NOVA ABORDAGEM SOBRE A ÉTICA DA RESPONSABILIDADE E A PROBLEMÁTICA AMBIENTAL DOS OGMS

NOVA ABORDAGEM SOBRE A ÉTICA DA RESPONSABILIDADE E A PROBLEMÁTICA AMBIENTAL DOS OGMS

        Os OGMS hoje são uma realidade nas culturas plantadas em grande escala, como soja, trigo e milho, cujo cultivo no Brasil e nos EUA já representam mais de 80% da área plantada.

        Resumidamente os argumentos prós e contra este tipo de cultura têm como argumento: Prós a) o aumento da produtividade e a diminuição do uso de agrotóxicos, b) que gera ganho de escala a produção e c) consequentemente barateia a produção. A conjugação destes fatores proporcionam a alimentação de um maior número de pessoas. Os argumentos contra são basicamente a) que as culturas geneticamente modificadas tem vantagem ao meio ambiente natural o que pode vir a produzir uma super semente que "mataria" as outras espécies e b) que ao nos alimentarmos de alimentos geneticamente modificados isto pode fazer mal a nossa saúde.

        Pessoalmente, acredito, que o maior problema dos OGMS é o controle/monopólio da produção mundial de alimentos por um reduzido grupo de empresas. Monsanto, Syngenta, Basf, Dow, Bayer e Dupont controlam mais de 60% da produção mundial de sementes de OGMS e 80%  da produção de agroquímicos. Prova deste perigo é o Acordo de Parceria Econômico Estratégica Trans Pacíico (TPP), que é um monstruoso tratado de comércio global (por enquanto ratificado por 12 paises) capitaneado pela Monsanto em conjunto com a indústria farmacêutica. Este tratado dará a poucas empresas o controle de aproximadamente 40% da economia mundial, principalmente a produção de alimentos.

        Para a produção de alimentos o Homem interfere em seu meio usando a biotecnologia para modificar genéticamente os alimentos produzidos. Como esta técnica não é de fácil aprendizagem e manejo, somente um grupo seleto de empresas a detém o que leva ao monopólio da produção de alimentos.

        A maneira de se deter o avanço de um pequeno grupo no domínio da produção alimentar é o princípio da precaução e da solidariedade intergeracional.

        Concomitante ao problema ambiental os OGMS trazem em si um problema de ordem pública que é o controle da produção mundial de alimentos por um reduzido número de empresas.

        Esta ação, monopolizar a produção de alimentos, pode causar um dano público irreversivel e imensurável pondo em risco o direito das gerações futuras escolherem não só a qualidade dos alimentos, mas o direito de escolherem o que comer.