Relatórios Educação no Campo
Por: stefania • 21/5/2015 • Resenha • 5.090 Palavras (21 Páginas) • 191 Visualizações
Educação no Campo
As escolas rurais tem sido extraordinariamente um fato que está perdendo a atenção merecida. As prefeituras e seus administradores têm considerado que um fator principal e relevante é que os alunos estudem na cidade, não se sabe se por motivos de transporte escolar, se por falta de profissionais ou se simplesmente porque “pessoas” acham que a cidade é melhor. Com isto os alunos sofrem alguns preconceitos causados pelos colegas que moram na cidade ou até mesmo se afastam por conta própria por se sentirem de um ambiente diferente do que agora lhes é apresentado.
A vida no campo pra quem mora e vive do campo não é melhor e nem pior da vida de quem vive na cidade. As escolas podem ser bem aproveitadas e de certa forma é até mais fácil de levar o aprendizado, visto que as pessoas do campo são mais interessadas, partindo do ponto de vista que a tecnologia, redes sociais não estão periodicamente constantes em seus dias. Dão mais valor à educação e aos conceitos que lhes são apresentados.
Este tema foi acentuado com a discussão e aprovação da LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº .9394 de dezembro de 1996), que propõe em seu Artigo 28, medidas de adequação da escola à vida do campo, questão que não estava anteriormente contemplada em sua especificidade.As ações de proposições de trabalho direcionados a Educação no Campo em Santa Catarina surgiram em função da Resolução CNE/CEB nº 1, de 3 de abril de 2002, da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação, dispondo sobre as Diretrizes Nacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo.Em 2003, com a mobilização de diferentes movimentos sociais preocupados com a Educação no Campo, O Ministério da Educação instituiu, pela Portaria nº 1.374, de 03/06/03, um Grupo Permanente de Trabalho com a finalidade de apoiar a realização de seminários nacionais e estaduais para a implementação destas ações.
Nos últimos 10 anos aconteceram grandes avanços para a educação no campo, bem como a desagradável decisão que cabe ao município continuar ou não com as escolas rurais. A capacitação profissional melhorou, foram aplicados programas que levam o professor a levar aos alunos conhecimentos específicos e que contribuam com seu dia a dia.
E quanto ao MST, três aspectos que traduzem a pedagogia nos assentamentos e acampamentos são a preocupação que a comunidade tem em participar do Projeto Politico Pedagógico da escola contribuindo para o crescimento desta e de seus estudantes, a preocupação que eles tem em saber ler e escrever que para eles é fundamental, e o fato de que eles ensinam a partir do que é necessário aos alunos aprender e o que eles irão usar na prática. Por exemplo, a matemática baseada na agricultura; O espírito revolucionário de luta e busca pelos direitos.
Educação Integral
O que se pretende com a educação integral: desenvolver os alunos de forma completa, em sua totalidade. Muito mais do que o tempo em sala de aula, a educação integral reorganiza espaços e conteúdos. Um grande desafio, mas que já começa a tomar forma.
O Programa Mais Educação, do MEC, por exemplo, trabalha neste sentido desde 2008, promovendo a ampliação de tempos, espaços e oportunidades educativas, de modo que a tarefa de educar seja dividida com os pais e a comunidade.Todos os alunos atendidos cursam as mesmas disciplinas e oficinas no contraturno escolar, e os professores procuram mostrar como se relacionam as diversas áreas do conhecimento.
A jornada escolar diária do ensino básico no país é ainda bastante baixa, de cerca de 4 horas. "Esse tempo não é suficiente nem para transmitir o conteúdo curricular obrigatório", afirma Márcia Quintana, coordenadora de programas na Fundação Itaú Social. A Lei de Diretrizes e Bases propõe uma jornada diária de 7 horas para que as crianças se envolvam realmente nas tarefas de aprendizagem .
A educação integral pode encontra de desafios: a resistência dos alunos ao contraturno, falta de estruturas físicas como salas de aulas para as propostas e também profissionais que não queiram realizar os projetos em jornadas diferentes as de suas aulas. E, um dos principais fatores que podem colaborar com sua superação é força de vontade dos profissionais e também criatividade dos mesmos para que os alunos se interessem e vejam a importância deste programa para seu aprendizado. Também o apoio da família seria de grande valia para o sucesso do programa. A evasão escolar tem crescido muito nos últimos tempos, com a educação integral pode-se reverter o quadro mostrando aos alunos que o aprendizado é importante e pode ser feito de forma agradável e lúdica, chamando a atenção e tentando fazer com que os alunos gostem da escola. Professores animados e cheios de idéias são fatores principais para isto. A rede pública de ensino levando em consideração as escolas necessitadas e a inscrição de um número razoável de alunos tem direito ao programa Mais Educação.
O reforço escolar, período em que a lição de casa é feita e no qual os alunos com dificuldades ganham atenção extra, é parte da educação integral, mas não reflete o sistema de ensino. Além do reforço escolar para alunos com dificuldades de aprendizagem, é preciso aumentar o tempo de estudo integrado para todos os outros estudantes, com ou sem deficiências para aprender. Tem-se visto grande resistência quanto ao programa devido aos alunos de cursos superiores saírem de suas faculdades visando o salário que vão receber e trabalhar pouco. As discussões sobre trabalhar em dois turnos se tornam freqüentes, fora os professores que nos horários integrais só trazem aos alunos o reforço das disciplinas que eles já estudam em sala de aula. Trazer novas atividades e aprendizado aos alunos é o ponto chave para que eles busquem o “aprender” dentro e fora da escola.
Valorização dos Trabalhadores da Educação
É um assunto bem polêmico. Toda vez que se fala em profissionais da Educação, pensa-se em baixa remuneração. Listamos em sala de aula coisas que valorizam estes profissionais, entre elas:
- Oferecimento de Cursos de Capacitação: muitas vezes culpamos o profissional mas, esquecemos que as vezes as oportunidades não apareceram para ele ou a escola, a administração pensa que ele está apto só porque ele está conseguindo dar aula e quando vemos a fundo as vezes faltou incentivo.
- Recursos para que possam dar uma aula produtiva, lúdica e significativa para os alunos.
- Interação e comunicação clara entre o corpo educacional que compõe a escola;
- Liberdade para que o professor ministre sua aula com segurança e do jeito que ele acha que vai dar certo. Também liberdade de escolha e planejamento junto aos seus companheiros de trabalho.
- Valorização financeira pelas horas que eles dedicam à escola e a formar pessoas íntegras;
A LEI Nº 11.738, DE 16 DE JULHO DE 2008, regulamenta o piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério público da educação básica. O piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério público da educação básica será de R$ 950,00 (novecentos e cinqüenta reais) mensais, para a formação em nível médio, na modalidade Normal, prevista no art. 62 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. O piso salarial profissional nacional é o valor abaixo do qual a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios não poderão fixar o vencimento inicial das Carreiras do magistério público da educação básica, para a jornada de, no máximo, 40 (quarenta) horas semanais. Por profissionais do magistério público da educação básica entendem-se aqueles que desempenham as atividades de docência ou as de suporte pedagógico à docência, isto é, direção ou administração, planejamento, inspeção, supervisão, orientação e coordenação educacionais, exercidas no âmbito das unidades escolares de educação básica, em suas diversas etapas e modalidades, com a formação mínima determinada pela legislação federal de diretrizes e bases da educação nacional. Os vencimentos iniciais referentes às demais jornadas de trabalho serão, no mínimo, proporcionais ao valor mencionado no caput deste artigo. Na composição da jornada de trabalho, observar-se-á o limite máximo de 2/3 (dois terços) da carga horária para o desempenho das atividades de interação com os educandos.
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