O Etnologo em Campo - Tristes Tropicos

O etnólogo em campo: exercício sobre os Tristes Trópicos

Em Tristes Trópicos Levi Strauss insere uma analise estrutural em antropologia demonstrando a existência de uma teoria da arte e da cultura nas tribos Kadiwéu  e Bororo.

Em seu relato Levi Strauss mostra que tribo dos Kadiwéus é dualista e indica que sua decoração facial simboliza a hierarquia do status no interior da sociedade, esta, simboliza também um rito de passagem da natureza para cultura (passagem de animal a homem).  Separados em castas, os Kadiwéus, dividiam sua sociedade em três classes hereditárias e Endogamicas (divisão ternária). Seu estilo de pintura corporal busca o equilíbrio e tenta conciliar o contraste a simetria, sendo a função da decoração facial algo que coincide com a de uma mascara que esconde a individualidade atrás de um papel social.

Apresenta ainda nosso autor, a tribo dos Bororos, que era constituída de duas metades, (divisão binaria) representadas por Norte e Sul, cada uma destas metades eram subdivididas em quatro clãs que possuíam deveres definidos. A organização espacial desta tribo teria como função regular diversos ritos, entre eles, a do casamento, onde, a divisão se fazia essencial por duas razões: primeiro porque o individuo pertencia a metade da sua mãe e segundo porque só podia se casar com um membro da outra metade, onde, sempre o homem e quem iriam residir na casa onde nasceu a esposa. A dualidade pode ser notada ainda durante os jogos, danças, ritos e representações religiosas que ocorrem durante os dias dedicados ao funeral.

  Aponta Levis Strauss, que o dualismo esta presente nas duas sociedades, sendo que uma esta no plano estilístico e a outra no plano da organização espacial. Os Bororos oferece no plano organizacional uma estrutura parecida a que é apresentada no plano estilístico pela arte Kadiwéu e uma oposição de uma organização Ternária (Casta) a outra binária (metades).

Ana Maria Fazekas Ferreira - Ciências Sociais/3º período/Licenciatura

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