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Fundamentos Históricos E Teórico-Metodológicos Do Serviço Social

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Por:   •  7/3/2015  •  3.202 Palavras (13 Páginas)  •  244 Visualizações

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Universidade Anhanguera-UNIDERP

Unidade 2

Serviço Social

Fundamentos Históricos e Teórico-Metodológicos do Serviço Social

Introdução

Dentre tantos campos profissionais o serviço social vem ganhando espaço e respeito na sociedade. Para entendermos tão importante profissão é necessário estudar sua gênese, saber os motivos e o que levou a sociedade a necessitar de tal profissional. Refletindo sobre sua trajetória histórica no mundo e no Brasil, como os primeiros profissionais trabalhavam, como eram vistos pela sociedade, até que ponto a origem e a metodologia inicial influenciam e se ainda são empregados nos dias atuais.

Iremos abordar a ação fundamental da Igreja católica nesta profissão, juntamente com um período histórico que foi um dos pontos de partida para a regulamentação, reconhecimento e reconstrução do serviço social no mundo: a Revolução Industrial.

As desigualdades produzidas pela a revolução industrial, foi à porta de entrada para o sistema capitalista, com ele veio à questão das diferenças sociais que persistem até os dias atuais. A industrialização chegou colocando os homens num processo de mecanização, gerando subempregos. Trouxe riqueza para burgueses enquanto os trabalhadores viviam na miséria moravam em péssimas condições, convivendo diariamente com a falta de higiene e o medo do desemprego, muitas pessoas morreram de fome e de doenças geradas pelas péssimas condições que viviam.

A classe operária era composta de artesões e de camponeses, onde a mão de obra feminina e infantil era explorada; com uma jornada exaustiva que variava de 14 a 16 horas por dia para as mulheres e as crianças de 10 a 12 horas, com salário irrisório. As fábricas eram ambientes em condições precárias, sendo abafados, sujos e com péssima iluminação.

Enquanto os burgueses comemoravam lucros, trabalhadores começavam a lutar por seus direitos. O ludismo foi uma das primeiras formas desta luta, operários invadiam as fábricas e quebravam as máquinas, a partir daí começaram a surgir outras organizações dos trabalhadores; como os sindicatos.

Os operários eram vítimas, por parte dos donos das indústrias que se preocupavam basicamente em resultados, enquanto isso os funcionários chegavam à exaustão comprometendo a saúde mental e psicológica dos mesmos. Por vezes o desenvolvimento mostra-se como grande usurpador das relações humanas.

A exploração do trabalho infantil formava adultos com nenhuma perspectiva de melhoria, que em muitos casos se envolviam com a criminalidade, consequentemente junto a falta de expectativa e de melhorias surgiram as favelas e cortiços.

Percebemos os primeiros trabalhos sociais sendo feito pela igreja católica como forma de ajuda, mas ao mesmo tempo com o objetivo de catequizar e fazer obras através da fé como caridade e esmola. A medida que as demandas foram aumentando a igreja se une ao estado ,onde as damas da sociedade desenvolviam trabalhos sociais no intuito de calar a classe trabalhadora para que essa não se rebelasse, ficando assim sob controle das classes dominantes. Os anos se passaram, mas a História não é diferente antes tempos moderno, hoje era digital.

O serviço social busca mudar sua filosofia de ajuda para direito tendo alcançado algumas conquistas, leis e códigos éticos com isso novos projetos foram criados, porém, alguns se perderam pelo caminho, como a LBA no Brasil, centros sociais foram instituídos dentro das comunidades carentes, entretanto, se foram criados é porque as desigualdades não deixaram de existir.

Os projetos pregam assistencialismo, mas não resolvem os problemas sociais somente amenizam, haja vista, que às demandas são cada vez maiores. E a frente de tudo isso está o capitalismo que busca sempre seus próprios interesses, crescendo e atropelando; deixando muitas pessoas para trás. O mundo capitalista rege as regras da sociedade, onde o universo trabalhista é transformado e ouve-se falar somente em emprego e não em trabalho.

O regime entra em crise a partir de alguns movimentos como, a revolução industrial que é uma das “Revoluções Burguesas” ocorridas no do século XVIII, o capitalismo deixa de ser comercial passando ser industrial. Temos outros movimentos que também contribuíram para este processo como a Independência dos Estados Unidos e a Revolução Francesa.

Chegaram então às máquinas para substituir as ferramentas aumentando a produção e fortalecendo o capitalismo, a força humana foi trocada pela força dos motores. A Inglaterra sai na frente cerca de um século antes por ter um grande capital acumulado adquirido das colônias dominadas por elas na fase do mercantilista. Grandes alterações ocorreram na vida dos trabalhadores em relação às mudanças econômicas sofridas no mundo, produziram expressivas alterações na estrutura social, na organização econômica e modos de produção.

As mudanças aconteceram, foram importantes e necessárias como ainda são a cada instante em nossas vidas, mas continuamos resistentes a elas. É importante perceber que as mudanças que por vezes necessárias trazem consigo problemas sociais, salientando os problemas gerados como consequência do desemprego, a pobreza, ou mais concretamente a nova pobreza, vivida por aqueles que num momento tinham uma vida estável e um trabalho, noutro veem-se sem nada necessitando da solidariedade social.

Com isso houve uma necessidade de aperfeiçoamento para assegurar a empregabilidade estando apto a enfrentar as mudanças, garantindo assim novas oportunidades de trabalho. Entretanto, muitas pessoas não acompanharam tais mudanças o que não é diferente nos dias atuais, o mercado é exigentes quanto a profissionais competentes e preparados a atender à sua expectativa. Sendo implacável quando não nos permite uma nova oportunidade.

O indivíduo que se encontrava desempregado carregava consigo sentimentos como frustração, humilhação e a decadência social, uma vez que não cumpria o seu papel de trabalhador na sociedade. Estes sentimentos ainda são uma dura realidade

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