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Homem, Cultura E Sociedade

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Por:   •  22/9/2013  •  2.441 Palavras (10 Páginas)  •  1.479 Visualizações

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Roque de Barros Laraia.

1. Explique, de acordo com Laraia, como se fundamenta o dilema da “conciliação da unidade biológica e a grande diversidade cultural da espécie humana”.

Na diversidade de espaços e épocas, são notáveis discrepâncias entre as formas de os homens se portarem. Roque Laraia, faz um paralelo entre observações deixadas por uma série de pensadores, ao longo dos séculos, para tentar resolver um dilema por ele proposto Durante as citações, nota-se que “as diferenças de comportamento entre os homens não podem ser explicadas através das diversidades sematológicas ou mesológicas”.

Na visão de Laraia ao pesquisar determinado povo o pesquisador utilizando de relativismo cultural, considera bárbaro o que não se prática em sua cultura, agindo assim de uma maneira etnocêntrica.

Para ele as diferenças de comportamento não podem ser explicadas através das diversidades sematológicas ou mesológicas.

Artigo 15. b) No estado atual de nossos conhecimentos, não foi ainda provada a validade da tese segundo a qual os grupos humanos diferem uns dos outros pelos traços psicologicamente inatos, quer se trate de inteligência ou temperamento. As pesquisas científicas revelam que o nível das aptidões mentais é quase o mesmo em todos os grupos étnicos. (DECLARAÇÃO OS AUSPÍCIOS DA UNESCO, 1950, apud LARAIA, 1986)

Segundo Laraia a espécie humana pode até se diferencia anatômica e fisiologicamente através do dimorfismo sexual, mas as diferenças de comportamento existentes entre pessoas de sexos diferentes não são determinadas biologicamente.

2. O que se chama de “determinismo biológico”? Explique.

O Determinismo Biológico é uma teoria não aceita pelos antropólogos, que estão totalmente convencidos de que as diferenças genéticas não são determinantes das diferenças culturais, Laraia acredita que o comportamento de uma pessoa pode ser atribuído ao seu aprendizado, o que ele chama de um processo de endoculturação.

Para os antropólogos as diferenças genéticas não são determinantes das diferenças culturais.

Os caracteres genéticos não estão relacionados com a distribuição do comportamento cultural. Se tirarmos uma criação de uma determinada cultura e a introduzimos a outra logo após o nascimento, ela crescerá e terá o mesmo comportamento culturas de seus irmãos adotivos.

3. E o “determinismo geográfico”, em que se baseia?

O determinismo geográfico leva em consideração que as diferenças do ambiente físico, condicionados a diversidade cultural. Essas teorias foram defendidas por: Marcus V. Pollio, Ibn Khaldun, Jean Bodin e D'Holbach, e surgiram por volta do século XIX, ganhando uma grande popularidade. Como Huntington, em seu livro Civilization and Climate (1915), no qual formula uma relação entre a latitude e os centros de civilização, considerando o clima como um fator importante na dinâmica do progresso. A partir de 1920, antropólogos como Boas, Wissler e Kroeber contestaram essas teorias. Demonstrando que existe uma limitação na influência geográfica sobre os fatores culturais e que é possível existir diversidade cultural em um mesmo tipo de ambiente físico. A posição da moderna antropologia é que a "cultura age seletivamente", e não casualmente, sobre seu meio ambiente, "explorando determinadas possibilidades e limites ao desenvolvimento, para o qual as forças decisivas estão na própria cultura e na história da cultura".

4. Explique como se deu o nascimento e evolução do termo “cultura”.

A primeira definição de cultura que foi formulada do ponto de vista antropológico pertence a Edward Tylor, no primeiro parágrafo de seu livro Primitive Culture (1871). Tylor procurou, além disto, demonstrar que cultura pode ser objeto de um estudo sistemático, pois se trata de um fenômeno natural que possui causas e regularidades, permitindo um estudo objetivo e uma análise capazes ele proporcionar a formulação de leis sobre o processo cultural e a evolução.

John Locke (1960, apud LARAIA,1986). Ao escreveu ensaio sobre o pensamento humano, defendendo a idéia de que a mente humana e uma caixa vazia por ocasião do nascimento, dotada apenas da capacidade limitada de obter conhecimento. Processo hoje conhecido como Endoculturação.

Marvin Harris (1969, apud LARAIA,1986). Disse: “Nenhuma ordem social é baseada em verdades inatas, uma mudança no ambiente resulta numa mudança no comportamento”.

Jacques Turgot (1727-1781, apud LARAIA,1986). Afirmou que “o homem é capaz de assegurar a retenção de suas idéias eruditas, comunicá-las para outros homens e transmiti-las para os seus descendentes”.

Jean Jacques Rousseau (1712-1778, apud LARAIA,1986). Em seu Discurso sobre a origem e o estabelecimento da desigualdade entre os homens, em 1775, atribui o papel à educação.

5. Qual a importância de Tylor e do evolucionismo?

Para entender Tylor, é necessário compreender a época em que viveu e consequentemente o seu background intelectual. O seu livro foi produzido nos anos em que a Europa sofria o impacto da Origem das espécies, de Charles Darwin, e que a nascente antropologia foi dominada pela estreita perspectiva do evolucionismo unilinear. Acreditava na unidade psíquica da humanidade e Recusou aceitar a afirmação de que grupos tribais eram desprovidos de religião. Ele considerou animismo como o primeiro estágio de desenvolvimento de todas as religiões. Evolucismo é uma teoria onde as sociedades são julgadas pelo seu nível de progresso, de desenvolvimento. Fazendo assim com que a sociedade mais “evoluída” se torne a sociedade do “eu” e a outra, exatamente como eu estou dizendo, a do “outro”. E, portanto, a mais importante, a de mais valor para ser estudada é a mais avançada.

6. Qual a importância de Boas? Por que ele critica o evolucionismo?

Com Franz Boas (1858-1949, apud LARAIA,1986) inicia a principal reação ao evolucionismo. Que critica o evolucionismo em seu artigo "The Limitation of the Comparative Method of Anthropology" atribuindo à antropologia duas tarefas.

a) a reconstrução da história de povos ou regiões particulares;

b) a comparação da vida social de diferentes povos, cujo desenvolvimento segue as mesmas leis.

Em outras palavras, Boas desenvolveu o particularismo histórico (ou a chamada Escola Cultural Americana), segundo a qual cada cultura segue os seus próprios caminhos em função

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