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Impactos Da Tecnologia No Campo

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Por:   •  22/3/2014  •  5.851 Palavras (24 Páginas)  •  600 Visualizações

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IMPACTOS DECORRENTES DA MODERNIZAÇÃO DA

AGRICULTURA BRASILEIRA

Introdução

Assistimos, a partir da década de 1960, um processo de modernização da

agricultura brasileira. Assim, procura-se demonstrar a significância do artifício de

modernização, e suas conseqüências bem como a atual dinâmica produtiva do país,

destacando-se o desenvolvimento sustentável. A análise do processo de modernização

enseja um debate teórico e pode ser sintetizado em duas conseqüências: uma os

impactos ambientais, com os problemas mais freqüentes, provocados pelo padrão de

produção de monocultora foram: a destruição das florestas e da biodiversidade genética,

a erosão dos solos e a contaminação dos recursos naturais e dos alimentos; a outra, os

impactos socioeconomicos, causadas pelas transformações rápidas e complexas da

produção agrícola, implantadas no campo, e os interesses dominantes do estilo de

desenvolvimento adotado provocaram resultados sociais e econômicos.

Desta forma, buscou-se oferecer um estudo de base, ainda que centrado apenas

nos impactos do processo de modernização da agricultura brasileira, para que possa

servir de subsídio a futuros trabalhos em geografia agrária sobre o tema em questão.

A modernização da agricultura brasileira

Somente a partir de meados da década de 1960, a agricultura brasileira inicia o

processo de modernização2, com a chamada Revolução Verde3. Emergem, nessa

década, com o processo de modernização da agricultura, novos objetivos e formas de

exploração agrícola originando transformações tanto na pecuária, quanto na agricultura.

Como conseqüências do processo são apontados, além da acirrada concorrência no que

diz respeito à produção, os efeitos sociais e econômicos sofridos pela população

envolvida com atividades rurais.

A expansão da agricultura “moderna” ocorre concomitante a constituição do

complexo agroindustrial, modernizando a base técnica dos meios de produção, alterando

as formas de produção agrícola e gerando efeitos sobre o meio ambiente. As

transformações no campo ocorrem, porém, heterogeneamente, pois as políticas de

desenvolvimento rural, inspiradas na “modernização da agricultura”, são eivadas de

desigualdades e privilégios.

Neste artigo, abordam-se também, as reações ocorridas no meio ambiente, uma vez que o uso inadequado do solo para cultivos, sem respeito à sua aptidão agrícola e

limitações, tem acelerado os processos de degradação da capacidade produtiva do solo,

alterando, conseqüentemente, o meio ambiente. O manejo, a conservação e a

recuperação dos recursos naturais são uma preocupação que atualmente mobiliza o

mundo inteiro. Os danos causados à natureza e a crescente destruição do meio ambiente

colocam a necessidade da sua preservação e recuperação, buscando formas racionais de

produção.

A exploração ambiental está diretamente ligada ao avanço do complexo

desenvolvimento tecnológico, científico e econômico que, muitas vezes, tem alterado de

modo irreversível o cenário do planeta e levado a processos degenerativos profundos da

natureza (RAMPASSO, 1997). Dentre os processos degenerativos profundos da

natureza Ehlers (1999) destaca a erosão e a perda da fertilidade dos solos; a destruição

florestal; a dilapidação do patrimônio genético e da biodiversidade; a contaminação dos

solos, da água, dos animais silvestres, do homem do campo e dos alimentos.

Pensar sobre as tendências do “novo mundo rural” requer que se volte o olhar para esta realidade que, ao mesmo tempo em que tem colocado uma classe da sociedade com o que há de mais moderno na agricultura e pecuária, contraditoriamente, deixa outra, como os agricultores familiares, ou seja, a maioria dos produtores rurais, cada vez mais distantes de tais inovações. É esta categoria que se apresenta cada vez mais próxima do limite de sobrevivência que, atualmente, tem merecido maior preocupação por parte das políticas governamentais, tendo em vista o desenvolvimento local sustentável no contexto de um “novo mundo rural”. Entretanto, é uma utopia buscar o

desenvolvimento local sustentável quando refletimos sobre a idéia de que muitos

agricultores familiares são privados até mesmo das condições dignas de sobrevivência.

Nas últimas décadas, percebe-se um reordenamento do espaço, podendo-se dizer

que, do ponto de vista da organização das atividades econômicas, as cidades não podem

mais ser identificadas apenas com a atividade industrial e, nem os campos, com as

atividades de agricultura e da pecuária, pois no campo, como aponta Santos (2000, p.

88) “[...] se instala uma agricultura propriamente científica, responsável por mudanças

profundas quanto à produção agrícola e quanto à vida de relações”.

No Brasil, a história agrícola está ligada à história do processo de colonização no

qual a dominação

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