POR QUE FAZEMOS O QUE FAZEMOS?

CORTELLA, Mário Sérgio. Por que fazemos o que fazemos?. São Paulo: Planeta, 2016.

O livro traz uma autorreflexão sobre nosso momento atual profissionalmente e pessoalmente. O Autor trabalha com bastantes questões educacionais que não mascara a realidade da educação. O livro é dividido em vinte capítulos. O autor nos traz formas de pensar sobre o que é certo a se fazer. Ele desenvolve essa temática por meio de pensamentos e ideias de grandes pensadores que enriquecem a obra como Marx, Benjamin Franklin, Neruda, dentre outros.

Precisamos nos reconhecer dentro das atividades que fazemos para que não se torne uma necessidade banal. A profissão que escolhemos nos proporciona mudanças ao logo da carreira. Cortella desvenda muitas das nossas preocupações em torno do trabalho, carreira e realização pessoal. As odiadas segundas feiras são retratadas na obra como algo indesejável por muitos. O autor nos traz a lição de viver com um propósito, devemos refletir sobre por que fazemos o que fazemos ou por que não estamos fazendo o que deveríamos estar. Apenas amando o que fazemos, podemos desempenhar atividades laborativas de valor. Não se trata de gostar de tudo que faz, mas nos adaptarmos e estarmos sujeitos a mudanças, reconhecendo as etapas que vivenciamos e reconhecer que nem todas elas serão de deleite.

Para se fazer algo que gosta, deve-se passar por etapas, que não são tão legais de se fazer. Dedicamos anos e anos a nosso emprego e muitas vezes somos descartáveis facilmente. A crise empregatícia representa isso. Mas essas etapas são temporárias. O importante é correr atrás e não esperar sentado pelas oportunidades que podem levar tempo para virem.

O foco da obra é a reflexão sobre a vida como um todo. Em cada capítulo, o autor traz um assunto protagonista para exemplificar. Esperar pela sexta-feira e repudiar a segunda feira nos faz perder tempo e estar num ambiente de trabalho indesejável, zona de conforto. Os planejamentos a longo prazo que fazemos nos faz adiar a realização de sonhos com medo de realizá-los agora. A procrastinação proporciona mais tempo na zona de conforto e adia a realização de nossos sonhos. Devemos avaliar o ambiente de trabalho, nossas escolhas, se as fazemos corretamente, se estamos onde deveríamos estar. É preciso expandir o olhar e compreender o rumo que se deve seguir para não se tornar um robô. O modo automático da correria do cotidiano nos faz viver sem um rumo.