O Contexto Histórico Da Formação Das Ciências Sociais E As Teorias Sociológicas Clássicas
Pesquisas Acadêmicas: O Contexto Histórico Da Formação Das Ciências Sociais E As Teorias Sociológicas Clássicas. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: gabilu • 29/9/2014 • 612 Palavras (3 Páginas) • 5.240 Visualizações
Questão discursiva:
“Considerei a existência de Deus e decidi que há uma boa chance de que ele exista. Se ele realmente existir, deve estar trabalhando em um plano. Portanto, se devo servir a Deus, preciso descobrir o plano e fazer o melhor possível para ajudá-lo em sua execução. Como descobrir o plano? Primeiramente, procurar a raça que Deus escolheu para ser o instrumento divino da futura evolução.
Inquestionavelmente, é a raça branca… Devotarei o restante de minha vida ao propósito de Deus e a ajudá-lo a tornar o mundo inglês." (Cecil Rhodes, colonizador britânico).
O texto acima evidencia uma forma de pensamento e uma visão de mundo dos europeus típica do século XIX. Indaga-se:
(i) Como eram vistas as sociedades não europeias com as quais os europeus entraram em contato a partir do neocolonialismo no século XIX?
Resposta: eles eram vistos como bárbaros e primitivos, uma espécie inferior.
(ii) Qual a forma de pensamento embasava essa visão, e que o papel que esse tipo de pensamento exerceu no contexto em que foi utilizado?
Resposta:
A principal hipótese para a legitimação do domínio imperialista europeu sobre a África e a Ásia foi a utilização ideológica de teorias raciais europeias provenientes do século XIX. As que mais se destacaram foram o evolucionismo social e o darwinismo social.
Um dos discursos ideológicos que “legitimariam” o processo de domínio e exploração dos europeus sobre asiáticos e africanos seria o evolucionismo social. Tal teoria classificava as sociedades em três etapas evolutivas: 1ª) bárbara; 2ª) primitiva; 3ª) civilizada. Os europeus se consideravam integrantes da 3ª etapa (civilizada) e classificavam os asiáticos como primitivos e os africanos como bárbaros. Portanto, restaria ao colonizador europeu a “missão civilizatória”, através da qual asiáticos e africanos tinham de ser dominados. Sendo assim, estariam estes assimilando a cultura europeia, podendo ascender nas etapas de evolução da sociedade e alcançar o estágio de civilizados.
O domínio colonial, a conquista e a submissão de continentes inteiros foram legal e moralmente aceitos. Desse modo, os europeus tinham o dever de fazer tais sociedades evoluírem.
O darwinismo social se caracterizou como outra teoria que legitimou o discurso ideológico europeu para dominar outros continentes. O darwinismo social compactuava com a ideia de que a teoria da evolução das espécies (Darwin) poderia ser aplicada à sociedade. Tal teoria difundia o propósito de que na luta pela vida somente as nações e as raças mais fortes e capazes sobreviveriam.
A partir de então, os europeus difundiram a ideia de que o imperialismo, ou neocolonialismo, seria uma missão civilizatória de uma raça superior branca europeia que levaria a civilização (tecnologia, formas de governo, religião cristã, ciência) para outros lugares. Segundo o discurso ideológico dessas teorias raciais, o europeu era o modelo ideal/ padrão de sociedade, no qual as outras sociedades deveriam se espelhar. Para a África e a Ásia conseguirem evoluir suas sociedades para a etapa civilizatória, seria imprescindível ter o contato com a civilização
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