Quilombos Nos Dias De Hoje- Fazenda Psinguaba
Trabalho Universitário: Quilombos Nos Dias De Hoje- Fazenda Psinguaba. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: camibovolato • 12/3/2015 • 337 Palavras (2 Páginas) • 444 Visualizações
Desde a Constituição de 1988 os quilombolas tem o direito à terra em que vivem; porém somente 7 anos mais tarde a primeira terra foi concedida e, em 2008, 20 anos mais tarde, somente 143, das 3500 comunidades reconhecidas pelo Estado receberam a posse da terra . E o quilombo da Fazenda não é uma dessas comunidades.
Na Fazenda Psinguaba, a luta pelo espaço no qual vivem a tanto tempo e ao qual tem direito garantido, é intensa; em especial devido ao fato de se localizarem dentro de um Parque Estadual, o que limita muito a utilização dos recursos naturais lá presentes, limitando portanto a sobrevivência do povo quilombola e sua cultura. O título sobre suas terras é fundamental para reverter a situação de marginalização, preconceitos e incerteza, que vivem essas pessoas, assim como seus antepassados também viveram.
Muitos quilombos e outras comunidades, como as indígenas, sofrem ainda, grandes pressões por parte do mercado imobiliário, produtores rurais e mineradoras por estarem em áreas de grande valor comercial. A posse das terras é necessária para garantir que nenhuma empresa tire proveito da área, seja com autorização dos moradores ou à força.
Essa situação teve início na exploração dos escravos negros durante o Antigo Regime, e na luta árdua e demorada pelo reconhecimento da posse dos mesmos direitos que os demais brasileiros. Embora esses direitos tenham sido garantidos, muito raramente são cumpridos; prolongando a luta do povo pelo seu espaço físico e também social.
Essa luta nos leva para ainda outra discussão, a divisão de terras no Brasil, país que possui uma das mais altas concentrações de terra de todo o mundo. Muitos acreditam que essa situação teve início com a chegada dos portugueses e a demarcação das capitanias hereditárias, que foram dadas a alguns poucos proprietários, sem levar em consideração as populações ali já instaladas a muito tempo. Desde então as terras se tornaram posse do mais rico, ou, se não a comprou, do mais forte ou bem relacionado; qualidades que as comunidades tradicionais não possuem.
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