PENSADORES CLÁSSICOS DA SOCIOLOGIA

A Sociologia

O positivismo clássico de Durkheim

Por conta das revoluções burguesas promoveram um amplo processo de burocratização das instituições e um dos efeitos disso foi a formação das universidades modernas. Nesse período as primeiras ciências humanas buscavam se formar.

Pensadores que superaram as limitações e lançaram as bases da constituição da ciência da sociedade: Karl Marx (1813-1883);Emile Durkheim(1858-1917);Max weber (1864-1920).

Durkheim buscou fornecer os fundamentos da nova ciência, apresentando os procedimentos metodológicos e construindo o objeto de estudo da sociologia, que é o fato social. Durkheim defendia a neutralidade dos valores. Ele fornece a base metodológica e a especificidade e autonomia da sociologia.

Os fatos sociais predominam sobre os indivíduos. A tese Durkheimiana explica que o fato social remete a um fato social anterior. Defende a ideia de que somente existe uma causa para um efeito e que este só pode ser gerado por uma única causa e que a explicação dos fatos sociais ocorre através de uma relação de causalidade, sendo somente os fatos sociais anteriores podem explicar os posteriores, e a análise sociológica se torna completa quando se analisa a função, o que deve ser feito posteriormente a descoberta da causa.

Durkheim se esforça para declarar a autonomia e a especificidade da sociologia e para isso a distingue da psicologia e da filosofia. A psicologia estuda os fenômenos da consciência individual, enquanto que a sociologia estuda a consciência coletiva. Para ele, a sociologia é uma ciência autônoma distinta das demais e isso se revela principalmente no seu objeto de estudo, bem como se distingue da filosofia em razão de sua objetividade e pelo fato de se remeter ao empírico. Durkheim dividiu a sociologia em três partes:

• A sociologia geral: estudo histórico da disciplina

• A fisiologia geral: constituído pelo o que chamamos de “sociologias especiais”

• Morfologia social: voltada para questão geográfica, movimentos migratórios, estudo da base geográfica da população.

Durkheim efetivou um conjunto de outros estudos sobre os mais variados fatos sociais. Em o Suicídio (1897) ele analisa as varias formas de suicídio, após realizar a critica da literatura existente e lança mão, amplamente de dados estatísticos para apresentar sua tese que relaciona suicídio e sociedade.

Em as formas elementares da vida religiosa (1912), Durkheim se dedica ao estudo das representações coletivas, tomando o totemismo como a forma mais simples de religião para apresentar sua tese de que tais representações são expressões da vida social, e são fatos sociais, possuindo a mesma objetividade e generalidade, que qualquer outro fato social. Dentre outras obras.

Assim, Durkheim cumpriu papel fundamental na consolidação da sociologia, tanto do ponto de vista intelectual quanto institucional. Isso, no entanto, não lhe tornou imune a criticas, algumas já em sua época e uma quantidade muito maior nas épocas seguintes. Vários aspectos de sua sociologia foram criticas por variados pontos de vista.

Em primeiro lugar, o conservadorismo e o positivismo. Em segundo lugar, sua tese da unidade metodológica entre ciências naturais e ciências humanas, etc.

No entanto, a obra de Durkheim possui não somente o valor histórico decorrente de sua contribuição para a consolidação da sociologia como ciência particular, como exerceu forte influencia no desenvolvimento histórico dessa ciência. Ele foi inspirador da sociologia funcionalista e foi consagrado como um dos clássicos da sociologia.

A Sociologia Tipológica de Weber

Max Weber, foi o responsável pelo surgimento da sociologia na Alemanha, tinha como objetivos fundar a sociologia como ciência, e para isso dedicou-se a construir o objeto de estudo dos métodos de analise. Weber defendia a necessidade da distinção entre a metodologia das ciências humanas e das naturais, sua tese foi remontada de pensadores como Kant e os “historicistas alemães”.

Weber defendia que as ciências naturais buscavam explicações, leis, e as ciências humanas buscava a compreensão dos fenômenos singulares, dessa tese que surgiu o “método compreensivo”, ou seja, a compreensão do fenômeno. A produção de tipologias era o forte do “método compreensivo” através da noção de tipo ideal, que é a construção subjetiva do pesquisador, considerando a realidade inesgotável e infinita. A fundamentação do “método compreensivo” de Weber está na construção de tipos de ideias, um tipo de ação social, tipos de capitalismo, etc.

Apesar de se desligar do positivismo, Weber também defendia a neutralidade, para que o sociólogo fosse neutro no momento da analise, deixando de lado seus preconceitos.

Para ele o objeto de estudo da sociologia era a ação social, ou seja, a atribuição de um sentido da ação de um sujeito que esteja voltada para os outros, porém, deveria a ação ser intencional. Ele divide a ação social em unilateral e bilateral, onde a primeira é a ação de um sujeito sobre outro, e a segunda é a ação recíproca de um sujeito para o outro. Weber também elaborou uma tipologia para a ação social, para ele existiam quatro tipos de ação social: a social afetiva, a tradicional, a racional com relação a valores e com relação a fins. Em uma das obras de weber ele identifica e apresenta a importância da ação social racional, na obra A ética protestante e o espírito do capitalismo (1904) ele encontra no protestantismo uma possibilidade para o desenvolvimento da ação social racional, no qual é movido por valores como os do trabalho,individualismo,que desenvolviam fortemente o capitalismo e a acumulação do capital , diferente do catolicismo. O fato de o protestantismo ser movido por valores o caracteriza como ação social com relação a valores.

Além de buscar construir o objeto de estudo da sociologia, Weber apresentou uma proposta de metodologia especifica para a ciência, o método compreensivo, e a partir deste ele desenvolveu diversas outras pesquisas, além dos seus livros famosos.

Outra influencia que weber sofria era o trabalho sobre a burocracia, ele apresentou o tipo ideal de burocracia, tornando o texto um clássico da burocracia. Weber não se limitou a lançar bases intelectuais da sociologia como ciência, ele também forneceu bases institucionais, sendo fundador da revista Arquivos para a ciência social e política social. Weber assim como outros pensadores também recebeu criticas, uma delas esta no fato de sua metodologia