Objetivos Da Administração

. INTRODUÇÃO

O setor de refrigerante no Brasil surgiu em 1904, ano em que foi fundada a primeira indústria de refrigerante. Em 1905 já surgia a segunda e, assim o mercado foi sendo ampliado gradativamente. O mercado nacional de refrigerantes é representado por 240 empresas em atividades, sendo que a maioria se concentra no sudeste do País.

Com a instituição do SICOBE (Sistema de Controle de Produção de Bebidas) foi possível controlar e monitorar a produção de bebidas. Em 2011, o SICOBE controlou a produção de 16,247 bilhões de litros de refrigerante, volume 7,87% maior que 2010, em que o sistema monitorou a produção de 15,062 bilhões de litros da bebida.

Uma das principais características de um produto é sua embalagem. A embalagem tornou-se ferramenta crucial para atender à sociedade em suas necessidades de alimentação, saúde, conveniência, disponibilizando produtos com segurança e informação para o bem estar das pessoas, possibilitando a acessibilidade a produtos frágeis, perecíveis, de alto ou baixo valor agregado.

Frente ao ambiente de mercado competitivo, a embalagem tornou-se estratégica para a competitividade dos negócios no que diz respeito à eficiência de ênvase, distribuição e venda. Ao investir em uma boa embalagem, tem-se um ganho em toda a cadeia de produção, distribuição, venda e consumo do produto.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1 CRITÉRIO ECONÔMICO (PREÇO EMBALAGEM):

Um dos critérios que mais pesam na escolha da embalagem é o econômico. Como o refrigerante é produzido em larga escala, ao utilizar uma embalagem de baixo custo, é possível reduzir o custo unitário do produto.

Para este critério, foi realizada uma pesquisa de preços na empresa Spaipa. A lata de alumínio (350 ml) tem o custo de R$1,11. A garrafa de vidro (290 ml) é vendida por R$1,15 e a garrafa PET (600 ml) custa R$1,18. Informações estas obtidas com uma funcionária da empresa.

Com estes dados, é possível analisar o preço de cada embalagem considerando a quantidade de produto que nela pode ser armazenado. Portanto, foi determinada uma quantidade total de 1000 litros para assim comparar cada ênvase.

2.1.1 Embalagem de Vidro (290 ml):

Para obter 1000 litros são necessárias 3448 garrafas. Multiplicando essa quantidade pelo seu valor unitário, obtém-se R$ 3965,20.

2.1.2 Embalagem de Alumínio (350 ml)

Da mesma maneira, calculou-se que são necessárias 2857 latas de alumínio. Para essa quantidade o custo sai em torno de R$ 3171,27.

2.1.3 Embalagem PET (600 ml)

Já na embalagem PET, para obter a mesma quantidade são necessárias, aproximadamente, 1667 garrafas com um valor total de R$ 1967,06.

2.1.4 Conclusão a respeito do critério econômico:

Desta forma, conclui-se que a melhor envase a ser utilizada é a PET. Apesar de seu custo mais elevado, ela possui maior capacidade de armazenamento gerando uma economia na quantidade a ser adquirida de 48% com relação à embalagem de vidro e de 58% com relação à de vidro.

2.2 GASTO COM ESPAÇO PARA LOGÍSTICA E TRANSPORTE

Para que seja possível dimensionar os gastos com o transporte, deve-se considerar a existência de uma relação diretamente proporcional entre o custo logístico e o espaço físico ocupado para um determinado produto. Será adotado o volume padrão de um metro cúbico de refrigerante, avaliado em cada um dos diferentes recipientes estudados, para uma comparação de despesas logísticas. Avaliando o volume que cada recipiente necessita para armazenar a mesma quantidade de refrigerante, é possível avaliar, de maneira genérica, a opção mais econômica do ponto de vista logístico.

2.2.1 Embalagem de Vidro 290 mL

Os engradados em que são transportados os vasilhames, que possuem dimensões de 300 x 400 x 270 mm, contêm 24 garrafas que contabilizam um volume de 6960 mL de refrigerante. Para atingir um m³ são necessários 144 engradados, que totalizam um espaço físico de 4,66 m³.

2.2.2 Embalagem de Alumínio 350 mL

São utilizados fardos para o transporte dessas latas. Cada fardo é formado por seis latas, que armazenam 2100 mL. Para acomodar um m³ são necessários 476 fardos e uma lata. Cada fardo possui dimensões de 133, 69 x 200,5 x 124 mm. Com todos os fardos necessários para armazenar um m³ de refrigerante, se forma um volume de 1,6 m³.

2.2.3 Embalagem PET 600 mL

O transporte dessas garrafas geralmente é feito através de fardos contendo seis garrafas, totalizando 3600 mL de refrigerante. Para atingir um m³, fazem-se necessários 277 fardos e quatro garrafas. Tendo em vista que cada fardo ocupa um espaço de 143,87 x 215,81 x 240 mm, os fardos necessários para acomodar um m³, acabam ocupando um espaço de 2,06 m³.

2.2.4 Conclusão sobre logística e transporte:

Analisando os dados levantados, a lata de alumínio acaba sendo a opção (dentre as estudadas) mais eficiente logisticamente, pois ocupa um volume de 1,6 m³ para armazenar um m³ de refrigerante, enquanto que as alternativas ocupam um volume relativo maior, o que aumenta os custos logísticos.

2.3 CRITÉRIO DE RESISTÊNCIA A CHOQUES

Segundo Callister, cada material possui características próprias quanto a resistência a fraturas, elasticidade, condutividade térmica e elétrica, dureza, ductibilidade, etc. Das publicações desse mesmo autor, retiramos informações que consideramos relevantes sobre a resistência a choques mecânicos.

2.3.1 Embalagem de vidro 290 ml

O Vidro é uma cerâmica feita à base de sílica. Como cerâmica, possui duas grandes propriedades: alta dureza, e fratura quase que ao mesmo tempo (ou até antes) que deformações plásticas possam ocorrer. Qualquer pessoa já teve a oportunidade de ver um copo, taça ou até mesmo embalagens de refrigerantes, que se estilhaçam logo que sofrem uma queda.

Essa segunda característica, muito importante quando se avalia o material pelo ponto de vista de ser resistente a choques ou não, é explicada pela presença de falhas no material. Tais