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Por: 02032009 • 17/11/2015 • Pesquisas Acadêmicas • 3.056 Palavras (13 Páginas) • 129 Visualizações
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Faculdades IPEP – Campus Campinas
Estrutura estamentária do cenário político brasileiro: historicidade, atavismo e desafios
Bruno Borges
Leandro Augusto
Juliana Souza de Araújo
Eduardo Alvarenga
Everton Marchesano
Allan Kammer
Luis Roberto
Campinas - 2015
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Faculdades IPEP – Campus Campinas
Estrutura estamentária do cenário político brasileiro: historicidade, atavismo e desafios
Trabalho desenvolvido para composição de nota
referente ao 3° bimestre de 2015, para a disciplina
de ... do curso de Gestão Comercia da Faculdade
IPEP – unidade Campinas – SP, sob orientação da
professora ...
Campinas – 2015
Índice
Justificativa para a escolha do tema................................................pág. 4
Estamento, um termo não tão descontextualizado.........................pág. 5
As origens do caráter da cultura política: das Cidades-Estado aos Estados-Nação................................................................................pág. 6
Transformismo e representação: origens e conseqüências do perene quadro geral do cenário brasileiro....................................................pág. 7
Fundamentos filosóficos e a diferenciação das sociedades modernas..........................................................................................pág. 8
O Estamento Brasileiro.....................................................................pág. 9
Conclusão.......................................................................................pág.11
Referências....................................................................................pág.12
Justificativa para a escolha do tema
Diante da perspectiva fractal das Ciências Humanas – em especial a disciplina “Administração” -, onde a incerteza dos fatores determinantes e a variabilidade das relações aspecto-impacto são constantes, convém exercitar o entendimento referente à estrutura estamentária do cenário político. Após a indefinição das forças preponderantes do Mercado durante a década de 1990, quando o mundo assistiu a um processo imperfeito de globalização – onde os Estados foram relegados ao papel de coadjuvância na então nova dinâmica global e sendo, informalmente, divididos entre globalizantes e globalizados - a incerteza do mercado sagrou-se como a constante a ser considerada nas estimativas econômicas. Agravado por uma sequência paulatina de crises político-econômicas, cuja abrangência dos desdobramentos cresceu em proporção diretamente proporcional ao nível de interdependência que o cenário apresentava a partir de então, nosso momento atual parece mostrar uma configuração nada animadora. De fato, verifica-se que as dificuldades para a implantação de um fomento de desenvolvimento econômico, tecnológico e social são tais que, por inferência, deduz-se que um país como o Brasil está fadado à coadjuvância no cenário mundial, à dependência econômica, à subserviência internacional e, no âmbito interno, à estratificação social.
Nesta breve exposição procuraremos explicitar algumas das principais causas do atraso brasileiro em relação a diversos países, discorrendo sobre o quanto as forças moventes e estamentárias são inevitáveis. E, se não forem inevitáveis, quais forças impedem a mudança do status quo.
Estamento, um termo não tão descontextualizado
Ao referirmo-nos a estamento, logo ocorre à mente a imagem de uma sociedade pré-moderna, notoriamente feudal, nas quais o sistema de castas era regra, a autoridade clerical discorria sobre especulações transcendentais e filosóficas, a autoridade era justificada pelo poderio militar e na riqueza agropastoril. Trabalhos de forja e mineração compunham o cenário da economia estamentária de então.
Ocorre que, conforme será defendido neste texto, as sociedades contemporâneas continuam estamentárias, se entendermos o termo estamento como os alicerces que tornam possível a organização social e política de um Estado. Ou seja, ao vislumbrar uma sociedade contemporânea sob a ótica neo-estamentária, observamos o poder financeiro como fator preponderante; a ciência, entendida como a prática de indução sistemática para análise e abstração do mundo, há muito substituiu as especulações místico-filosóficas da Igreja; as quais, a despeito de ainda não terem desaparecido por completo, são cada vez menos aceitas para uma explicação satisfatória do mundo; As forças industriais introduzidas desde os séculos XVIII e XIX desenvolveram-se, diversificaram-se e aumentaram exponencialmente a produção de riqueza (criando um novo deus, o Mercado como o conhecemos) e, em razão diretamente proporcional, aumentaram a desigualdade econômica e social através de meios mais complexos que a simples plutocracia e seus fenômenos de dependência. A Teoria Marxista discorre justamente sobre esses novos mecanismos, sendo irrefutável que a divisão de classes sempre existiu, porém evoluiu com o advento dos primeiros burgos. A divisão de classes surgida após a industrialização deixa evidente que há mecanismos complexos que concorrem para a manutenção da estratificação social, a despeito da produção de riqueza. Disso decorre que a divisão estamentária evoluiu, alterando-se os agentes e aumentando em complexidade sua dinâmica. O caráter estamentário permanece na maioria das sociedades contemporâneas.
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