Questoes Preliminares Sobre As Ciencias Sociais

Índice

Introdução 3

1.Introdução: A Unidade do Social 4

2. A pluralidade das ciências sociais 5

2.1. Princípios lógicos da diferenciação empírica das ciências sociais 5

2.2. A diferenciação empírica das ciências sociais, como produto histórico 6

3. As ciências socias como conhecimento e como atividade ou prática social 7

3.1. A ciência como produto e como sistema de produção 7

3.2 Cada ciência social produz o seu próprio objeto científico 9

4. Nas ciências sociais nomotéticas, todo o conhecimento é abstrato e construtivo 11

Outra perspetiva 12

Considerações Finais 15

Bibliografia 16

Introdução

As ciências sociais tem sido abordados por vários autores, que com o passar do tempo e com os estudos realizados muitos são as opiniões que surgem.

Assim, na unidade curricular de Antropologia Social abordaremos o tema segundo o ponto de vista Sedas Nunes, mas também será abordado o seu ponto de vista com o de outros autores como: Pinto & Silva, Marcel Russel, Georges Gurvitch, entre outros, fazendo com o que haja um confronto de ideias de diferentes autores.

Haverá como referencia o texto “Questões preliminares sobre as ciências sociais”, sendo o autor Sedas Nunes, que refere assuntos como a pluralidade das ciências sociais, a unidade social, a prática social, entre outros, os quais neste trabalho serão refletidos e comparados com outros autores como por exemplo Marcel Mauss, que neste caso defende os princípios de Sedas Nunes. Com isto pretende-se que alguns aspetos mais confusos sejam esclarecidos e que possamos conhecer variadas opiniões em relação as ciências sociais.

O presente trabalho está dividido pelos seguintes pontos: introdução, introdução: a unidade do social, A pluralidade das ciências sociais, Princípios lógicos da diferenciação empírica das ciências sociais, A diferenciação empírica das ciências sociais como produto histórico, As ciências socias como conhecimento e como atividade ou prática social, A ciência como produto e como sistema de produção, Cada ciência social produz o seu próprio objeto científico, Nas ciências sociais nomotéticas, todo o conhecimento é abstrato e construtivo, Outra perspetiva e por último as Considerações Finais.

1.Introdução: A Unidade do Social

As ciências socias (e humanas) representavam “o estudo dos esforços coletivos e individuais mediante os quais a sociedade e os homens que a compõem se criam ou produzem eles mesmos”. “O que carateriza todas as ciências do homem é que a realidade por elas estudada é uma só: a condição humana considerada sob uma certa luz e tornada objeto de um métodos específico.”

As ciências do homem têm seguramente de se relacionar com todo um contexto de discussões filosóficas e humanísticas, no qual a sociologia europeia se encontrou empenhada.

Segundo George Gurvitch uma unidade sob a diversidade (ou diferenciação) das disciplinas, unidade que exprime a da própria realidade, que “é uma só”

A unidade de objeto real das ciências sociais começou a ser reconhecida com base na noção de fenómeno social total.

A cada uma das ciências socias caberia investigar um distinto campo do real, isto é: um conjunto de fenómenos reais perfeitamente separados ou separáveis de quaisquer outros, por exemplo: a economia ocupar-se-ia da realidade económica; a demografia, da realidade demográfica; ciência política, da realidade política.

A tal conceção opõe-se, no domínio do humano e do social não existem campos de realidade e fenómenos que dessa forma se distingam uns dos outros, como se fossem compartimentos estanques: o campo da realidade sobre o qual as ciências sociais se debruçam é, de facto, um só (o da realidade humana e social) e todos os fenómenos desse campo são fenómenos socias totais, quer dizer: fenómenos que – seja na sua estrutura própria seja nas suas relações e determinações – tem implicações simultaneamente em vários níveis e em diferentes dimensões do real-social.

As classes sociais têm sido objeto de inúmeras investigações, sociológicas, como elementos estruturais e estruturantes básicas, que efetivamente são, de certos tipos de sociedades. Interessam, por conseguinte, à sociologia. Quando se acham efetivamente constituídas; são forças sociais portadoras de interesses distintos e, quanto a algumas delas de interesses contrários. Interessam à ciência política e à demografia, uma vez que as determinantes sociais (natalidade, mortalidade, dimensão média das famílias, idade média em que os indivíduos se casam, etc.) de que dependem a composição e a evolução quantitativas das populações, acusam sensíveis diferenças de classe para classe social. Interessam também à geografia humana, pois estas não se distribuem uniformemente por todo o território ocupado por uma sociedade.

As estruturas das classes não é a mesma nas grandes metrópoles, nas pequenas cidades e nas zonas rurais, - e varia sensivelmente com as caraterísticas geoeconómicas destas últimas, ao mesmo tempo que as influência de modo muito significativo. Em suma: é perfeitamente possível elaborar uma geografia de classes sociais.

Quanto à psicologia social sabe-se que as atitudes, as opiniões, os preconceitos coletivos (sobre temas políticos, sociais, religiosos, morais, racionais, de educação, etc.) que nos indivíduos se manifestam, são em larga medida determinados pela classe social a que pertencem. Uma psicologia social cientificamente válida tem de ter em conta a existência de classes sociais.

O desenvolvimento psíquico do individuo e as suas sucessivas reestruturações psicológicas não decorrem de uma dinâmica puramente interna, mas de uma permanente interação com o meio físico, social e cultural. Sendo assim, as diferenças do meio encontram-se associadas às diferenças da classe social.

Em relação à linguística,