Legislação Turística
Dissertações: Legislação Turística. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: Guiatur • 13/6/2014 • 3.585 Palavras (15 Páginas) • 424 Visualizações
Maria Beatris Rodrigues
Trabalho de Patrimônio
Santa Maria
2011
PRAÇA SALDANHA MARINHO
Santa Maria apresenta um número expressivo de praças, distribuídas por toda a cidade. Somente no centro, encontram-se seis áreas de lazer. Como marco de referência, tem-se a “Saldanha Marinho”, com a sua história, seu significado e sua função. Esse logradouro foi, primeiramente, conhecido como “Praça Conceição” ou “Capelinha”. Quando a cidade de Santa Maria passou à Freguesia4, em 17-11-1837,a praça passou a se chamar “Praça da Matriz” e, posteriormente, como a conhece-mos hoje, Saldanha Marinho.
De acordo com o jornal O Estado (PRAÇA SALDANHA MARI-
NHO, 1904), o calçamento da praça foi feito em 1904. Observa-se, nos documentos fotográficos do Acervo Histórico do RS, que o pavimento da praça era de ladrilho hidráulico. Em fotos datadas de 1930 e de1976, esse detalhe é claramente observável, além de também revelar desenhos geometrizados. Após sucessivas reformas, os tais ladri-lhos foram simplesmente retirados e deram lugar ao atual pavimento.
No logradouro, aconteciam os eventos mais importantes da cidade
como “a Batalha de Flores”, no Carnaval de 1908. Nele foi construído,em 1909, entre a face sul e leste, o primeiro quiosque todo de madeira,
conhecido como a “Casa de Chopps”. Porém, essa casa foi destruída porum incêndio em 1922 .Em 1923, surgiu o quiosque hexagonal, que veio a ser montado para
fins comerciais, isto é, para a venda de jornais, flores, revistas e outros objetos na via pública. Em 1933, surgiu o coreto e, no lugar do quiosque hexagonal, foi criado um chafariz. O chafa-riz era adornado, na parte alta, com três estátuas de Terpsícores5, moldadasem bronze.
O coreto era um pavilhão para a apresentação de bandas e concertosmusicais. As bandas de música da época apresentavam-se aos domingose feriados. Atualmente, a praça apresenta-se com um novo desenho, além de exibir um comércio ambulante, pichações e outras interferências.
RESIDÊNCIA DA FAMÍLIA MARIANO DA ROCHA
O solar da família Mariano da Rocha teria sido construído em meados do século XIX com uma planta em forma de “U”, por um dos ancestrais do Dr. Mariano da Rocha Filho, o Barão de Saycan, José Maria da Gama Lobo D’Eça, um dos militares portugueses da comissão demarcadora de limites e que após a dissolução da mesma, teria se radicado no antigo Acampamento militar. Casou-se com Maria Alves Trilha, formando uma das primeiras famílias da futura Santa Maria.
A casa sofreu reforma em 1893 de acordo com projeto de Dona Maria Manoela da Gama Marques da Cunha, casada com o Dr. Augusto Álvares da Cunha, avós do Dr. José Mariano da Rocha Filho, o fundador da UFSM.
Dona Maria Manoela estudou técnica de arquitetura no Rio de Janeiro no antigo Colégio Nossa Senhora de Sion. Ela era filha de Manoel Marques de Souza, o Conde de Porto Alegre e neta de José Maria da Gama Lobo Coelho d’Eça, o Barão de Saycan.
A fachada do solar apresenta elementos ecléticos com sacadas onduladas e óculos circulares. Com o jardim interno e ainda o porão, a construção ganhou características das moradas senhoriais do século XIX. Internamente, cerca de trinta compartimentos com mobiliário coerente, entre eles uma capela. Atualmente, casa é habitada pela viúva do Dr. José Mariano, Dona Maria Zulmira e um dos filhos do casal.
THEATRO TREZE DE MAIO:
De arquitetura neoclássica, o prédio foi construído com os tijolos e materiais resultantes da demolição da antiga igreja matriz em 1888. De 1890 até 1913, o teatro foi o centro das atividades culturais da Santa Maria que iniciava sua era de progresso em função da ferrovia. A Associação que o administrava soube tirar proveito da situação, pois as inúmeras companhias dramáticas, líricas, de operetas, comediantes, ilusionistas, de variedades, brasileiras ou estrangeiras, que vinham de trem do centro do país em direção ao Uruguai ou Argentina, eram convidados a fazer apresentações à sociedade santa-mariense. O Theatro foi motivo de orgulho para a cidade.
Em 1913 o Theatro Treze de Maio foi vendido ao Município,, que depois de algumas mudanças estruturais, o alugou a várias empresas, entre elas o Jornal Diário do Interior. Depois serviu de sede para o Fórum, a Biblioteca Pública e Centro Cultural.
Em 1992, por iniciativa da Associação de Amigos do Theatro, inicia-se a campanha pela restauração e reformas estruturais e funcionais que deram ao prédio a qualidade necessária para levar espetáculos para o exigente público santa-mariense. A reforma executada por empresas locais, com projeto que venceu um concurso nacional, conservou parte da tendência neoclássica como o frontão triangular, as pilastras e frisos nas janelas e portas, mantendo a simplicidade das formas originais. Uma estrutura metálica foi erguida no teto diferenciando do estilo antigo, na tentativa de não dissimular o
BANCO DO COMÉRCIO, ATUAL CAIXA ECONÔMICA FEDERAL:
Entre as ruas Dr. Bozano e Acampamento, está ligado ao desenvolvimento econômico de Santa Maria nas primeiras décadas do século XX. Inaugurado em 1918, a filial do Banco Nacional do Comércio foi o primeiro banco a instalar-se na cidade. Naquela época a cidade era importante centro ferroviário o que chamou a atenção dos dirigentes da Instituição da Matriz de Porto Alegre que vislumbraram o grande potencial comercial da cidade. A sede antiga neste endereço começou a ser construída em 1917. O Projeto original da então agência do Banco Nacional do Comércio foi elaborado por Theodor Wiedersphan, do escritório de engenharia Ahrons de Porto Alegre e concluído em 1918. Após a restauração executada na década de 70, foi mantida a fachada neoclássica, mas seu interior foi totalmente reciclado para a instalação da atual agência da Caixa Econômica Federal.
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