Mídia - Corrupção: Ensaios e Críticas
Por: Gustavo Theodoro • 26/6/2015 • Dissertação • 290 Palavras (2 Páginas) • 137 Visualizações
Mídia
Lima, em seu capítulo Mídia, trata das relações entre política, jornalismo e corrupção. O jornalismo, no Brasil, surge com os mesmos ideais da profissão nos EUA e na Europa, ou seja, o jornalista é aquele que tem a responsabilidade moral de erradicar o mal e mostrar as enfermidades sociais. A partir desse princípio surge a noção de jornalismo investigativo, com a missão de fiscalizar e denunciar o governo, a corrupção e os desvios.
Segundo o autor, com o advento do jornalismo investigativo, surgem os escândalos políticos midiáticos, doravante EPM. O EPM envolve tudo aquilo que está ligado ao campo político, isto é, o campo em que o poder político é exercido. Lima afirma, ainda, que um dos meios para se exercer o poder político é através do poder simbólico. A mídia é um dos recursos do poder simbólico, que cria e sustenta reputações e pode, portanto, destruí-las. Um EPM é, então, um evento em que uma atividade, antes oculta, é revelada pela mídia, utilizando do poder simbólico para expor a situação geralmente desonesta.
Lima destaca a falta de reflexão da mídia sobre seu próprio papel no cenário político brasileiro e o fato de não assumir seu papel como formador de opinião pública. Para o autor essa é uma contradição já antiga. A mídia age como principal fiscal da corrupção, tem, portanto, o poder de construir reputações – ou destruir -, entretanto, ela mesma não é fiscalizada, e em caso de eventuais acusações usa seu poder simbólico para desconstruir as suspeitas de corrupção. Apesar disso, o jornalismo brasileira obteve a 47ª colocação em um ranking mundial sobre a corrupção na mídia.
Referência Bibliográfica
LIMA, V. Mídia In: AURITZER, L.; BIGNOTO, N.; GUIMARÃES, J.; STARLING, H. (Orgs). Corrupção: ensaios e críticas. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2008.
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