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RESENHA DO FILME MAUSS E SUAS ALUNAS

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Por:   •  25/5/2014  •  5.912 Palavras (24 Páginas)  •  1.540 Visualizações

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RESENHA DESCRITIVA DO VÍDEO “ MAUSS SEGUNDO SUAS ALUNAS”

O Vídeo produzido no fim dos anos 90 pelas Professoras Doutoras Carmen Silvia Rial e Mirian Pillar Grossi, respectivamente coordenadoras do Núcleo de Antropologia Audiovisual e Estudos da Imagem e do Núcleo de Identidades de Gênero e subjetividades, vinculados ao Laboratório de Antropologia Social da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) mostra um pouco mais do antropólogo francês Marcel Mauss; destacando sua trajetória intelectual e docente, rememorando com três de suas principais ex-alunas: Denise Paulme (que diz ter tido a sorte de ser demitida na ocasião da grande depressão econômica por volta de 29 e 30 podendo com o tempo livre fazer parte deste grupo de alunas de Mauss) , Germaine Dieterlain (já enfraquecida preferiu não ser filmada autorizando usar imagens e fotos de outros filmes) e Germaine de Tillion,

Ele era Alsaciano (região da fronteira entre a França e o sul da Alemanha). Com a ocupação Alemã parte de sua família fugiu da Alsácia e Lorraine depois da guerra de 14, a qual ele participou e relatava às vezes, viajou pouco, tinha uma experiência de homem com uma cultura fantástica ao mesmo tempo moderna e antiga, lia em várias línguas. A primeira geração de antropólogos Franceses foi formada nos anos 30 teve em comum o Museu de etnografia depois transformado em o Museu do Homem

O filme produzido pelas professoras da Universidade Federal de Santa Catarina é curto não excedendo mais de 45 minutos nos quais as entrevistadas nos conta fatos e curiosidades da vida do sobrinho do Emile Durkheim que não

podem ser encontrados em livros. Começando pelo fato de sua sala possuir 20 mulheres, onde numa mesa ele sentavam numa ponta e os outros ao redor algo inédito para aquela época e que as alunas contam com admiração ao menos por ter lhes aberto um mundo de pesquisa sobre o homem. O antropólogo lecionava três cursos, um no Institute L’Etnologie um na Sorbonne e outro no Collège de France; com temas diferentes em cada um, as aulas eram ministradas três vezes por semana e duravam mais de uma hora e ninguém ousava protestar e eram totalmente dadas no discurso oral (mesmo estando com seus apontamentos do lado) com muitos incidentes, parênteses, exemplos que eram retirados frequentemente da vida cotidiana isso tornava o curso extremamente vivo. Eram curso magistrais com varias referencia bibliográficas as vezes erradas isso para ele não tinha muita importância

Sua técnica pedagógica era ler um livro e comentava com uma abertura extraordinária parecendo fugir do assunto sem fugir, Era rigoroso numa época em que quase não se deixava os estudantes falarem. Mauss não era um pesquisador de campo, mas era um homem de ideias, lia muito principalmente trabalhos de campo na América, entre os índios, assim como na Oceania entre os Tasmanianos, os Australianos. Ele conhecia todo o passado indo-europeu como também os textos indo-europeu, tinha o conhecimento da história da religião grega e latina via-se a variedade dos ensinamentos

As alunas contam também como o professor levou a elas o grande Malinowski para discutir a palavra magia que não tinha o sentido de magica pois na ótica de Malinowiski era o mesmo que religião e não magia, que após a aula foram almoçar na casa do mesmo onde conheceu sua mulher e suas três filhas. Como Mauss mesmo não concordando com outros, os respeitava e criticava com respeito, tanto que mesmo tendi temperamento diferente e não concordando com teorias de Levy-Bruhl um homem de extrema cortesia e Rivet que o achava um velho estudante pois conservava seu estilo de vida e Mauss via Rivet como um homem prático mas o julgava . Uniram-se e se respeitavam pois sabiam da necessidade um do outro para fundar o Instituto de Etnologia, onde havia portanto Levi-Bruhl como presidente e Rivet ( ex-médico militar que por isso tinha tido missões na América do Sul) e Mauss como secretários..

Marcel Mauss havia criado também com Rivet estas sociedades acadêmicas ou territoriais como a Sociedade Asiática e a Sociedade Africanistas que pode se desenvolver por causa da época e da atmosfera da época onde viviam anos extraordinários do ponto de vista muiticultural como exposição de máscaras, música admirável recém lançadas especialmente modernas, balé inventado por famosos, vindo a Paris os primeiros grande cantores e artistas americanos negros, fotografias e filmes trazidos da África, objetos e relatórios e os estudos nada tímidos e mais ou menos abertos e foi quando Mauss começou a fazer com que todos os seus alunos sentisse isto esta ausência de sentimento de presença autoritária do pesquisador diante do que estudamos e abertura a tudo que podíamos registrar. Falava dos monumentos figurados, pinturas rupestres são como monumentos figurados e que as pinturas querem dizer alguma coisa.

Como Mauss nunca escreveu um livro sequer dele, apenas artigos Denise Paume teve a ideia de coletar todos os seus cadernos para elaborar um curso de Mauss um curso de etnografia e a publicação do mesmo a deixou com a sensação de ter quitado uma divida com o mestre. Outras de suas alunas nos relata a relação de amizade e as trocas de cartas.

Para os que estão lendo ou leram algo sobre esse extraordinário antropólogo e desejam conhecer um pouco mais sobre Mauss é interessante deixar parte da leitura e assistir o vídeo para conhecer melhor sobre o mesmo e sua marca na França, não só como fundador da antropologia mas também como mestre de alunas que devotam uma gratidão eterna pelos seus ensinamentos

RESENHA DESCRITIVA DO VÍDEO “ MAUSS SEGUNDO SUAS ALUNAS”

O Vídeo produzido no fim dos anos 90 pelas Professoras Doutoras Carmen Silvia Rial e Mirian Pillar Grossi, respectivamente coordenadoras do Núcleo de Antropologia Audiovisual e Estudos da Imagem e do Núcleo de Identidades de Gênero e subjetividades, vinculados ao Laboratório de Antropologia Social da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) mostra um pouco mais do antropólogo francês Marcel Mauss; destacando sua trajetória intelectual e docente, rememorando com três de suas principais ex-alunas: Denise Paulme (que diz ter tido a sorte de ser demitida na ocasião da grande depressão econômica por volta de 29 e 30 podendo com o tempo livre fazer parte deste grupo de alunas de Mauss) , Germaine Dieterlain (já enfraquecida preferiu não ser filmada autorizando usar imagens e fotos de outros filmes) e Germaine de Tillion,

Ele era Alsaciano (região da fronteira entre a França e o sul da Alemanha).

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