Pinóquio As Avessas - PDTA

Trabalho de PDTA

Pinóquio às Avessas

Rubem Alves

Prof.ª : Maria Tereza

Nome: Andressa Keppi

Eliane Bezerra

Eliene Batista

Jéssica Antonangelo

Luana Azevedo

Assis-SP - 24/09/2014

“Nascemos meninos vamos a escola e viramos Bonecos de Pau.” - Rubem Alves

 

Introdução

O presente trabalho tratar-se do livro Pinóquio às Avessas do autor brasileiro Rubem Alves. A proposta deste trabalho é relacionar o livro aos estudos em sala de aula sobre os três tipos de abordagens de Maria da Graça Nicoletti Mizukami que são: tradicional, comportamental e humanista.

O livro conta a estória avessa do clássico Pinóquio que é um boneco de madeira (Fantoche para ser mais exato) que ganha vida, mas tem o sonho de se tornar menino. Rubem Alves teve o proposito de escrever a aversão já que o clássico dava-se a entender que as crianças nascem de pau e só depois de passar pela escola viram meninos de verdade. E se não passarem pela escola correm o risco de se tornar jumentos, com rabo e orelhas de burros. E o mesmo acrescenta na estória avessa, que é a escola que torna a criança um boneco de pau, devido as abordagens.

O livro teve como leitor alvo os professores para que pensem sobre seus métodos e abordagens educacionais e aos pais para que saibam como agir e influenciar de maneira correta sem reprimir o individuo.

 

Resumo do livro

Felipe uma criança tranquila que adora pássaros, cheia de duvida esperava ansiosamente para ir para escola para que suas duvidas fossem respondidas, seus pais forçava a ideia de ir escola com a estória do clássico do Pinóquio que é um boneco de pau que se tornou um burro por não ir a escola.

Os pais forçavam a ideia também do que ele iria ser quando adulto, e contestou ainda de que tudo o que o menino aprendeu antes da escola não serviria de nada na escola que ele teria que aprender tudo lá e que deveria ter boas notas para se tornar alguém na vida ele deveria de deixar de ser criança para ser adulto e foram assim que eles aprenderam.

Felipe vai a escola e lá não podia brincar muito menos andar pelos corredores da sala ele ficava quieto e em silencio e ele iria aprender só o que a professora passava ele sempre perguntava do nome do pássaro azul mas a professora nada respondia e repreendia o menino.

Felipe consegue se formar e ser bem sucedido em sua vida financeira, porém tem consigo a vontade de saber o nome do pássaro azul, sua grande duvida desde a infância em um sonho uma fada lhe diz o nome, e assim já adulto de cabelos brancos, pode enfim ser feliz.

 

Reflexão do livro e das concepções estudadas.

O Livro do autor Rubem Alves, conta a história de Felipe, um menino curioso e inteligente que sonha em ser cuidador de pássaros.

O autor, de uma maneira inteligente faz uma crítica no livro com a forma de educar uma criança, tanto pelos pais (família), quanto pela escola. Alves defende a idéia de que o papel do professor é provocar o “espanto”, é provocar a “curiosidade” na criança, e que isso se dá através de sua fala para que seja despertada na criança a curiosidade da pergunta.

O autor traz em sua narrativa a idéia de que uma criança cria a expectativa de que a somente a escola (seguindo orientações dos pais) terá poder de sanar todas as dúvidas e transformá-lo em “gente grande de verdade”. Porém ao analisar as propostas pedagógicas, na maioria das escolas tradicionais, como demonstrado pelo autor do livro, foi concluído pelas integrantes do grupo, que transformam meninos de “carne e osso” em “modelos pré fabricados”, que não possuem mais ideias e nem sonhos próprios, apenas buscam atender aos requisitos que os tornem “adultos que são a profissão que exercem”, nada mais que isso.

No Livro o garoto quando criança tinha um sonho, porém após adulto seguiu outro rumo na vida, isso por causa da pressão que a sociedade fez sobre ele, a palavra que define basicamente ‘’o enquadrar propriamente no sistema ‘’ , isso mostra o quanto somos influenciados pela sociedade e quantos sonhos abrimos mãos para satisfazer tais requisitos, isso também nos remete a uma frase de Fernando pessoa “ Sou o intervalo entre o meu desejo e aquilo que os desejos dos outros fizeram de mim.” Ou seja, o sistema de ensino não está educado crianças, mas sim criando e manipulando bonecos para atender as necessidades de uma elite dominante.

Por isso o nome do livro é Pinóquio às avessas, pois Pinóquio era um boneco que foi a escola para aprender a ser menino, enquanto nas escolas tradicionais, crianças vão às escolas aprenderem a serem bonecos.

Isso também nos leva a pensar sobre as falsas morais das histórias

infantis e o quanto elas são usadas para nos encher de falsas crenças e valores.

A leitura deste livro tornou possível a reflexão sobre educação e seus métodos e permitiu possível reformulação de valores perante a sociedade.

Todas as integrantes do grupo, após leitura e debate sobre o livro e também sobre as três abordagens, concordaram que o método de ensino tradicional realmente não é o melhor método de ensinar e desenvolver adultos, pois como citado anteriormente, em tal modelo de ensino são criados bonecos. Porém concordamos também que infelizmente, mesmo não estando de acordo com este modelo de ensino, fazemos parte dele, pois a própria faculdade que estudamos segue o modelo tradicional, onde o professor transmite o conhecimento e avalia através de provas, se os alunos estão prontos ou não para exercerem a profissão escolhida. E talvez quando tivermos filhos eles também estudarão em escolas cujo modelo de ensino é tradicional, que infelizmente é o modelo de ensino predominante em nossa cultura.

Conclusão

A partir da observação sobre os relatos apresentados em ALVES, Rubem; SOUZA, Mauricio. Pinóquio as Avessas fazendo relações entre MIZUKAMI, Maria da Graça Nicoletti. As Abordagens do Processo, páginas 07 a 57. Podemos afirmar que ficou bem claro as diferentes abordagens e o que cada uma retrata.

“Sou o intervalo entre meu desejo e aquilo que os desejos dos outros fizeram de mim” – Fernando Pessoa. Essa frase faz uma boa relação com a essência do trabalho apresentado.

 

BIBLIOGRAFIA

Pinóquio às avessas

Rubem Alves / Mauricio de Sousa

Recriando a trajetória de Pinóquio, o famoso boneco do autor italiano Carlo Collodi, Rubem Alves nos oferece uma nova leitura – Pinóquio às avessas. Nesta versão, ilustrada por Mauricio de Sousa, ele aponta para o perigo que correm nossas crianças ao ingressar em escolas que não consideram seu potencial e suas capacidades individuais e criativas, mas antes tentam enquadrá-las num sistema educacional rígido, conservador, anacrônico e sufocante.

O conto é, assim, apresentado “às avessas”, para provocar uma reflexão que suscite mudanças significativas em favor de uma educação verdadeira, edificante, que preserve na criança – no ser humano – a capacidade de sonhar, criar, transformar e se realizar.