O indivíduo e o mundo do trabalho

Atividade da aula 05 - O indivíduo e o mundo do trabalho 

1. Como os gregos encaravam o trabalho? Como essa concepção relacionava-se à cidadania entre os gregos?
2. A partir da ascensão da burguesia e da Reforma Protestante, uma nova concepção de trabalho é criada e que perdura até hoje. Qual é essa concepção? Explique.
3. Fale sobre as primeiras formas de manifestação dos trabalhadores contra sua exploração, o ludismo e o cartismo.
4. Explique os princípios do Taylorismo.
5. Relacione: tempo, trabalho e salário.  

1. O trabalho era visto como a expressão da miséria humana, associado ao trabalho rural, sendo desprezado e rechaçado por pensadores como Aristóteles e Platão. Estes acreditavam que a única atividade digna dos homens livres era o ócio. De maneira que a noção desenvolvida de cidadania na Grécia estava intimamente ligada com a atividade do trabalho, sendo considerados cidadãos somente os homens que não precisavam trabalhar, estes poderiam ser considerados cidadãos plenos e aptos a participar da politike, isto é, os assuntos relacionados com a polis.
2. A partir da chegada da burguesia ao poder o conceito de trabalho sofre uma drástica transformação, pois o que antes era visto como algo negativo, nesse momento é colocado como o caminho da dignidade humana, fonte da construção do caráter do ser humano. A força de trabalho vira uma mercadoria na busca pelo lucro. Com isso o trabalho não poderia mais ser divulgado como penoso e sim visto como algo que enobrece o homem, surgindo frases como: “O trabalho dignifica o homem”... “Deus ajuda quem cedo madruga”.
3. Ludismo: A partir do surgimento das primeiras máquinas a vapor, que substituíram o homem e geraram desempregos em massa, o proletariado começou suas primeiras revoltas. Como as máquinas haviam tomado os empregos dos funcionários, os operários se revoltaram e quebraram vários equipamentos com a liderança de Ned Ludd. O movimento ficou conhecido como Ludismo. Cartismo: Os operários percebendo que a destruição das máquinas não era a solução para a superação dos problemas de relação trabalhistas, se organizaram em uma Associação Geral dos Operários de Londres reivindicando através de uma carta vários direitos, como a participação da classe operária no parlamento, igualdade de direitos eleitorais, sufrágio universal masculino, entre outros.
4. Taylorismo é um modelo de produção industrial baseado em um método de organização do trabalho fabril, desenvolvido por Frederick W. Taylor que era um engenheiro americano. As principais características do modelo Taylorista consistem na racionalização da produção industrial, fator que leva a uma economia de mão de obra na indústria, gerando assim um aumento na produtividade do trabalhador, além disso, busca evitar os desperdícios de tempo na produção.
5. De acordo com a teoria da exploração, os lucros — na verdade, quaisquer outras receitas que não sejam convertidas em salário — representam uma dedução injusta daquilo que deveria ser, naturalmente e por direito, o salário do trabalhador.Segundo Marx, o que possibilita a um capitalista obter uma renda superior ao salário que ele paga ao seu empregado é exatamente o mesmo fenômeno que torna possível a um dono de escravo auferir ganhos em decorrência do trabalho do seu escravo.  Mais especificamente, um trabalhador é capaz de produzir, em menos de um dia inteiro de trabalho, os bens de que ele necessita para ter a força e a energia necessárias para labutar um dia inteiro de trabalho. Para utilizar um dos exemplos fornecidos pelo próprio Marx, um trabalhador é capaz de produzir em 6 horas todos os alimentos e todas as necessidades de que ele precisa para ser capaz de trabalhar 12 horas.  Estas 6 horas — ou qualquer que seja o número de horas necessárias para o trabalhador produzir essas suas necessidades — são rotuladas por Marx de "tempo de trabalho necessário".  Já as horas que o trabalhador trabalha além do tempo de trabalho necessário são rotuladas por Marx de "tempo de trabalho excedente." Assim como o 'tempo de trabalho excedente' representa a fonte de ganho do dono de um escravo, ele também representa, de acordo com Marx, a fonte de lucro do capitalista.

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