O CAMINHO DA SUSTENTABILIDADE
Artigos Científicos: O CAMINHO DA SUSTENTABILIDADE. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: JANIELLY • 19/9/2013 • 549 Palavras (3 Páginas) • 238 Visualizações
O século XX[editar]
Foi no século XX que a Mata Atlântica passou pelas maiores taxas de desmatamento. Grande parte foi desmatada em poucos anos. O Pontal do Paranapanema é um bom exemplo de como o desmatamento na Mata Atlântica foi brutal, principalmente na metade do século: na década de 1940 foram criados a Grande Reserva do Pontal do Paranapanema, a Reserva Estadual do Morro do Diabo e a Reserva Lagoa São Paulo, somando mais de 300 mil hectares, que em menos de 20 anos foram reduzidos aos cerca de 37 mil hectares do Parque Estadual do Morro do Diabo e pequenos fragmentos nas proximidades16 15 . De fato, o Pontal do Paranapanema foi o último "Sertão Paulista", ainda apresentando grandes porções de floresta até o início da década de 1960. Ademais, o estado de São Paulo, por conta do ciclo do café no século XIX, conservava 59% da cobertura original até 1907, mas em menos de 70 anos, isso foi reduzido a menos de 9% (cerca de 20.699km²)15 .
Unidades de conservação do Pontal do Paranapanema. O Parque Estadual Morro do Diabo foi a única unidade consolidada e possui o maior trecho de floresta do interior do estado de São Paulo.
Também, no Sul da Bahia, em 45 anos, uma cobertura vegetal de quase 215 mil km² foi reduzida a pouco mais de 0,4% em 1990.17 18 O estado do Paraná conservava cerca de 80% de suas florestas no início do século, e graças à exploração da araucária (principalmente a partir da Primeira Guerra Mundial) e expansão agrícola, até a década de 1960, haviam sido desmatados 119.688km² a uma taxa de 2400km² por ano: no estado restam, hoje, apenas o Parque Nacional do Iguaçu no extremo oeste e a cobertura vegetal na Serra do Mar.19
As causas para tamanho desmatamento são relacionadas à crescente urbanização e industrialização do país, ao aumento da população em si, (aumentando o consumo dos recursos florestais), tal como os interesses políticos e econômicos na expansão de fronteiras agrícolas e de ferrovias.6 Trata-se de uma "continuação" do que já ocorrera nos séculos anteriores. O que há de diferente nesse momento, é o surgimento de uma mentalidade propriamente conservacionista, principalmente por parte da comunidade científica, embora, o "brasileiro médio" ignorasse tal mudança e até mesmo visse com o mesmo desprezo de épocas passadas a floresta tropical. Até a década de 1980, habitantes do entorno do Parque Estadual Morro do Diabo, viam-no como uma "imensa área de floresta inútil".16 Foi no início dos anos 1900, que Alberto Loefgren iniciou campanhas conservacionistas das florestas do estado de São Paulo, com ideias que embasaram o Código Florestal de 1934.6 Com essa mudança, ainda que pequena, na mentalidade, foram criadas inúmeras unidades de conservação do país, como o Parque Nacional do Iguaçu.
Entretanto, os esquemas de grilagem de terras, principalmente no oeste paulista, oeste e norte do Paraná e norte do Espírito Santo, além de favorecerem o desmatamento em si, dificultaram a implementação de unidades de conservação que poderiam conter o desmatamento nessas regiões que ainda possuíam grandes extensões de florestas no início do século.6 16 15 Tal forma de ocupação da terra, tinha também consequências sociais graves: no Pontal do Paranapanema, além dos 5,3% de vegetação original restantes atualmente,
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