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RESENHA DO FILME: A RAINHA

Por:   •  19/9/2018  •  Artigo  •  348 Palavras (2 Páginas)  •  249 Visualizações

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   Atividade referente ao filme: A RAINHA. Direção: Stephen Frears. 2006

Talita Fernanda da Silva Santos

Me parece óbvio a proximidade da Rainha Elizabeth II com um dos tipos puros de dominação propostos por Max Weber, qual seja, a dominação tradicional, caracterizada, sobretudo, pela “crença na santidade das ordenações e dos poderes senhorias há muito existentes”. É possível, ao assistir ao filme, ter uma noção mínima da quantidade de pessoas que servem à rainha na condição de súditos, especialmente a população, ou servidores, a exemplo do papel que desempenha o primeiro ministro e o exército real. A todo tempo, vemos uma rainha rodeada por dependentes pessoais, a exemplo de sua mãe, esposo, filho e empregados. Durante quase todo o filme a rainha é representada como sendo uma pessoa extremamente reservada e por vezes distante ou até mesmo insensível, dada a postura adotada por ela diante do falecimento da princesa Diana. Nessas circunstâncias é que somos surpreendidos por uma postura contrária aquela que até o momento a rainha havia adotado. O fato dela não ter se pronunciado, logo de início, sobre o falecimento de Diana reflete muito do que a rainha considerava como certo, como inerente ou esperado de uma pessoa na sua posição. Segundo seu pensamento, seus súditos iriam compreender facilmente sua “conformação” fria pela morte de Diana, sem que fosse necessário qualquer pronunciamento ou demonstração de respeito e consideração, fosse através do hasteamento da bandeira britânica ou de uma visita aos portões do palácio real. Fato é que Diana era amada por todos e que o distanciamento da família real aflorava neles um ressentimento para com a realeza. Há um momento no filme em que a rainha se desloca até os portões do palácio real e vê a quantidade de flores deixadas ali para Diana e, ao mesmo tempo, tenta disfarçar o desconforto com o teor das mensagens nos cartões. Talvez nesse momento, a rainha Elizabeth II tenha conseguido perpetuar sua dominação através do carisma e não pela tradição, a uma semana “suspensa” pela morte Diana, haja visto o clamor da população por uma atitude outra que não a tradicional.

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