Resenha Crítica do Filme "Amor Por Contrato"

Até que ponto podemos ir para manter um patamar de consumo?

Com o capitalismo extremamente avançado atualmente, nota-se um grande trabalho por parte das empresas para divulgarem e venderem seus produtos, das estratégias de marketing aos mais variados métodos para provocar o desejo de consumo nas pessoas. Automóveis, aparelhos eletrônicos, roupas, acessórios, bolsas de luxo, bebidas, artigos esportivos, entre vários.

É nessa perspectiva que o filme “amor por contrato” apresenta ao telespectador até onde a classe consumista se submete financeiramente para adquirir luxo, bem-estar social e status. O filme retrata uma família aparentemente harmônica - que na realidade trabalham para uma empresa de Marketing - que se muda para uma residência de luxo num bairro repleto de burgueses, com um único objetivo: de causar inveja nos vizinhos para que estes “também” comprem as mercadorias de luxo que usam. A família desfila sempre com roupas de luxo, acessórios, celulares de última categoria, bebidas e automóveis de luxo, sem falar nos utensílios domésticos, móveis, tevês, decorações. Esse ato acaba despertando o desejo dos vizinhos e dos estudantes, induzindo-os a um consumismo cada vez mais desenfreado pelo espírito de competitividade.

A trama nos leva a refletir que o capitalismo veio transformando os seres humanos em consumidores alienados, escravos de nossas próprias dívidas, fato que hoje já se vê aparentemente o consumismo como cultura, essa característica desse sistema econômico está cada vez mais influenciando o ser humano ao individualismo, causando perda da pouca solidariedade que existe entre as pessoas. A classe social atualmente não se dá conta de que não devem consumir o que sua classe não pode, pessoas da classe “D” não consomem mais como pessoas de classe “D”, sempre querem atingir um patamar superior, pois o bem estar  social, a luxúria e o status se torna mais importante que se atolar em dívidas e ter o nome sujo.