularidade cultural para identificar esse choque. Este sujeito entre-lugar nasce do embate entre diferentes esferas sejam elas sociais ou culturais, e estas possibilitam a inovação do passado e o surgimento de novos signos.
Para que exista uma formação continua do professor é necessário que o mesmo encontre-se atrelado ao entre-lugar, pois este indica que essa caminhada de saber é construída pela ampliação de seus conceitos e princípios, utilizando a interdisciplinaridade um conceito de extrema importância fornecido pela a Escola dos Annales.
O conceito pós-colonial hibridismo aponta caminhos possíveis para o desenvolvimento dos educadores. É um modo de conhecimento, um processo que permite entender o movimento de transformação, e essa mutação gera novos conhecimentos. O hibrido acontece durante as situações divergentes que dará origem a ressignificação. O hibridismo é algo positivo e de grande relevância na formação de docentes, pois os liberta de pré-conceitos. Muito importante nos círculos educacionais é nova formação cultural que o individuo adquire por meio de novas experiências.
Considerando o termo formação de professores o educador-aluno adquire saberes segundo as considerações de Homi Bhabha, o hibridismo está inteiramente ligado ao saberes curriculares, pois o mesmo configura-se como espaço de interação e construção de culturas e identidades. Essas politicas curriculares misturam pensamentos e proporcionam que o aluno dialogue com diversas culturas é uma espécie de mestiçagem teórica. Pensando dessa maneira podemos questionar o perfil dos professores que estão sendo formados, será que os saberes que são adquiridos incluem esse desempenho de ressignificação, de formação continuada e a consciência de que significados não estão prontos e acabados. De que o movimento na fronteira é importante para o contrair de novas referências e experiências.
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