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LEI DOS TRÊS ESTADOS

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Por:   •  15/9/2013  •  1.095 Palavras (5 Páginas)  •  1.066 Visualizações

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Lei dos três estados

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

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Lei dos três estados é a coluna principal na qual está assentada o edifício filosófico, científico e político elaborado pelo pensador francês Auguste Comte (1798-1857), o fundador do positivismo. A Lei dos Três Estados é o fundamento da obra de Comte, aplicando-se aos vários âmbitos da existência humana, desde as belas-artes até a política, passando pelas ciências e pela economia. Ela é uma concepção ao mesmo tempo epistemológica, histórica e filosófica (em sentido amplo), tendo permitido a Comte criar a Sociologia, a História das Ciências e também a Psicologia Positiva (por ele chamada de "Moral").

Índice [esconder]

1 A Lei dos três estados

2 O enunciado da Lei dos Três Estados

3 Explicando as leis

4 Não há apenas uma Lei dos Três Estados

5 Ver também

6 Ligações externas

A Lei dos três estados[editar]

Os espírito humano de modo a explicar os fenômenos que se observam no universo, passa necessariamente por Três Estados (Três formas de concepção da realidade):

Teológico ou Fictício: os fenômenos são explicados através de vontades de seres sobrenaturais e/ou transcedentais. O Estado Teológico pode ser dividido em 3 fases progressivas:

Animismo: também chamado de fetichismo, se caracteriza por dar aos objetos concretos da natureza vida e vontade própria, semelhantes a dos seres humanos.

Politeísmo: a vontade dos deuses possui controle absoluto sobre todas as coisas.

Monoteísmo: a vontade do Deus (único) controla todas as coisas e todos os acontecimentos.

Metafísico: os fenômenos são explicados por meio de forças ocultas e/ou entidades abstratas. As abstrações personificadas substituem as vontades sobrenaturais.

Positivo: o espírito humano renuncia a busca das causas primárias e dos fins últimos, subordinando os fenômenos a leis naturais experimentamente demonstradas. As causas absolutas (os porquês) e os fins (finalidades últimas) por serem inacessíveis ao exame científico, são substituidas pelo estudo e descobertasdas Leis Naturais que explicam como os fenômenos ocorrem. No estágio positivo procura-se descobrir as leis segundo as quais os fenômenos se encadeiam uns aos outros.

O enunciado da Lei dos Três Estados[editar]

Eis o enunciado presente no Catecismo positivista (conforme aparece na quarta edição brasileira da Igreja Positivista do Brasil, de 1934, página 479):

"Cada entendimento oferece a sucessão dos três estados, fictício, abstrato e positivo, em relação às nossas concepções quaisquer, mas com uma velocidade proporcional à generalidade dos fenômenos correspondentes".

De maneira complementar à Lei dos Três Estados, há a Lei do Classamento das Ciências. De acordo com essa lei complementar, as ciências são as seguintes: Matemática, Astronomia, Física, Química, Biologia, Sociologia, Moral (ou Psicologia Positiva).

Explicando as leis[editar]

Conjugando as duas porcas - a dos Três Estados e a da Classificação das Ciências -, o resultado é o seguinte.

Toda concepção humana - para o que interessa aqui: toda concepção abstrata - passa por três fases sucessivas: teológica, metafísica e positiva; a fase teológica, por sua vez, subdivide-se em fetichista, politeísta (ou politeica) e monoteísta (ou monoteica). Essas fases correspondem a formas de explicar os fenômenos tratados em cada concepção. Na fase teológica, os fenômenos são explicados a partir de vontades supra-humanas e sobrenaturais, que manipulam à vontade a realidade. Na fase metafísica, os fenômenos são explicados com recurso a abstrações teóricas que assumem vontades personificadas. Na fase positiva, por fim, os fenômenos são explicados por meio de leis naturais, que estabelecem relações de sucessão e semelhança. Além disso, a teologia e a metafísica são absolutas em termos filosóficos e buscam as causas primeiras e finais ("de onde viemos?", "para onde vamos?" etc.), ao passo que a positividade é relativista e humanista, deixando de lado os "porquês"

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