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Morfofisioloia

Por:   •  26/4/2015  •  Artigo  •  2.588 Palavras (11 Páginas)  •  231 Visualizações

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Alguns animais invertebrados, tais como as esponjas, os platelmintos e alguns insetos (especialmente as abelhas), possuem a capacidade de se reproduzirem de forma assexuada, além da reprodução sexuada. A reprodução assexuada é aquela em que não existe a fecundação, ou seja, não há a união dos gametas. Os três tipos de reprodução assexuada mais comuns no reino animal são o brotamento, a fragmentação (ou regeneração) e a partenogênese. O brotamento é, literalmente, a formação de um broto em um indivíduo adulto, e este broto, quando se desprende, dará origem a outro indivíduo semelhante ao que lhe deu origem. As esponjas (poríferos) e as medusas (celenterados) podem se reproduzir por meio de brotamento.

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A fragmentação, conhecida também como regeneração, resulta da regeneração total de um animal que, de alguma forma, sofreu fragmentação (um corte, por exemplo). Essa regeneração ocorre nas duas partes fragmentadas, de modo que, ao final, surgem dois indivíduos completos e idênticos. As planárias (platelmintos) se reproduzem por regeneração.

Figura 9 – Esquema de fragmentação (reprodução assexuada)

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Fonte: O autor

A partenogênese é quando um gameta feminino (óvulo) começa a se desenvolver para formar um novo indivíduo sem ocorrer a fecundação. Se é um gameta feminino (célula haploide) que se desenvolve sem a união de um gameta masculino, isso significa que o animal formado será um ser haploide, mesmo que a mãe seja diploide. Além de animais invertebrados, como as abelhas, há animais vertebrados que podem se multiplicar por partenogênese, por exemplo, alguns peixes, répteis e anfíbios.

A reprodução sexuada é aquela em que há a necessidade da união de gametas para a formação de um novo indivíduo e representa a via de reprodução da maioria absoluta dos animais vertebrados, e constitui um dos principais modos de aumentar a variabilidade genética das espécies. Os gametas são denominados também células germinativas. O processo de formação dessas células ocorre nos órgãos sexuais dos pais (macho e fêmea) e é conhecido como gametogênese, que é, essencialmente, uma meiose, um tipo de divisão celular que reduz o número de cromossomos da célula-mãe diploide (2n) para haploide (n).

Figura 10 – Representação da redução da carga genética na meiose (gametas humanos)

Células diploides (células-mãe): somáticas
Células haploides (células-filhas): gametas

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A redução pela metade da carga genética dos gametas justifica-se pela necessidade da união de dois gametas para formar um novo indivíduo na fecundação. Sendo assim, metade da carga de um gameta com a metade da carga de outro gameta resulta em uma carga genética completa de um novo ser vivo da mesma espécie. Os processos envolvidos na fecundação (união dos gametas) e os eventos que ocorrem nos períodos após a fecundação, isto é, período pré-embrionário, período embrionário e período fetal, são todos estudados em embriologia.

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O período pré-embrionário compreende desde as mitoses que se iniciam com a fecundação até a gastrulação (formação da gástrula), fase em que a proliferação celular e os movimentos das células resultam num disco com três camadas de células, que é denominado embrião trilaminar. É no período pré-embrionário que os anexos embrionários são gerados. O período embrionário é a continuação do desenvolvimento do embrião e se estende da neurulação (formação da nêurula) até o final da organogênese, momento em que todos os órgãos se desenvolvem para criar os sistemas. O embrião com todos os órgãos pré-formados passa a ser chamado feto, e o amadurecimento estrutural e funcional dos órgãos fetais ocorre durante todo o tempo restante do seu desenvolvimento até o nascimento, que é o período fetal.

Figura 12 – Esquemas dos períodos, fases e processos em embriologia

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Fonte: O autor

Os sete principais processos (indicados pelas setas no esquema acima) desses períodos são: 1) fecundação; 2) clivagem/segmentação e morulação; 3) blastulação; 4) gastrulação; 5) neurulação; 6) organogênese; e 7) desenvolvimento fetal. Cada espécie animal apresenta suas particularidades principalmente no perío A morulação é um processo (2) que inclui as clivagens e a compactação das células. do pré-embrionário, refletindo aumento da complexidade dos eventos que ocorrem em determinados processos ao longo da escala evolutiva. Para exemplificar, vejamos os tipos de fecundação e de clivagem.

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Conheça os tipos de fecundação e a classificação do desenvolvimento embrionário (oviparidade, ovoviviparidade e viviparidade) pela relação materna em

Alguns animais de habitat aquático (peixes e anfíbios) fazem fecundação externa, isto significa que o encontro e a fusão de gametas ocorre no ambiente (na água), fora do corpo. Os animais terrestres (répteis, aves e mamíferos) geralmente fazem fecundação interna, ou seja, o encontro e a fusão de gametas ocorre no interior do sistema reprodutor feminino, o que representa um grande avanço evolutivo da reprodução.

Tipos de fecundação

A fecundação pode ser externa, quando ocorre fora do corpo, no meio ambiente, ou interna, quando, ocorre no corpo do indivíduo que produz os óvulos.

 

Nos animais em que a fecundação é interna, o número de gametas produzidos é menor, com isso, o custo energético de sua produção também é menor. O custo com o desenvolvimento do embrião também depende do animal ser ovíparoovovivíparo ou vivíparo.

Animais ovíparos botam ovos e o desenvolvimento embrionário deles ocorre principalmente fora do corpo materno. Os embriões dependem de material nutritivo presente nos ovos. Como exemplo de animal ovíparo podemos citar as aves, insetos, répteis e mamíferos monotremados.

 

 

Animais ovovivíparos retêm os ovos dentro do corpo até a eclosão, e os embriões também se alimentam das reservas nutritivas presentes nos ovos. Como exemplo de animal ovovivíparo temos oslebistes, que são peixes comuns em água doce, escorpiões, tubarões e cobras venenosas.

 

Nos vivíparos o embrião depende diretamente da mãe para a sua nutrição, que ocorre por meio de trocas fisiológicas entre mãe e feto. Não existe casca isolando o ovo. Como regra o desenvolvimento embrionário se completa dentro do corpo materno e os indivíduos já nascem formados. O custo energético é especialmente alto, pois as fêmeas investem energia na nutrição e no desenvolvimento do embrião dentro de seus corpos. Nos casos dessas espécies, forma-se um maior número de embriões, mas eles têm maiores chances de sobrevivência. É vivípara, por exemplo, os mamíferos placentários, como é o caso da espécie humana.

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