O Ensaio Sobre Corrupção

Atualmente, o cenário político do Brasil demonstra a mais pura calamidade que experimentamos em 30 anos. Entre brigas partidárias, corrupção e mentiras, há também aqueles que se esforçam em disseminar o ódio e governar em favor da maioria, não dando o mínimo respeito a qualquer diversidade ou diferença que já é historicamente discriminada. O fato de cerca de dois mil homens terem o poder para salvar ou afundar um país com mais de duzentos milhões de habitantes é assustados, mais ainda se pensarmos que todo o progresso — quase mínimo — que já foi feito pode ser jogado no lixo.

Se a política muda a vida das pessoas? É claro. É com ela que a qualidade de vida pode aumentar ou drasticamente abaixar, se é que é possível. Quando políticos que juraram, muitas vezes sobre uma bíblia — e, vale lembrar, o estado deve ser laico — que seriam instrumentos do povo para o crescimento nacional e internacional simplesmente se esquecem disso, é desolador. Estamos em uma era em que o dinheiro próprio é obviamente mais importando do que o combate e criação de leis mais efetivas que poderiam ter salvo a transexual Matheusa, que foi encontrada morta no Rio de Janeiro. Estado que, se me permitem a crítica direta, Jair Messias Bolsonaro não fez nada em 27 anos para melhorar a segurança.

Se muda a vida das pessoas? É claro. Imagina que coisa estranha seria sair de casa em o medo de ser morta, estuprada, assaltada ou sequestrada? Ter plenos direitos equivalentes aos mesmos que os homens têm, ou simplesmente o direito de mandar no próprio corpo e, sem nem precisar citar a questão do aborto, conseguir decidir se você quer ou não fazer uma laqueadura e não precisar da autorização de um homem para isso.

É, a política muda a vida das pessoas. Agora resta os nossos governantes que estão em Brasília ou que entraram nela entenderem isso.